Conecte-se conosco

Notícias Corporativas

Negligência à saúde feminina custa vidas e bilhões

Ana Cabral, cientista de dados, relaciona crise mental, sofrimento e perda de autonomia feminina com a invisibilidade histórica diante de sintomas peculiares às mulheres

Publicado

em

Negligência à saúde feminina custa vidas e bilhões

Em meio a uma crescente crise de saúde mental no Brasil, que afeta significativamente a população com o aumento de casos de depressão e ansiedade ligados ao cenário laboral precário, a experiência das mulheres revela uma camada adicional de sofrimento: a invisibilidade de suas necessidades de saúde integral. Se, por um lado, dados do Ministério da Previdência Social indicam que elas se afastam do trabalho por períodos menores do que os homens, essa aparente resiliência pode mascarar a luta diária por reconhecimento e tratamento adequado para suas dores físicas e mentais, de acordo com o que mostram alguns relatos.

A administradora de empresas Mariana Souza, diagnosticada com endometriose, vivenciou essa negligência na pele. Suas queixas de dores intensas foram repetidamente minimizadas em consultas médicas. “Eu me senti invisível diante dos especialistas, e sei que isso ocorre com muitas mulheres também”, diz Mariana. A busca por acolhimento e escuta sensível também foi um desafio para a enfermeira obstétrica Daniella Bonfim Martins durante a perimenopausa. “Meus sintomas eram tratados sem importância – ‘isso é coisa da idade’, ‘acontece com todas’ – foi o que ouvi frequentemente, sem que houvesse uma disposição real em me orientar”, conta.

Dores silenciadas, prejuízos globais

Estima-se que a negligência à saúde feminina custe US$ 1 trilhão à economia global. Um estudo recente do McKinsey Health Institute e do McKinsey Global Institute revela a magnitude do impacto econômico da lacuna na saúde da mulher. A pesquisa quantificou esse “vácuo” em termos de anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs) e demonstrou que as mulheres passam 25% mais tempo em “saúde precária” em relação aos homens.

No Brasil, a cientista de dados e arquiteta de sistemas Ana Cabral, CTO da plataforma Evah Saúde e pesquisadora do Observatório da Saúde da Mulher, compilou na plataforma alguns dados sobre a invisibilidade de sintomas peculiares à mulher e a urgência de um cuidado integral, essencial para a conquista de sua independência, acredita. “Há uma relação crucial entre saúde, empoderamento e autonomia econômica da mulher”, afirma Ana.

A demora no diagnóstico da endometriose, por exemplo, com uma média de oito anos entre o início dos sintomas e a confirmação, expõe uma falha sistêmica em reconhecer e abordar as particularidades da saúde feminina, segundo a especialista. Da mesma forma, diz Ana Cabral, “a negligência durante a perimenopausa e a menopausa, evidenciada pela busca por informações e soluções em redes sociais, de acordo com relatos, demonstra a carência de suporte médico especializado e a persistente desinformação”.

Mente em crise, corpo negligenciado

A crise de saúde mental no Brasil agrava ainda mais esse cenário de invisibilidade, que é histórico. “Por muitos anos, os tratamentos para dor foram administrados de maneira universal, sem levar em consideração as diferenças entre homens e mulheres”, explica Ana Cabral, uma das idealizadoras da Evah Saúde. 

No entanto, recentemente, cientistas – de acordo com reportagem da Nat Geo – começaram a reconhecer uma verdade fundamental: as mulheres experienciam a dor de forma diferente dos homens. Além disso, elas têm uma maior propensão a desenvolver condições de dor crônica e muitas vezes não respondem tão bem a analgésicos comuns, como ibuprofeno, esteróides e opióides.

No trabalho, as mulheres, já sobrecarregadas com as pressões, as responsabilidades familiares e as demandas sociais, encontram suas queixas de saúde mental frequentemente descontextualizadas ou atribuídas a fatores hormonais, postergando o acesso a diagnósticos e tratamentos apropriados. “A maior prevalência de transtornos de ansiedade e depressão entre as mulheres, influenciada por fatores biológicos, sociais e de gênero, torna a falta de acolhimento e a minimização de seus sintomas um obstáculo ainda mais significativo para o bem-estar”, explica Ana. 

Neste contexto, segundo a especialista, fatores socioambientais como raça/cor, pobreza menstrual, saúde mental e violência doméstica devem ser sempre levados em consideração quando se fala em cuidado integral. “Ignorar as particularidades da experiência feminina, tanto no âmbito físico quanto mental, perpetua um ciclo de sofrimento e limita o potencial de uma vida plena e equitativa”, pondera Ana.

O desafio, acredita, está em superar essa invisibilidade, o que exige uma mudança de paradigma no sistema de saúde. “É preciso priorizar a escuta ativa e a validação das experiências femininas”. Ana Cabral defende que a mudança de cenário passa também pela produção e reconhecimento de mais pesquisas sobre saúde da mulher. “A informação embasa políticas públicas eficazes e soluções que atendam a necessidades específicas”. 

Notícias Corporativas

Avanços na depreciação acelerada beneficiam empresas

Advogado diz que a depreciação acelerada traz vantagens especialmente para os negócios tributados pelo regime de Lucro Real. Entre os pontos positivos, estão redução de base de cálculo para impostos e alívio no fluxo de caixa

Publicado

em

por

Avanços na depreciação acelerada beneficiam empresas

No último trimestre de 2024, o governo federal publicou um decreto e uma portaria interministerial que regulamentam a Lei nº 14.871/2024. Essa trata da depreciação acelerada, nome dado à forma de calcular o desgaste de um bem (como máquinas ou equipamentos), fazendo com que, na hora de deduzir dos impostos, a maior parte do valor seja descontada nos primeiros anos de uso. 

É o caso, por exemplo, de uma empresa que compra uma máquina por R$ 50 mil, com vida útil de cinco anos. No método de depreciação linear, o valor é dividido igualmente, então a companhia descontaria R$ 10 mil por ano. Já no método de depreciação acelerada, o desconto é maior nos primeiros anos.

O benefício do segundo tipo de depreciação é o fato de que a máquina pode ser mais usada ou perder mais valor nos primeiros anos. Logo, a empresa aproveita para economizar em impostos nesse período.

“A publicação do Decreto nº 12.175/2024 representa um avanço significativo para o setor empresarial brasileiro, especialmente para as empresas tributadas pelo Lucro Real [regime no qual os impostos são recolhidos de acordo com a lucratividade]. Essa medida oferece mais previsibilidade e otimiza o fluxo de caixa dos negócios, permitindo que eles invistam de maneira mais eficiente em seus ativos”, explica Gabriel Enebelo, advogado e sócio-fundador do escritório Enebelo Advogados Associados.

Do ponto de vista técnico, Enebelo diz que o decreto pode ser entendido como um estímulo ao setor privado, fornecendo mecanismos legais robustos que possibilitam um melhor planejamento e uma redução efetiva da carga fiscal.

“Com a possibilidade de depreciação acelerada, as empresas poderão antecipar a dedução de despesas com a depreciação de seus ativos, o que reduz a base de cálculo para o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)”, afirma o advogado.

O resultado disso é um alívio imediato no fluxo de caixa, permitindo que os negócios direcionem esses recursos para outras áreas essenciais, como inovação, expansão ou melhoria da infraestrutura, acrescenta Enebelo. 

Para ele, a mudança reflete uma política de estímulo ao investimento em ativos, o que tende a beneficiar não só as empresas, mas a economia como um todo ao gerar maior competitividade no mercado.

“No caso das empresas que possuem altos investimentos em ativos, como máquinas, equipamentos e veículos, a estratégia de depreciação acelerada pode ser ainda mais vantajosa, uma vez que ela permite que a dedução ocorra de forma mais robusta e eficaz”, considera o advogado.

Entretanto, Enebelo sinaliza que as empresas não devem ver a depreciação acelerada apenas como um mecanismo de redução de impostos – trata-se também de uma ferramenta estratégica de gestão. Quando usada corretamente, ela permite que as empresas transformem seus resultados fiscais, o que pode resultar em um melhor desempenho no mercado. 

Além disso, ela pode facilitar o planejamento de longo prazo, pois as empresas terão maior previsibilidade sobre suas obrigações fiscais, permitindo um ambiente mais estável e seguro para o planejamento e a tomada de decisões. 

“Importante destacar também que a depreciação acelerada está respaldada em uma legislação sólida, o que garante segurança jurídica para as empresas e minimiza riscos de questionamentos por parte das autoridades fiscais. O benefício não se limita a grandes corporações, mas também pode ser acessado por empresas de médio porte, ampliando o alcance dessa regulamentação e impulsionando a economia como um todo”, finaliza o advogado. 

Para conferir este conteúdo completo e outros artigos referentes à gestão empresarial e o ambiente jurídico das organizações, basta acessar: http://www.enebeloadvogados.com.br

Continuar Lendo

Notícias Corporativas

SISQUAL leva gestão inteligente de escalas à Hospitalar 2025

Empresa vai apresentar soluções tecnológicas para otimização da força de trabalho e ainda promoverá experiência interativa para visitantes. Evento deve reunir 1.200 expositores

Publicado

em

por

SISQUAL leva gestão inteligente de escalas à Hospitalar 2025

Marcada para acontecer entre os dias 20 e 23 de maio, a 30º edição da Hospitalar 2025, um dos maiores eventos de saúde da América Latina, prevê reunir cerca de 80 mil visitantes e 1.200 expositores de 80 países.

Durante os quatro dias de evento, a SISQUAL® WFM estará presente para demonstrar sua solução de geração automática de escalas para a área hospitalar no Brasil. A sua proposta é obter resultados de menor índice de absenteísmo não avisado e maior eficiência operacional.

Ao compor os horários de forma automática, a ferramenta pretende resolver um desafio do setor ao considerar as preferências de folgas dos enfermeiros e a disponibilidade dos médicos para gerar escalas equitativas e com maior índice de aceitação, como explica José Pedro Fernandes, vice-presidente da empresa.

“A solução é projetada para atender às necessidades específicas das instituições de saúde, permitindo que hospitais e clínicas melhorem a alocação de profissionais, reduzam custos operacionais e garantam um atendimento qualificado aos pacientes. Com a geração automática de escalas, conseguimos aliar tecnologia e bem-estar”, ressalta.

Durante a 30ª edição do evento, a empresa também apresentará outras inovações em tecnologia, como painéis de controle personalizados e integrações inteligentes com sistemas de RH, que são voltadas para gestores que buscam maximizar resultados e garantir o bem-estar e produtividade das equipes.

“A gestão eficiente de turnos hospitalares tem se consolidado como um pilar essencial para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais da saúde ao permitir escalas mais equilibradas, transparentes e alinhadas às preferências das equipes”, avalia Fernandes.

Entre as novidades que serão apresentadas, os visitantes também poderão vivenciar uma experiência interativa no estande da SISQUAL® WFM. Além das demonstrações ao vivo de suas soluções, a empresa desenvolveu um jogo físico, instalado na parede do expositor, que simula os desafios da gestão de escalas hospitalares.

“Os visitantes serão desafiados a montar corretamente os módulos da ferramenta, refletindo sobre a lógica e os desafios da gestão hospitalar. Com esta interação, pretendemos criar uma conexão mais humana e imersiva, reforçando a nossa proposta de unir inovação tecnológica e experiência prática para resolver problemas reais do setor”, explica o vice-presidente.

Conforme o empresário, a automação da escala de trabalho, com base em critérios humanizados, tem se mostrado uma ferramenta importante para aumentar a produtividade, reduzir o absenteísmo e melhorar o clima organizacional. “O evento representa uma oportunidade estratégica para estreitar parcerias e entender as necessidades do setor”, diz.

“Nosso estande é um ponto de encontro para gestores hospitalares, onde buscamos dialogar sobre desafios e apresentar soluções personalizadas. A troca de experiências durante o evento nos permite refinar nosso roadmap de inovação e garantir que nossas tecnologias estejam sempre alinhadas às demandas do mercado”, conclui.

Para saber mais, basta acessar: http://www.sisqualwfm.com

Continuar Lendo

Notícias Corporativas

ISO 9001 destaca qualidade e segurança no setor do aço

Norma internacional impulsiona competitividade e confiança no mercado global ao assegurar que os produtos atendem a altos padrões de qualidade

Publicado

em

por

ISO 9001 destaca qualidade e segurança no setor do aço

Apontado pelo Instituto Aço Brasil como o 6º maior exportador líquido de produtos siderúrgicos, o Brasil é responsável por abastecer mais de 100 países com 6,7 milhões de toneladas de aço. Neste contexto, a certificação ISO 9001 tem se destacado como um elemento essencial para empresas do setor, garantindo que seus produtos atendam a rigorosos padrões de qualidade e segurança.

Reconhecida internacionalmente, a norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade (SGQ), promovendo processos eficazes e melhoria contínua. De acordo com Adilson Granado, sócio-fundador da Metalon Tubos de Aço, a certificação não apenas assegura a entrega de produtos de maior qualidade, mas também contribui para a redução de custos operacionais por meio de processos mais eficientes.

“A ISO 9001 aumenta a confiança dos clientes e reduz desperdícios e retrabalhos, além de melhorar a conformidade com regulamentos e normas,” afirma Granado.

Se por um lado os benefícios da certificação incluem maior satisfação do cliente, redução de custos de produção e aumento da credibilidade da marca, por outro a ausência de certificações pode tornar a empresa suscetível a riscos de produção de produtos de baixa qualidade e, consequentemente, levando à perda de mercado e danos a sua reputação.

Segundo Granado, o mercado de aço brasileiro enfrenta desafios e oportunidades. “A demanda interna pode ser impactada por variáveis econômicas, enquanto as exportações se beneficiam de um mercado global em recuperação. A competição com países que têm custos de produção mais baixos é um desafio, mas a capacidade do Brasil de fornecer aço de alta qualidade é um diferencial do mercado mundial”.

O Instituto Aço Brasil mostra, ainda, que o país é o 12º maior exportador mundial de produtos siderúrgicos, com 11,7 milhões de toneladas exportadas diretamente e 2,3 milhões de toneladas oferecidas de forma indireta (contidas em bens).

Para o empresário, além da ISO 9001, outras certificações, como a ISO 14001 (gestão ambiental), a ISO 45001 (gestão de saúde e segurança ocupacional), API (American Petroleum Institute para produtos destinados à indústria de petróleo e gás) e a ASME (American Society of Mechanical Engineers para equipamentos industriais) também são relevantes para o setor.

“Essas certificações garantem que os produtos de aço atendam a padrões rigorosos de desempenho e segurança. Isso ajuda a identificar e mitigar riscos durante o processo de produção, reduzindo a probabilidade de falhas estruturais e acidentes, o que é crucial para a proteção da vida humana e a integridade de infraestruturas”, enfatiza.

Granado ressalta ainda que a implementação da ISO 9001 não é apenas uma exigência técnica, mas também uma estratégia para aumentar a competitividade e abrir portas para novos mercados.

“Investir em treinamento e conscientização é tão importante quanto a certificação em si, garantindo que todos os níveis da organização estejam comprometidos com a excelência,” conclui.

Apesar dos desafios, o setor siderúrgico brasileiro iniciou 2025 com crescimento expressivo da demanda aparente por aço no país, marcando um aumento de 16% em março (comparação anual), segundo dados do BTG Pactual divulgados pela Exame.

“Com a certificação ISO 9001 e outras iniciativas de qualidade, o setor do aço no Brasil pode se posicionar para enfrentar os desafios do mercado global e se consolidar como referência em qualidade e inovação”, finaliza o  sócio-fundador da Metalon Tubos de Aço.

Para saber mais, basta acessar: http://www.metalon.com.br

Continuar Lendo

Em Alta

...
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.