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Apesar do aumento dos custos, mercado da alimentação deve crescer em 2022

A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos é de crescimento de 2%. Mesmo com alta da inflação e aumento do custo das principais commodities, a expectativa é de aumento do consumo, conforme registrado em 2021. Especialista em negócios dá dicas para quem quer empreender nesse setor.

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São Paulo, SP 7/6/2022 – O planejamento estratégico é o ponto de partida para qualquer negócio, em especial na área de alimentação, pois o mercado é muito abrangente.

A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos é de crescimento de 2%. Mesmo com alta da inflação e aumento do custo das principais commodities, a expectativa é de aumento do consumo, conforme registrado em 2021. Especialista em negócios dá dicas para quem quer empreender nesse setor.

O cenário econômico brasileiro ainda é desafiador para o empreendedor brasileiro. Inflação alta, como a registrada no mês de abril, com índice não visto desde o 1996, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem dificultado o consumo. Apesar disso, no setor de alimentação, a expectativa do mercado é de crescimento de 2% em 2022, acompanhando o aumento de 3,2% nas vendas e 1,3% na produção física registradas em 2021. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).   

O mercado de delivery de comida, que registra aumentos desde 2020, continua em alta. Pesquisa realizada entre 11 e 17 de fevereiro deste ano pela consultoria Galunion, mostrou que pedir comida delivery é a segunda opção mais citada tanto por pessoas que voltaram ao trabalho presencial quanto pelos que continuam trabalhando em casa. Entre os que estão trabalhando no modelo home office, 48% afirmaram que iriam pedir delivery. Já entre os que retornaram para o escritório, o percentual foi de 33%.  

Para quem tem um espaço físico para vender alimentos, as perspectivas também são boas, segundo a pesquisa da Galunion. Entre os que voltarão ao modelo presencial de trabalho, 30% afirmaram que iriam sair para sentar-se e comer em restaurantes, padarias e lanchonetes. Mas a opção mais citada pelos entrevistados é a preparação da comida em casa, citada por 78% dos que estavam trabalhando em home office e 60% dos que estavam no presencial.

Os dados mostram boas perspectivas para quem quer empreender no setor de alimentação, seja na venda de comida pronta ou de alimentos in natura para a preparação de refeições. Mas é preciso se preparar antes de abrir o negócio, explica a administradora Patrícia Nunes Kalisiensky. Ela comenta que é essencial elaborar um planejamento estratégico, definindo o produto no qual irá investir, o público-alvo, sem esquecer da definição de objetivos e metas.

“O planejamento estratégico é o ponto de partida para qualquer negócio, em especial na área de alimentação, pois o mercado é muito abrangente. Ele inicia lá no produtor rural, passando pelo distribuidor atacadista, supermercados e varejo, em alguns casos pelo processador (restaurantes, refeitórios, indústrias etc.) para finalmente chegar ao consumidor final. Ou seja, é um longo caminho”, destaca.

Outra dica de Kalisiensky para quem quer empreender na área é aprender a administrar o estoque de produtos, uma vez que os alimentos costumam ser perecíveis. “Mesmo que o produto seja industrializado, ele tem um prazo de validade determinado, ou seja, não se pode estocá-lo por longos períodos. Quando falamos de alimentos em natura ou prontos para consumo em restaurantes e padarias por exemplo, este prazo fica ainda mais apertado, por isso a estratégia de venda tem que ser proativa e intensa, para evitar perdas de produtos e, consequentemente, prejuízos”, alerta.

Entender a sazonalidade de alimentos e bons fornecedores são essenciais para quem quer empreender no mercado a alimentação  

Um fator importante que deve estar no planejamento de quem pretende investir em um negócio na área da alimentação é a sazonalidade do produto carro-chefe do negócio ou ingredientes utilizados em preparações que serão vendidas prontas. De acordo com a Patrícia Kalisiensky, é preciso se preparar para estações que, pela característica do produto, pode ser de baixa nas vendas.

“Existem alimentos que vendem mais em certas épocas do ano, como algumas frutas, sorvetes e picolés, bebidas quentes etc. Então, o planejamento de financeiro tem que prever épocas de faturamento baixo. Por isso a previsão orçamentária da empresa merece atenção especial, pois será necessário guardar fundos para estas épocas”, detalha a administradora, que é especialista em gestão estratégica de negócios e tem mais de 15 anos de experiência na área.  

Outro fator que não pode ser esquecido é a escolha de bons fornecedores e criação de um bom relacionamento com eles, analisa a profissional. “Um bom relacionamento com seus fornecedores é essencial, pois o sucesso do negócio também passa por eles. Trabalhar com produtos de qualidade e principalmente que atendam às suas necessidades e expectativas podem definir o sucesso do seu negócio. Formar parcerias com empresas da mesma área também é importante, pois existe a troca de informações e experiência entre as empresas”, conclui. 

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