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Onda de sequestros volta ao Brasil e atinge também classes sociais mais baixas

Com 96% da população bancarizada, de acordo com o Banco Central, e com 242 milhões de smartphones para fazer Pix, bandidos optam cada vez mais por essa modalidade de crime que atinge, inclusive, as classes sociais mais baixas.

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São Paulo 29/8/2022 – Enquanto não surge uma solução definitiva para o problema, o ideal é ter um celular exclusivo para uso bancário em casa, e usar outro para as demais atividades.

Com 96% da população bancarizada, de acordo com o Banco Central, e com 242 milhões de smartphones para fazer Pix, bandidos optam cada vez mais por essa modalidade de crime que atinge, inclusive, as classes sociais mais baixas.

Os casos de sequestro que assolaram o país nos anos 90 e que atingiram, em sua maioria, grandes empresários, voltaram a aumentar.

As ações da polícia naquela época, como o investimento na estruturação dos departamentos antissequestros, a orientação para que as famílias não pagassem o resgate e a prisão dos líderes das quadrilhas, tornaram inviável o cometimento de novos delitos.

Mas os mais recentes Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontam que, de janeiro a julho deste ano, os sequestros voltaram a crescer, com aumento de 39,1% com relação ao mesmo período do ano passado.

”A pandemia do crime de sequestro voltou e a onda de casos promete ser muito maior e mais violenta que a primeira”, avisa. Lordello aponta que o gatilho para esse fenômeno foi o advento do Pix. “Essa forma de transferência bancária foi lançada em setembro de 2020, sem a devida preocupação com a segurança dos correntistas”, constata.

Com baixo custo ou com isenção de tarifas, o número de chaves Pix cadastradas já é o dobro da população brasileira, sendo que 95% delas são de pessoas físicas. “O brasileiro, de uma hora para outra, passou a ter duas manias: smartphone e Pix.  É claro que a marginalidade, sempre atenta às possibilidades de levantar dinheiro de forma ilícita, percebeu rapidamente que a retenção de vítimas era a chave para esvaziar contas bancárias alheias”, constata Lordello, que vê uma agravante com relação aos crimes da década de 1990. “Naquela época, o alvo das quadrilhas especializadas era o milionário, ou seja, a fatia da sociedade que corria risco era diminuta. Atualmente não, pois temos relatos de pessoas de classe média baixa que foram alvo das quadrilhas do Pix e permaneceram horas e até dias, mantidas em cárcere privado”.                                       

Lordello espera que a “vacina” que minimize essa pandemia de sequestros seja inventada brevemente e produzida em larga escala, mas o especialista prevê que a sociedade deverá conviver por muito tempo com esse “vírus”, que gera danos irreversíveis em contas bancárias e no emocional das vítimas e familiares. 

Nesse sentido, ele orienta que as pessoas adquiram um “celular do Pix”, exclusivo para realizar operações bancárias, que deve ser deixado no trabalho ou em casa.

 

Website: https://lordellotreinamento.com.br/

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