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Hérnia de disco afeta 80% da população mundial, segundo OMS

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) oito em cada dez pessoas no mundo sofrem com problemas de hérnia de disco, condição que é uma das principais causas de lombalgia.

Publicado

em

6/12/2023 –

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) oito em cada dez pessoas no mundo sofrem com problemas de hérnia de disco, condição que é uma das principais causas de lombalgia.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou que a hérnia de disco aflige oito a cada dez pessoas no mundo. Este dado engloba pacientes que já tiveram ou têm este problema, ou que ainda podem apresentar este quadro de saúde.

A hérnia de disco acontece devido ao desgaste dos discos intervertebrais, que saem da posição normal e comprimem as raízes nervosas da coluna. Este distúrbio pode ser causado por questões hereditárias, envelhecimento ou hábitos não saudáveis, como falta de atividade física ou tabagismo.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 5,4 milhões de pessoas apresentaram este problema de saúde no país em 2019,  e a média de idade em pacientes com hérnia de disco diminuiu de 37 para 30 anos. 

Opções de tratamento de hérnia de disco

Um estudo publicado pelo periódico New England Journal of Medicine revisa a literatura médica e ressalta que 90% dos pacientes com hérnia de disco apresentam melhora com o tratamento conservador (não cirúrgico) nos primeiros 4 meses de sintomas. Além disso, lembra que os pacientes que não melhoram com essa estratégia devem operar em até 6 meses do início da dor para que os objetivos de alívio, retorno ao trabalho e melhora na qualidade de vida sejam atingidos. 

O neurocirurgião especializado em tratamentos da coluna Felipe Figueira ressalta que a determinação do tratamento ideal (cirúrgico ou por método conservador) para a hérnia de disco é baseada na avaliação individual. “O profissional de saúde irá levar em consideração a gravidade dos sintomas, sua duração, características do exame de imagem e o impacto na qualidade de vida do paciente”, afirma.

Figueira explica que a escolha pelo tratamento não cirúrgico da hérnia de disco é geralmente indicada para pessoas que apresentam sintomas leves a moderados, como dor nas costas, sensação de formigamento ou fraqueza, sem sinais de comprometimento neurológico grave.

“Se o paciente consegue realizar suas atividades diárias com desconforto tolerável e os sintomas não são incapacitantes, o tratamento conservador, que envolve repouso, medicamentos e fisioterapia, pode ser apropriado”, esclarece o médico.

Tratamento não cirúrgico ou métodos conservadores

Segundo Figueira, métodos conservadores para tratamento de hérnia de disco são baseados em técnicas como repouso inicial, aplicação de compressas de gelo para reduzir a inflamação e o uso de analgésicos para aliviar a dor, além de terapias físicas, como exercícios específicos para fortalecer a musculatura ao redor da coluna.

“Fisioterapia, acupuntura e modificação da atividade física também podem ser recomendadas para aliviar os sintomas e promover a recuperação sem a necessidade de intervenção cirúrgica”, acrescenta Figueira. 

Já em casos que os pacientes apresentem dor nas costas (lombalgia) e sintomas como dor intensa que irradia para as pernas, formigamento persistente, fraqueza muscular, perda de controle da bexiga ou intestino, Figueira indica buscar a avaliação de um médico especialista em coluna vertebral. “Esses sinais podem indicar problemas mais sérios, como compressão nervosa, exigindo atenção médica especializada para determinar o melhor curso de tratamento”, aponta o médico.

De acordo com dados do estudo Global Burden of Disease, publicado pela revista científica Lancet Rheumatology, até 2050, cerca de 843 milhões de pessoas serão afetadas pela lombalgia.

Para saber mais, basta acessar: https://drfelipefigueira.com.br/

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