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Aura Pharma foca no crescimento do canabidiol no Brasil

A Aura Pharma prevê o crescimento do mercado de canabidiol (CBD) no Brasil, impulsionado pela regulamentação da Anvisa desde 2019. O setor, que já movimentou R$ 700 milhões em 2023, beneficia-se do aumento de médicos prescrevendo CBD e da expansão do uso terapêutico. Desafios como custos altos persistem, mas a perspectiva é de crescimento, especialmente com potencial debates sobre o cultivo de cânhamo para usos industriais e medicinais.

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Curitiba, PR 2/4/2024 – A gente entende por esses princípios que o mercado começa a crescer e tem uma curva ainda maior para 2024 e bem expressiva para 2025, explica Guilherme Jabur.

A Aura Pharma prevê o crescimento do mercado de canabidiol (CBD) no Brasil, impulsionado pela regulamentação da Anvisa desde 2019. O setor, que já movimentou R$ 700 milhões em 2023, beneficia-se do aumento de médicos prescrevendo CBD e da expansão do uso terapêutico. Desafios como custos altos persistem, mas a perspectiva é de crescimento, especialmente com potencial debates sobre o cultivo de cânhamo para usos industriais e medicinais.

O mercado de canabidiol (CBD) foi regulamentado a partir de 2019 pela Anvisa no Brasil, e empresas que atuam nesse mercado, como a Aura Pharma, registram ano a ano um crescimento na prescrição de medicamentos com CBD e na adoção de tratamentos com essa substância por parte de pacientes.

O canabidiol é um componente não psicoativo da planta cannabis sativa, que tem sido usada por muitos anos como agente medicinal no alívio de dores e convulsões. Mas pesquisas recentes mostram que as ações terapêuticas do CBD vão além, incluem a capacidade de atuar como antiemético, agentes anti-inflamatórios e como agentes protetores na neurodegeneração, alívio da dor crônica, alívio de distúrbios do sono, da espasticidade, entre outros (Amin & Ali 2019; Villanueva, 2022).

Com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n˚ 327, de 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) institui uma regulamentação para o uso de produtos derivados de cannabis para fins medicinais ou de saúde no Brasil. Essa normativa estabelece diretrizes para a fabricação, importação e comercialização desses produtos, visando garantir sua qualidade e segurança para os consumidores.

Um aspecto central desta regulamentação é a exigência de que empresas produtoras obtenham o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) de medicamentos, outorgado pela própria Anvisa, que assegura que os procedimentos de produção aderem a elevados padrões de qualidade.

 

O mercado de canabidiol no Brasil

A partir de 2019, o mercado de canabidiol tem crescido ano a ano no Brasil. Segundo o anuário 2023 da Kaya Mind, empresa especializada em inteligência de mercado para o setor da cannabis e mercados afiliados, mais de mil empresas e associações já atuam no setor de cannabis medicinal no país.

De acordo com o anuário da Kaya Mind, o mercado de cannabis medicinal movimentou R$ 700 milhões em 2023, marcando um aumento de 92% em relação ao ano anterior. Esta tendência ascendente sugere que o segmento poderá superar o valor de R$ 1 bilhão em 2024. O crescimento expressivo reflete a maior adoção de tratamentos com CBD, evidenciada pelo fato de que, em 2023, cerca de 430 mil pessoas se beneficiaram de derivados medicinais da planta, um salto de 130% comparado ao ano anterior.

Rafael Bassetto, sócio-investidor da Aura Pharma, esclarece que esse aumento está intrinsecamente ligado ao interesse dos pacientes pelos benefícios do tratamento com canabidiol. “Os pacientes procuram os médicos solicitando serem tratados com canabidiol e, após uma avaliação cuidadosa das condições de cada um, os médicos especializados prescrevem o medicamento quando há uma indicação clara para o seu uso,” afirma Bassetto.

Houve um crescimento tanto no número de pacientes que usam medicamentos à base de canabidiol quanto no de médicos que os prescrevem. Guilherme Jabur, CEO da Aura Pharma, aponta que, em 2019, somente 15 a 20 médicos prescreviam canabidiol, referindo-se aos medicamentos disponíveis em farmácias. Segundo o executivo, “esses médicos começaram a ter uma visibilidade muito grande com a eficácia nos tratamentos. A partir de 2020 e 2021, os médicos começaram a se capacitar e aumentar a curva de prescritores de canabidiol. Em 2021, eram cerca de 1,5 mil médicos, em 2022 chegou a quase 3 mil, e em 2023 e 2024 percebemos uma evolução para 9 mil médicos prescrevendo canabidiol comercializado em farmácias”.

As vendas de produtos de cannabis medicinal também saltaram nas farmácias, segundo dados da Associação Brasileiras da Indústria de Canabinoides (Br Cann). Apenas no primeiro semestre de 2023, foram comercializadas 193 mil unidades de medicamentos com CBD — um aumento de 201% em comparação com o mesmo período de 2022.

 

Desafios e oportunidades do mercado de CBD

Apesar de a Anvisa ter regulamentado o uso medicinal do canabidiol no Brasil em 2019, permitindo sua comercialização sob prescrição médica, o mercado de cannabis medicinal ainda enfrenta desafios significativos. Os altos custos e a limitada variedade de produtos disponíveis refletem a complexidade e as restrições regulatórias do setor.

O anuário da Kaya Mind analisa que, apesar das incertezas e desafios enfrentados, há um evidente e crescente interesse da população pelas terapias com derivados de cannabis. “Mesmo diante de adversidades, percebe-se um engajamento significativo da população, que busca suporte e alívio nas terapias baseadas em cannabis,” destaca o relatório da empresa especializada no segmento.

No Brasil, tramita ainda no Supremo Tribunal Federal (STJ) a possibilidade da concessão de autorização sanitária para cultivo de cânhamo industrial. De acordo com o relatório “Commodities at a Glance — Special Issue on Industrial Hemp”, da UNCTAD, o plantio do cânhamo — pertencente à mesma família botânica da cannabis — oferece outras oportunidades econômicas para países em desenvolvimento. Segundo o documento, o cânhamo tem a vantagem de crescer com facilidade em diferentes climas ao redor do mundo e também ajuda a reconstituir o solo com sua capacidade de remover metais pesados e outros contaminantes. 

O relatório indica que o cultivo de cânhamo pode fomentar cadeias de produção sustentáveis em países em desenvolvimento, impulsionando a economia rural e a diversificação. Suas fibras são usadas em tecidos e construção, e suas sementes na alimentação humana e animal, com potencial para biocombustíveis e plásticos biodegradáveis. Segundo a Kaya Mind, uma regulamentação abrangente poderia criar 330 mil empregos no Brasil e gerar R$ 26 bilhões em quatro anos, promovendo uma economia verde.

Nesse cenário, a Aura Pharma vê o potencial de crescimento do mercado para os próximos anos. “A gente entende por esses princípios que o mercado começa a crescer e tem uma curva ainda maior para 2024 e bem expressiva para 2025”, finaliza o CEO da empresa, Guilherme Jabur.

Website: http://www.aurapharma.com.br

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Brasil avança na maturidade em cibersegurança, aponta UIT

O relatório, publicado em setembro de 2024, classifica o país como o segundo mais maduro em cibersegurança nas Américas.

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São Bernardo do Campo, SP 11/10/2024 –

O relatório, publicado em setembro de 2024, classifica o país como o segundo mais maduro em cibersegurança nas Américas.

O Brasil registrou um avanço significativo na maturidade em cibersegurança, de acordo com o Índice Global de Cibersegurança (GCI) da União Internacional de Telecomunicações (UIT). O relatório, publicado em setembro de 2024, classifica o país como o segundo mais maduro em cibersegurança nas Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A UIT destaca que esse progresso reflete os esforços contínuos do governo brasileiro em aprimorar suas políticas de segurança digital, fortalecer sua infraestrutura e melhorar a cooperação internacional na área.

O ranking destaca as políticas públicas implementadas pelo Brasil, com a participação de órgãos como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A agência, em conjunto com outras entidades governamentais, tem sido responsável pela coordenação de ações que visam proteger a sociedade contra ameaças cibernéticas. Entre as principais iniciativas estão a criação da Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) e do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), além da adesão à Convenção de Budapeste, um tratado internacional que padroniza o combate a crimes cibernéticos.

A UIT destacou ainda que a classificação do Brasil no Grupo 1, considerado um modelo em cibersegurança, reflete as ações estratégicas que o país vem tomando. Entre essas medidas, destacam-se também o desenvolvimento de centros de resposta a incidentes e a criação de regulamentações específicas para garantir a proteção de infraestruturas críticas. 

Além disso, Markswell Coelho, coordenador da IBSEC – Instituto Brasileiro de Cibersegurança, afirma que “a cooperação internacional desempenha um papel fundamental nesse avanço. O Brasil tem colaborado com organizações como a União Internacional de Telecomunicações, fortalecendo laços para a troca de informações e práticas de segurança cibernética”.

Com esses resultados, o Brasil se posiciona como um líder regional em segurança digital, servindo como referência para outras nações da América Latina. Markswell Coelho conclui: “A continuidade de políticas públicas robustas e o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas serão cruciais para garantir que o país permaneça à frente no combate aos crimes cibernéticos”.

Mais informações: IBSEC

Website: https://ibsec.com.br/

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Manpower abre 607 vagas de Auxiliar de Loja

Manpower em parceria com empresa referência no mercado de beleza e cosméticos no Brasil, abre mais de 600 vagas temporárias para o cargo de Auxiliar de Loja. As oportunidades são para todo o Brasil, e os profissionais interessados precisam ter Ensino Médio completo e disponibilidade de horário.

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Brasil 11/10/2024 –

Manpower em parceria com empresa referência no mercado de beleza e cosméticos no Brasil, abre mais de 600 vagas temporárias para o cargo de Auxiliar de Loja. As oportunidades são para todo o Brasil, e os profissionais interessados precisam ter Ensino Médio completo e disponibilidade de horário.

O ManpowerGroup Brasil, uma consultoria de soluções de Recursos Humanos, que atua em todo o território nacional, está apoiando o Grupo Boticário, empresa referência no mercado de beleza e cosméticos no Brasil, com o recrutamento de 607 vagas temporárias para o cargo de Auxiliar de Loja.

A empresa busca por pessoas interessadas em ingressar no mercado de trabalho. As oportunidades são abertas para todos os públicos, e os profissionais interessados têm até o dia 04 de novembro para se candidatar a essas oportunidades de emprego.

As oportunidades são para as cidades de Aracaju, ​Belém, Ananindeua, Fortaleza, ​Maracanaú, João Pessoa, ​Recife, ​Jaboatão dos Guararapes, ​Teresina, Belo Horizonte, ​Ipatinga, Rio de Janeiro, Seropédica, Nilópolis, Nova Iguaçu, São João de Meriti, São Paulo, Santo André, Diadema, Osasco, Carapicuíba, São Bernardo do Campo, Salvador, Lauro de Freitas, Vila Velha, Guarapari, Vitória Curitiba, Maringá, Londrina, Blumenau, Porto Alegre e Brasília

Para serem elegíveis, os trabalhadores precisam ter Ensino Médio completo, disponibilidade de horário, disponibilidade para atuar de forma temporária por até 30 dias e será um grande diferencial possuir experiência na área comercial, lojas de varejo e conhecimento do pacote office.

Entre os benefícios oferecidos aos colaboradores estão vale transporte, vale refeição e seguro de vida.

Os profissionais interessados podem conferir outras informações e fazer um cadastro, até dia 04 de novembro, por meio do link: https://forms.office.com/r/jN0Hg2vesy.

Para mais informações sobre as oportunidades: https://bit.ly/4eBhBZj.

E para acessar outras oportunidades de emprego, basta acessar o portal de vagas e conferir todas as opções disponíveis: https://vagas.manpowergroup.com.br/.

Website: https://vagas.manpowergroup.com.br/

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Sustentabilidade pode auxiliar evolução de grandes empresas

Como as corporações podem adotar o empreendedorismo sustentável e gerar impacto positivo no planeta sem abrir mão da lucratividade

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São Paulo/SP 11/10/2024 – As grandes empresas devem criar relatórios de sustentabilidade que sejam auditáveis e acessíveis ao público, demonstrando claramente suas metas.

Como as corporações podem adotar o empreendedorismo sustentável e gerar impacto positivo no planeta sem abrir mão da lucratividade

Em tempos de mudanças climáticas e pressão por responsabilidade social, o empreendedorismo sustentável surge como um dos principais pilares para o sucesso e a longevidade das grandes empresas. Incorporar práticas que levem em consideração o impacto ambiental, social e econômico tem deixado de ser uma opção para se tornar uma necessidade competitiva no mercado global.

Um estudo da Union + Webster, agência norte-americana de pesquisas, e que foi pauta no portal Tecmundo, revelou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis. Já 70% dos participantes não se importariam em pagar mais por isso. 

Parte integrante do ESG (ambiental, social e governança, traduzida a sigla para o português), a sustentabilidade sempre esbarrou na busca por lucro nas grandes empresas. Agora, para o gerente de negócios especialista em sustentabilidade Anderson de Oliveira Garrido Barbosa, as estradas caminham juntas. Dono de mais de 15 anos de experiência na área, o gestor aponta os principais vértices que grandes companhias aplicam em seus negócios para conseguir conciliar a agenda verde com o crescimento econômico:

  1. Revisão da cadeia de suprimentos

Um dos principais pontos de transformação para o empreendedorismo sustentável é a cadeia de suprimentos. Empresas podem repensar o processo de fabricação de seus produtos, priorizando fornecedores que utilizem materiais recicláveis, com menor emissão de carbono, e que respeitem os direitos dos trabalhadores. Além de reduzir o impacto ambiental, essas ações também promovem uma relação de transparência e confiança com os consumidores, que cada vez mais valorizam produtos sustentáveis.

  1. Economia circular

Outro ponto essencial para adotar o empreendedorismo sustentável é a transição para um modelo de economia circular. Em vez de simplesmente consumir recursos e descartar resíduos, as empresas podem desenvolver produtos que tenham ciclos de vida prolongados, reaproveitando materiais e incentivando o consumo consciente. Essa prática reduz o volume de lixo produzido e diminui a demanda por matérias-primas virgens, além de estimular a inovação no desenvolvimento de novos produtos.

  1. Investimento em energias renováveis

Investir em fontes de energia renováveis é uma das formas mais eficientes de reduzir a pegada de carbono de uma grande corporação. A transição de fontes tradicionais para energia solar, eólica ou de biomassa não apenas reduz os custos operacionais a longo prazo, como também demonstra um compromisso com a sustentabilidade. Grandes empresas, como Google e Microsoft, já estão liderando esse movimento, utilizando 100% de energia renovável em suas operações globais, servindo de exemplo para outras corporações.

  1. Cultura empresarial voltada para a sustentabilidade

Para que o empreendedorismo sustentável seja realmente eficaz, é necessário que ele faça parte da cultura da empresa. Isso envolve desde a conscientização dos colaboradores até a criação de metas sustentáveis claras e mensuráveis. Programas de capacitação e recompensas para funcionários que propõem soluções inovadoras e ecológicas podem incentivar a adoção de práticas verdes em todos os níveis da organização.

  1. Adoção de tecnologias verdes

O uso de novas tecnologias também desempenha um papel fundamental no processo de transformação sustentável. Soluções como big data, inteligência artificial e blockchain podem ajudar empresas a monitorar e otimizar o uso de recursos, identificar ineficiências e reduzir desperdícios. Além disso, a digitalização dos processos e a substituição de métodos analógicos por alternativas mais ecológicas contribuem diretamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa.

  1. Transparência e relatórios de sustentabilidade

Por fim, a transparência é crucial para garantir que as iniciativas de empreendedorismo sustentável sejam levadas a sério. “As grandes empresas devem criar relatórios de sustentabilidade que sejam auditáveis e acessíveis ao público, demonstrando claramente suas metas, avanços e desafios. Essa prática fortalece a confiança dos stakeholders e reforça o compromisso da empresa com um futuro mais sustentável”, complementa Anderson.

Pequenas empresas que visam crescer também estão de olho nesse filão de mercado. “Uma pesquisa realizada pelo Sebrae em julho de 2024 aponta que 43% dos empreendedores gaúchos entendem a importância da sustentabilidade e da economia regenerativa para preparar os negócios para as mudanças climáticas”, informa Barbosa.

O empreendedorismo sustentável, além de ser um caminho inevitável diante da atual crise ambiental, também pode ser altamente lucrativo. Empresas que adotam práticas verdes tendem a ser mais resilientes a riscos futuros, além de conquistar a fidelidade de consumidores e investidores preocupados com o meio ambiente. “É uma jornada que, ao ser iniciada com planejamento e comprometimento, pode garantir um futuro próspero e mais justo para todos”, finaliza o especialista.

Website: https://www.linkedin.com/in/anderson-de-oliveira-garrido-barbosa

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