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Diferença social afeta prevenção do Câncer de Mama

Enquanto 89% das mulheres das classes A/B realizaram consultas preventivas, apenas 59% das que pertencem às classes D/E passaram pelo atendimento médico no último ano

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São Paulo,SP 12/4/2024 – “O estudo revela claramente como as barreiras ao acesso ao conhecimento sobre câncer afetam de maneira desproporcional diferentes populações”

Enquanto 89% das mulheres das classes A/B realizaram consultas preventivas, apenas 59% das que pertencem às classes D/E passaram pelo atendimento médico no último ano

Na batalha contra o câncer de mama, a realização de exames periódicos assume um papel crucial na conscientização e promoção de prevenção da doença. O diagnóstico precoce é o fator primordial para aumentar a taxa de sobrevida das mulheres que enfrentam a patologia, pois permite que tratamentos eficazes sejam iniciados o quanto antes. Além disso, a detecção rápida contribui para a redução dos custos de saúde associados ao tratamento avançado. Entre 30% e 50% dos cânceres podem ser prevenidos por meio da implementação de estratégias baseadas em evidências para a prevenção.

No entanto, na prática, observa-se que a consulta com especialistas não é tão disseminada quanto deveria ser, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. De acordo com a pesquisa Datafolha: O que as mulheres brasileiras sabem sobre o câncer de mama, atitudes e percepções sobre a doença, encomendada pela Gilead Sciences Brasil, sete em cada dez entrevistadas se consultaram com um ginecologista no período dos últimos 6 meses a 1 ano. O resultado demonstra que 85% das mulheres pertencentes às classes A/B realizaram consultas médicas. O número cai para 59% entre as entrevistadas pertencentes às classes D/E. Diante disso, os grupos mais vulneráveis se consideram até 7 vezes menos informados sobre o câncer de mama.

Os números evidenciam a desigualdade significativa em termos de informações disponíveis e acesso facilitado a exames preventivos para ambos os grupos. “É fundamental garantir que todas elas tenham igualdade de oportunidades no acesso à assistência médica. O estudo revela claramente como as barreiras ao acesso ao conhecimento sobre câncer afetam de maneira desproporcional diferentes populações, em especial as dos estados Norte e Centro-Oeste, pobres, com baixa escolaridade e negras”, destaca Flávia Andreghetto, Diretora Associada de Oncologia na Gilead Sciences.

O ACESSO À INFORMAÇÃO E A DESIGUALDADE NO CONHECIMENTO

A falta de equidade na informação sobre o câncer de mama se traduz em preocupantes disparidades na qualidade de vida das mulheres. Categorias que demonstram enfrentar desafios na obtenção de informações adequadas são pessoas das classes D/E (42%) e negras (35%).

Mamografias, exames clínicos e autoexamessão realizados por cerca de dois terços das entrevistadas quando incentivadas, entretanto, a distribuição revela desigualdade. A mamografia, por exemplo, é mais comum entre as com idades entre 40 e 59 anos, bem como entre aquelas pertencentes às classes A/B e com níveis mais elevados de escolaridade. “É importante disseminar conhecimento de maneiras diferentes e que atraiam a atenção, promovendo conversas abertas sobre o tema com pessoas de variadas origens. A realidade preocupante da detecção do câncer em estágios mais avançados pode ser minimizada por meio de estratégias assertivas que incentivem a busca por mamografias e por exames clínicos, entre outros”, enfatiza Flávia.

Segundo os resultados da pesquisa, apenas 49% das mulheres fazem a mamografia regularmente. Essa taxa varia significativamente de acordo com a divisão socioeconômica, com 60% das mulheres das classes A/B submetendo-se ao exame, em contraste com apenas 37% das classes D/E. Além disso, a disparidade educacional é evidente, com 62% das mulheres com nível superior realizando o exame regularmente, enquanto apenas 44% daquelas com ensino fundamental o fazem. Os motivos para a realização do exame são diversos: 20% das entrevistadas o fazem porque o médico recomendou, enquanto 16% o fazem devido à preocupação com a sensação de um caroço ou nódulo. No entanto, a pesquisa também revela que 42% das mulheres não fazem o exame regularmente por se considerarem jovens demais, enquanto 30% o deixam de fazer simplesmente porque o médico não solicitou.

Quando se trata de conhecimento sobre os diferentes tipos de tratamento, observa-se que apenas 38% das pessoas pertencentes à classe D/E com ensino fundamental consideram-se informadas, sendo que somente 25% estão cientes da radioterapia e 44% estão desinformadas quanto a essa opção. No contexto das mulheres de origem afrodescendente, constatou-se que 40% delas têm conhecimento sobre a quimioterapia, enquanto apenas 29% estão informadas sobre a radioterapia, e 39% ainda carecem de informações a esse respeito. 

METODOLOGIA DA PESQUISA DATAFOLHA

A pesquisa foi realizada por um grupo de mulheres com idades entre 25 e 65 anos, apresentando uma média de idade de 43 anos. O estudo envolveu entrevistadas de diversas classes sociais, com uma representação de 48% na classe C, 36% nas classes D/E, 15% na classe B e 2% na classe A. Também abrangeu pessoas do sexo feminino de diversas localidades, incluindo cidades grandes e pequenas, capitais e regiões do interior, com uma distribuição geográfica de 43% na região Sudeste, 26% no Nordeste, 16% na região Norte/Centro-Oeste e 14% na região Sul.

No total, foram realizadas 1.007 entrevistas em um estudo quantitativo conduzido entre 24 de novembro e 14 de dezembro de 2022. O questionário teve uma duração média de 18 minutos e os resultados apresentaram uma margem de erro de até 3%, com um nível de confiança de 95%.

 

Website: https://www.gilead.com/utility/global-operations/south-america/brazil/portuguese-translation

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Produtos veganos e cruelty-free ganham força no mercado

O mercado de beleza está se transformando com a demanda por produtos veganos e cruelty-free

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São Paulo-SP 13/1/2025 –

O mercado de beleza está se transformando com a demanda por produtos veganos e cruelty-free

O mercado de beleza está vivenciando uma revolução ética, impulsionada pela crescente demanda de consumidores por produtos que aliam sustentabilidade e respeito aos direitos dos animais. Em setembro de 2022, a Opinion Box realizou um estudo com 500 participantes, revelando que 96% deles afirmaram preferir consumir produtos veganos, naturais e livres de testes em animais.

Essa tendência está alinhada com dados da Grand View Research, que apontam que o mercado global de cosméticos veganos e cruelty-free foi avaliado em US$ 15,17 bilhões em 2021, com uma projeção de crescimento de 6,3% ao ano até 2030. Este cenário indica uma mudança clara no setor de beleza, com a adoção de práticas mais responsáveis e conscientes.

Entre as marcas brasileiras que oferecem produtos veganos e cruelty-free está a oiwhite, conhecida por suas fitas de clareamento dental. Sua fórmula, que inclui ingredientes como PAP e hidroxiapatita, foi desenvolvida sem a realização de testes em animais e, diferente de outros produtos de clareamento dental, a glicerina utilizada nas fitas oiwhite é 100% vegana. Essa abordagem reflete as crescentes expectativas de um público cada vez mais engajado em questões ambientais e éticas.

A conscientização dos consumidores sobre os impactos dos testes em animais e as vantagens associadas aos produtos veganos têm contribuído para o aumento da demanda por alternativas éticas no mercado. Tecnologias avançadas, como os testes in vitro, estão sendo implementadas por diversas marcas, permitindo a substituição de métodos tradicionais e assegurando a segurança e eficácia dos produtos sem a necessidade de práticas que envolvam o uso de animais.

O crescimento do mercado cruelty-free reflete a possibilidade de aliar cuidados com a beleza ao bem-estar animal, evidenciando um consumidor mais informado e inclinado a fazer escolhas que promovam práticas responsáveis e éticas, como demonstra a pesquisa da Opinion Box.

Website: https://oiwhite.com.br/

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Reforma tributária unifica impostos e muda consumo no brasil

A reforma tributária promete simplificar impostos, unificando tributos como PIS e ICMS em IBS e CBS, mas pode impactar preços e consumo. Segundo o Dr. Diogo Arão Nascimento Paulo, do escritório Paulo & Bachtold, a transparência fiscal pode empoderar consumidores, mas a transição trará desafios, como variações em itens essenciais e custos repassados por empresas. Consumidores devem acompanhar as mudanças e seus efeitos no cotidiano.

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São Paulo, SP 13/1/2025 – “A reforma tributária trará mais transparência, mas pode impactar preços e consumo. O consumidor deve acompanhar e entender essas mudanças.” — Dr. Diogo Arão

A reforma tributária promete simplificar impostos, unificando tributos como PIS e ICMS em IBS e CBS, mas pode impactar preços e consumo. Segundo o Dr. Diogo Arão Nascimento Paulo, do escritório Paulo & Bachtold, a transparência fiscal pode empoderar consumidores, mas a transição trará desafios, como variações em itens essenciais e custos repassados por empresas. Consumidores devem acompanhar as mudanças e seus efeitos no cotidiano.

Nos últimos meses, a reforma tributária voltou ao centro das discussões políticas e econômicas do país. Com a promessa de simplificar o sistema fiscal brasileiro, a proposta tem despertado tanto expectativas quanto dúvidas sobre o que, de fato, mudará na rotina das pessoas e na relação de consumo. Segundo o Dr. Diogo Arão Nascimento Paulo, sócio do escritório Paulo & Bachtold Sociedade de Advogados, essas mudanças poderão ser mais profundas do que aparentam à primeira vista.

A principal inovação trazida pela reforma é a unificação de impostos. Tributos como PIS, Cofins, ISS, ICMS e IPI serão substituídos por dois novos impostos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Essa mudança visa reduzir a complexidade tributária, mas levanta questões sobre como afetará o bolso do consumidor.

Mais transparência ou mais custo?

De acordo com o Dr. Diogo Arão, a ideia de um sistema mais transparente pode ser benéfica para o consumidor, que terá mais clareza sobre a carga tributária embutida nos produtos e serviços. Contudo, ele alerta que a transição para o novo modelo poderá trazer custos adicionais para empresas, que, em última instância, podem ser repassados aos consumidores.

“Embora a reforma tenha como objetivo simplificar e promover justiça fiscal, é preciso observar como os setores empresariais irão adaptar seus preços. Dependendo de como os impostos forem aplicados e redistribuídos, pode haver uma alteração no custo final dos bens e serviços, o que impacta diretamente o consumo das famílias”, explica o advogado.

Impacto no consumo diário

A reforma também propõe a padronização das alíquotas, o que significa que itens essenciais, como alimentos e medicamentos, poderão ter uma carga tributária diferente da atual. Por outro lado, produtos considerados supérfluos ou de luxo poderão enfrentar uma tributação mais elevada.

“Essa mudança pode reorganizar a forma como as famílias gastam seu orçamento mensal. Alimentos, por exemplo, podem ter variações de preço dependendo das políticas regionais e setoriais de aplicação das alíquotas, já que estados e municípios terão certa autonomia nesse aspecto”, detalha o Dr. Diogo Arão.

O papel do consumidor na reforma

Outra questão levantada pelo especialista é o papel ativo que o consumidor deverá assumir. Com mais informações disponíveis sobre os tributos, será possível pressionar por melhores práticas no mercado e até mesmo por ajustes nas políticas fiscais. “A reforma oferece uma oportunidade de empoderar o consumidor, mas é necessário que todos busquem entender as mudanças e os impactos que elas terão em suas vidas”, ressalta.

O que esperar?

Embora a reforma ainda esteja em processo de implementação e ajuste, já é possível antever transformações significativas na economia brasileira. Para o Dr. Diogo Arão, o principal desafio será equilibrar os interesses dos governos, das empresas e dos cidadãos, garantindo que o sistema tributário seja mais justo e eficiente, sem onerar excessivamente o consumo.

Assim, enquanto as mudanças não entram em vigor, a recomendação é buscar informações, acompanhar os desdobramentos legislativos e, principalmente, entender como essas alterações podem afetar diretamente o cotidiano. Afinal, a reforma tributária promete mudar muito mais do que as tabelas de impostos: ela pode redefinir a relação dos brasileiros com o consumo e com o Estado.

Website: http://www.pbsa.com.br

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Indústria prevê alta produtividade com IA

Estudo da Consultoria Staufen mostra que 81% das empresas entrevistadas acreditam que a IA e a digitalização impulsionarão significativamente a produtividade.

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São Paulo, SP 10/1/2025 – “A IA impulsiona a produtividade e cria uma base sólida para inovação contínua e excelência operacional no Brasil”. Dário Spinola, diretor da Staufen no Brasil

Estudo da Consultoria Staufen mostra que 81% das empresas entrevistadas acreditam que a IA e a digitalização impulsionarão significativamente a produtividade.

O mais recente estudo “Performance Drivers 2024”, realizado pela consultoria de gestão Staufen, aponta que a indústria está prestes a experimentar um salto significativo em produtividade com o uso de tecnologias como inteligência artificial (IA) e análise de dados. A pesquisa entrevistou mais de 200 empresas em países europeus, e revelou que oito em cada dez organizações esperam que a implementação dessas novas tecnologias traga ganhos expressivos de eficiência.

Segundo Michael Feldmeth, diretor da unidade de Digital & Indústria 4.0 da Staufen, o setor chega a um ponto de virada. “Chegou a hora de um verdadeiro boom em produtividade,” afirma Feldmeth. Para ele, o setor industrial finalmente deve colher os frutos das décadas de investimentos em inovação e digitalização.

Desafios e oportunidades

O estudo revela que 73% dos entrevistados enxergam um grande potencial econômico para o setor industrial a partir do uso de IA, enquanto 81% das empresas esperam um aumento expressivo de produtividade com a integração dessas ferramentas. Com essa transformação, os processos internos passam a ser controlados em tempo real, e a interação entre funcionários e sistemas inteligentes se torna o novo padrão do trabalho diário.

Contudo, Feldmeth observa que ainda há espaço para melhorias. “Apenas 39% das organizações conseguiram acelerar a tomada de decisões, e só 18% reduziram hierarquias,” pontua o especialista. Ele ressalta que, para aproveitar todo o potencial da digitalização, é fundamental que as empresas adaptem suas formas de trabalho, com uma estrutura mais alinhada à criação de valor e à excelência operacional.

O poder dos dados

A análise de dados, especificamente, aparece como uma ferramenta com imenso potencial para otimizar resultados. Segundo o levantamento, 83% das empresas acreditam que, com uma análise precisa dos dados, podem identificar rapidamente fraquezas e implementar melhorias. Ainda assim, 86% dos entrevistados admitem que poderiam usar essa ferramenta de forma mais eficaz para aperfeiçoar seus processos e aumentar a performance geral.

Projetos de digitalização também impulsionam melhorias de processos. Com o aumento da digitalização, dois terços das empresas ouvidas passaram a tomar decisões baseadas em dados, reduzindo a intuição na tomada de decisões estratégicas. Além disso, seis em cada dez organizações disseram na pesquisa que já observam um acesso mais facilitado aos dados, o que impulsiona tomadas de decisão mais rápidas e assertivas.

O estudo “Performance Drivers 2024” aponta que a indústria está cada vez mais próxima de um cenário onde a IA e as novas tecnologias são catalisadores de transformação e progresso, consolidando uma base sólida para o futuro do setor industrial.

Adoção de IA na indústria mais que dobrou no Brasil no último ano

No Brasil, uma pesquisa de 2024 da Rockwell Automation indica que 95% das empresas planejam investir em automação, e 88% pretendem utilizar IA generativa em seus processos produtivos no próximo ano. Esses dados refletem o foco crescente da indústria brasileira em digitalização para elevar a eficiência e a produtividade. Além disso, um estudo da GS1 Brasil reforça que 60% das indústrias no país já adotaram algum tipo de sistema ERP, embora ainda haja oportunidades para melhorar o uso de plataformas de automação e gestão de dados, como o Warehouse Management System (WMS)​. “A indústria brasileira tem avançado rapidamente na adoção de inteligência artificial e digitalização, e isso é essencial para a nossa competitividade global. Esse movimento não apenas impulsiona a produtividade, mas também cria uma base sólida para inovação contínua e excelência operacional no Brasil,” afirma Dário Spinola, diretor geral da Consultoria Staufen no Brasil.

Website: https://www.staufen.com.br/

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