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Como a Inteligência Artificial pode impulsionar a indústria farmacêutica

IA pode melhorar fluxo de trabalho, otimizar atividades e contribuir com o desenvolvimento de novos medicamentos, mas setor apresenta desafios

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São Paulo, SP 5/7/2024 –

IA pode melhorar fluxo de trabalho, otimizar atividades e contribuir com o desenvolvimento de novos medicamentos, mas setor apresenta desafios

A Inteligência Artificial já é uma realidade na indústria farmacêutica, seja para a automação do fluxo de trabalho, avaliação de desempenho operacional, criação de estratégias de marketing e até mesmo desenvolvimento de novos medicamentos.

Dados da Pesquisa de Inovação Semestral – Pintec do IBGE mostram que, em 2022, na indústria farmacêutica e farmoquímica, o investimento nessa tecnologia atingiu 67% das empresas, contra 34,4% da indústria total. Para 2024, a estimativa é de que 81,5% das empresas que fabricam produtos desse setor aumentem os investimentos em P&D. A falta de uma governança preparada e da adoção de práticas responsáveis, entretanto, ainda limitam o avanço da IA no setor. 

“A implementação de uma IA Responsável e a compreensão de seus impactos éticos contribuem para a manutenção da imagem, da reputação e da responsabilidade social da empresa. Também é importante para a sua sustentabilidade e permite operações com maior segurança jurídica”, explica Leticia Croffi, Cientista de Dados da Thoughtworks, consultoria global de tecnologia. 

Percebe-se, entretanto, que muitas organizações ainda não possuem liderança preparada para implementar tais práticas. “Mesmo quando existem conselhos de governança de dados ou Inteligência Artificial, os esforços frequentemente estão desconectados das pessoas cientistas de dados e têm pouco impacto no trabalho diário com a tecnologia. Para que a governança seja eficaz, ela deve ser incorporada às práticas cotidianas, precisa ser pragmática e não pode atrasar desnecessariamente os projetos de IA”, reforça Letícia.

Neste cenário, a cientista sugere alguns tópicos que podem ser observados: “A IA Responsável precisa ser mais do que um checklist; se não houver alinhamento e apoio, é apenas tempo desperdiçado. Também é necessário que todas as pessoas compreendam a importância de gerenciar os riscos e assumam a responsabilidade para que a IA seja desenvolvida de maneira segura”, afirma.

Embora as regulamentações de IA em desenvolvimento ainda não sejam direcionadas exclusivamente à indústria farmacêutica, algumas diretrizes gerais também devem ser levadas em consideração, ressalta a especialista. O Ato Europeu de IA, que está em desenvolvimento desde 2021, é o projeto de lei mais consistente e completo atualmente. Já no Brasil, o PL 2.338 é resultado do trabalho de uma comissão de 18 juristas especialistas na área que criaram, discutiram e debateram o assunto.

“Embora haja um longo caminho pela frente, as medidas já adotadas representam avanços significativos para assegurar uma aplicação segura, ética e responsável da Inteligência Artificial no setor farmacêutico. É crucial que as empresas estejam atentas e tomem a iniciativa de integrar essas práticas em seus processos e operações”, complementa Wigor Correia, Diretor de Dados e IA para a América Latina na Thoughtworks.

 

Segurança e soluções eficazes na aplicação da Inteligência Artificial

Para garantir resultados melhores, a Thoughtworks aponta sete dimensões nos projetos voltados à indústria farmacêutica:

  • Privacidade de dados: os modelos da IA desenvolvidos não podem utilizar dados pessoais de um indivíduo. Caso necessário, devem ser mascarados ou anonimizados dentro dos termos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
  • Viés e equidade: é importante que os sistemas da tecnologia não perpetuem ou amplifiquem discriminações, preconceitos e desigualdades a partir de sua base de dados e nos resultados gerados a partir deles;
  • Interpretabilidade e explicabilidade: interpretabilidade diz respeito ao sucesso em antecipar os resultados do modelo, enquanto a explicabilidade analisa como a máquina chegou ao resultado em si;
  • Responsabilidade e transparência: todos os dados, treinamentos e inferências de um modelo precisam ser rastreáveis e reproduzidos, além de armazenados por um período estabelecido, assim, caso algum problema ocorra, poderão ser investigados e auditados;
  • Propriedade intelectual: neste caso, o sistema legal está sendo solicitado a esclarecer os limites do que constitui uma ‘obra derivada’ sob as leis de propriedade intelectual – e, dependendo da jurisdição, diferentes tribunais podem apresentar interpretações distintas. Nos EUA, por exemplo, os direitos autorais possuem a brecha do “fair use”, ou seja um material pode ser utilizado de maneira diferente da qual ele foi originalmente criado;
  • Validade e confiabilidade: antes de irem para a produção, os modelos de IA precisam ser testados e avaliados para detectar vulnerabilidades como viés de performance, vazamento de dados e correlações falsas;
  • Segurança e resiliência: por fim, algumas abordagens podem ser utilizadas para construir um processo robusto de governança de dados e arquitetura dentro da organização, como o CD4ML (Continuous Delivery Machine Learning), que automatiza o ciclo de vida e garante um processo contínuo e sem atritos;

Wigor Correia, Diretor de Dados e IA para a América Latina na Thoughtworks, explica que existem muitas ferramentas e plataformas disponíveis que poderão ser utilizadas dependendo do contexto em que cada empresa está inserida. “Há muito espaço para a Inteligência Artificial dentro da indústria farmacêutica, mesmo com toda regulamentação que é aplicada pelos órgãos públicos de saúde. As organizações, entretanto, precisam estar abertas a compreender os riscos e a importância de processos de governança bem estabelecidos para atenderem a essa demanda crescente”, conclui Correia. 

Website: https://www.thoughtworks.com/pt-br

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Lei Lucas: Afya ensina primeiros socorros a educadores

Para ajudar instituições de educação básica e recreação infantil a se adequarem à Lei Federal, faculdades de Medicina da Afya criam projeto de extensão que capacita educadores de 13 estados a agir em situações de emergência

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Nova Lima, março de 2025 13/3/2025 – Nosso objetivo é garantir que, além dos educadores, os próprios alunos estejam preparados para agir em situações críticas – Luiz Cláudio Pereira, da Afya

Para ajudar instituições de educação básica e recreação infantil a se adequarem à Lei Federal, faculdades de Medicina da Afya criam projeto de extensão que capacita educadores de 13 estados a agir em situações de emergência

Professores e estudantes de Medicina da Afya, hub de educação e soluções para prática médica do Brasil, estão formando professores e profissionais de educação para agir com rapidez em emergências. Criado como um projeto de extensão, iniciativa que une teoria e prática durante a graduação, o “Treinando para Salvar Vidas” tem o objetivo de prevenir acidentes graves no ambiente escolar.

A ação está alinhada à Lei Federal nº 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, que tornou obrigatório o treinamento de professores e funcionários de instituições de educação básica e recreação infantil para atuação em situações emergenciais. A legislação homenageia Lucas Begalli Zamora, uma criança de 10 anos que faleceu em 2017, em Campinas (SP), após engasgar com um pedaço de cachorro-quente durante o intervalo escolar.

Os treinamentos são ministrados por alunos acompanhados de professores de 13 faculdades da Afya do Amazonas, Bahia, Alagoas, Piauí, Pará, Tocantins, Minas Gerais e Paraná. As aulas incluem manobras de desobstrução de vias aéreas por corpo estranho (engasgo), atendimento a queimaduras de primeiro e segundo grau, manejo de crises convulsivas, procedimentos para afogamento, tratamento de quedas, ferimentos, fraturas e entorses, além de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com utilização do DEA (Desfibrilador Externo Automático). Também é fornecida orientação sobre a rede local de atendimento às urgências, como o SAMU (192).

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria revelam que a aspiração de corpo estranho é mais frequente em crianças do sexo masculino entre 1 e 3 anos de idade. Mais de 50% dos casos ocorrem antes dos 4 anos e 94%, até os 7 anos.

“Nosso objetivo é garantir que, além dos educadores, os próprios alunos estejam preparados para agir em situações críticas. Estamos fomentando uma cultura de prevenção e segurança dentro das escolas, reafirmando o compromisso da Afya com a sociedade”, destaca Luiz Cláudio Pereira, diretor acadêmico de graduação.

O projeto se destaca pela abordagem de “aprender ensinando”, utilizando simuladores e materiais didáticos desenvolvidos por estudantes e professores da Afya. “Os alunos da área de saúde aprimoram suas habilidades técnicas enquanto promovem uma comunidade mais segura”, complementa Pereira. Com planos de expansão, a iniciativa pretende levar a capacitação a mais regiões, ampliando o impacto positivo em todo o país.

O “Treinando para Salvar Vidas” integra as ações de extensão da Afya, que conectam teoria e prática para os estudantes. Entre 2022 e 2023, foram realizadas mais de 4 mil atividades, beneficiando diversas comunidades e reforçando o compromisso da instituição com a formação cidadã e o bem-estar social.

Website: https://www.afya.com.br/

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Práticas ESG ajudam a aumentar lucros de pequenas empresas

Pesquisa aponta que 70% das MPEs já adotam alguma ação social, ambiental ou de governança. Especialista avalia indicador como positivo e ressalta que o cenário tende a crescer cada vez mais

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13/3/2025 –

Pesquisa aponta que 70% das MPEs já adotam alguma ação social, ambiental ou de governança. Especialista avalia indicador como positivo e ressalta que o cenário tende a crescer cada vez mais

No cenário empresarial brasileiro, a sustentabilidade vem deixando de ser apenas uma tendência para se tornar uma estratégia essencial em empresas de todos os portes. Pequenas empresas, em particular, têm demonstrado que é possível transformar práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) em uma fonte de lucro e competitividade, mesmo com recursos limitados.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), quase 70% dos pequenos negócios já adotam alguma prática ESG. Entre os pilares, a governança lidera com 87,2% de adesão, seguida por práticas ambientais (75%) e sociais (56,4%).

Os dados apontam ainda que apesar de muitas empresas não compreenderem completamente o conceito de ESG, a maioria reconhece a importância de ações sustentáveis para o sucesso do negócio.

Segundo Daniel Eggers, consultor da VerdeSaber e Master em ESG, o indicador é positivo e o cenário tende a crescer cada vez mais. “Isso significa que até os negócios de menor porte já entenderam que sustentabilidade não é só ‘fazer o bem’, mas também se traduz em ganhos concretos, seja na redução de custos ou na melhor imagem perante clientes e investidores”.

“A chave é começar com ações simples e de alto impacto, como diminuir desperdícios de energia e água, fazer coleta seletiva, repensar embalagens ou priorizar fornecedores locais. Essas medidas não exigem investimentos elevados e, ao contrário, podem até gerar economia rapidamente. O segredo é adequar a prática à realidade de cada empresa”, acrescenta.

Mesmo que grande parte das iniciativas de ESG estejam ligadas à otimização de processos, o especialista ressalta que melhorar as condições de trabalho também podem aumentar a produtividade e diminuir o turnover, gerando economia e eficiência operacional. “Essas melhorias são ajustáveis e trazem retorno rápido no fluxo de caixa”.

Eggers avalia ainda que a adoção de ações sustentáveis pode ajudar a fortalecer a reputação das empresas e atrair ainda mais clientes. “Cada vez mais, o consumidor avalia a postura socioambiental antes de comprar. Quando a microempresa assume compromissos claros e mostra resultados, conquista credibilidade no bairro, na comunidade ou até mesmo on-line. Isso amplia o alcance da marca e pode abrir portas, inclusive, para parcerias com grandes empresas que exigem fornecedores sustentáveis”.

“A transparência também reforça a confiabilidade. Sempre que a empresa divulga metas, resultados e os bastidores das iniciativas como, por exemplo, quantos quilos de resíduos foram reciclados ou quantos litros de água foram economizados, ela demonstra que tem compromisso real. Essa postura gera simpatia, engajamento e atrai um público que valoriza responsabilidade socioambiental”, completa o especialista.

Recentemente, o Sebrae e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) assinaram um protocolo de intenções para viabilizar a obtenção do selo ESG por cerca de 10 mil MPEs de todo o país.

A expectativa é mobilizar os pequenos negócios como exemplo de boas práticas para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, que será realizada em Belém (PA), em novembro.

“Vale lembrar que ESG não é conceito exclusivo das grandes corporações. Cada micro ou pequena empresa pode começar em uma dimensão simples e escalar as ações conforme os resultados aparecem. O mais importante é entender que sustentabilidade se tornou um motor de lucros, de inovação e de competitividade”, finaliza o consultor da VerdeSaber.

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HematoTalks promove conteúdo educativo sobre hematologia

Plataforma criada por hematologistas reúne podcasts, entrevistas e artigos para tornar a informação científica mais acessível

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13/3/2025 –

Plataforma criada por hematologistas reúne podcasts, entrevistas e artigos para tornar a informação científica mais acessível

Com o objetivo de facilitar o acesso a conteúdos atualizados e confiáveis sobre hematologia, tanto para médicos especialistas quanto para pacientes, as médicas hematologistas Natalia Zing e Thaís Fischer criaram o HematoTalks, uma plataforma que disponibiliza podcasts, entrevistas e discussões que abordam temas científicos de maneira acessível, reunindo especialistas para discutir avanços em tratamentos, novas pesquisas e compartilhar experiências.

De acordo com as profissionais, o HematoTalks oferece uma abordagem diversificada, em formato de podcast e videocast, conteúdo educativo voltado para os profissionais de saúde, bem como pacientes e familiares, com a intenção de aproximar todos envolvidos.

“A ideia é apresentar os temas de forma clara, tanto para médicos que buscam aprofundamento técnico quanto para pacientes que desejam entender melhor suas doenças e os tratamentos disponíveis”, explicam.

O podcast, segundo Natalia, surgiu da necessidade de tornar a informação mais acessível e dinâmica. “Muitas pessoas, incluindo médicos e pacientes, têm rotinas intensas e nem sempre conseguem acompanhar artigos científicos ou eventos acadêmicos”, detalha. “O formato do podcast permite que o conteúdo seja consumido de maneira flexível, no dia a dia, facilitando o aprendizado contínuo de forma prática”, acrescenta.

Thaís Fischer, médica hematologista e cofundadora do HematoTalks, ressalta que todos os conteúdos da plataforma são produzidos com base em evidências científicas e diretrizes médicas reconhecidas, e também em paralelo à prática do dia a dia. As entrevistas e análises são feitas por profissionais de saúde especialistas na área, garantindo assim que as informações estejam embasadas cientificamente. Com o objetivo de compartilhar experiências, pacientes também são convidados para as conversas.

“As fontes utilizadas são publicações acadêmicas, estudos clínicos e guidelines de sociedades médicas nacionais e internacionais. Também são incluídos relatos de pacientes e discussões sobre desafios e avanços no tratamento das doenças hematológicas. Os episódios abordam desde casos clínicos complexos até inovações tecnológicas, sempre com foco na educação, na disseminação de informações de qualidade e no cuidado do paciente hematológico”, informa.

Hematologia: o estudo do sangue e das doenças relacionadas

A hematologia é a especialidade médica que estuda, diagnostica e trata doenças relacionadas ao sangue, à medula óssea e aos órgãos hematopoéticos. Entre as condições mais comuns estão as anemias, leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, distúrbios da coagulação e doenças autoimunes que afetam as células sanguíneas.

“A hematologia também tem um papel fundamental na medicina transfusional, no transplante de medula óssea e nas terapias celulares”, complementa Natália. 

Até o final de 2025, o Brasil deve somar mais de 34 mil novos casos de leucemia, segundo previsões do Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgadas pela agência Gov.br. O número abarca as diferentes formas dessa doença, um tipo de câncer que pode ocorrer em qualquer fase da vida. Ainda de acordo com o Inca, essas condições afetam a medula óssea, prejudicando seu funcionamento e resultando em consequências como a deficiência do sistema imunológico.

Por outro lado, a anemia por deficiência de ferro, conhecida como ferropriva, é a forma mais comum da doença, sendo responsável por 90% dos casos, conforme dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) noticiados pela agência Gov.br. Ainda segundo a pesquisa, 20,9% das crianças com menos de cinco anos foram diagnosticadas com a doença, o que corresponde a aproximadamente três milhões de crianças no Brasil. A incidência de anemia entre as mulheres no país também é alta, atingindo cerca de 29,4%.

Apesar dos números elevados de doenças hematológicas, Natalia e Thaís reforçam que a área é complexa e, muitas vezes, os conteúdos disponíveis são altamente técnicos e de difícil compreensão para o público em geral.

“Um dos desafios é traduzir esse conhecimento de forma acessível, sem perder a precisão científica. Além disso, há uma grande quantidade de informações na internet, e nem todas são confiáveis”, salienta a cofundadora da plataforma.

“O HematoTalks busca solucionar essas questões trazendo especialistas qualificados para explicar os temas de forma objetiva, bem como compartilhar a vivência de pacientes”, finaliza Natália. 

Para mais informações, basta acessar https://hematotalks.com.br/ 

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