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Ataques cibernéticos atingiram 30% das empresas na AL em 2023, mostra relatório

Documento mapeia principais desafios das organizações públicas e privadas para aprimorar a gestão em cibersegurança; crime é composto por ecossistema heterogêneo de agentes dispostos a explorar vulnerabilidades antigas e novas

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São Paulo 23/7/2024 – À medida que a digitalização aumenta e a tecnologia evolui, a gestão também fica mais complexa e requer inteligência e recursos em frentes distintas

Documento mapeia principais desafios das organizações públicas e privadas para aprimorar a gestão em cibersegurança; crime é composto por ecossistema heterogêneo de agentes dispostos a explorar vulnerabilidades antigas e novas

A edição 2024 do relatório ESET Security Report mostra que 30% das organizações instaladas na América Latina sofreram pelo menos um incidente de cibersegurança em 2023. O ransomware é a ameaça mais significativa para 96% das empresas, e 86% não estariam dispostas a negociar o pagamento de um resgate pelos dados sequestrados. 

O documento também aponta que uma em cada cinco empresas que não relataram incidentes de segurança no ano passado afirmaram não possuir a tecnologia necessária para garantir a proteção contra tais ocorrências, sugerindo que muitas podem ter sido atacadas sem saber.

Líder em detecção proativa de ameaças, a ESET elaborou o relatório a partir de pesquisa com mais de dois mil executivos de organizações públicas e privadas que atuam na região, e cruzamento de dados de seu sistema de telemetria que acompanha fluxos de ataques em todo o mundo.

O relatório oferece uma visão regional sobre a segurança digital de empresas e aborda tópicos como as ameaças mais ativas durante o último ano, o status de ransomware na região, o grau de satisfação com o orçamento atribuído à segurança cibernética, a maioria das práticas de gestão adotadas, preocupações das empresas nesta área e as medidas de segurança mais adotadas.

“À medida que a digitalização aumenta e a tecnologia evolui, a gestão também fica mais complexa e requer inteligência e recursos em frentes distintas. O ESET Security Report 2024 busca analisar os principais desafios das organizações para aprimorar as práticas de gestão em cibersegurança e otimizar os investimentos e recursos. Esperamos contribuir para ampliar a conscientização sobre a importância da segurança cibernética para empresas da região, suportando seus planos de crescimento e sua atuação junto a seus diversos públicos”, diz Danielle Novais, Country Manager da ESET Brasil.

O mapeamento aponta que 81% dos ataques de exploração visaram a vulnerabilidades antigas do Office, que, embora corrigidas há sete anos, ainda estão sendo usadas para distribuir malware. 

Daniel Barbosa, pesquisador em segurança da ESET Brasil, alerta para o perigo de empresas continuarem utilizando softwares antigos que já tiveram falhas corrigidas. “Essas explorações podem assumir o controle total do sistema, especialmente se o perfil do usuário tiver permissões de administrador”, afirma.

Os dados de telemetria da ESET indicam que também há detecção de vulnerabilidades mais recentes. “Isso mostra que o negócio do cibercrime é composto por um ecossistema heterogêneo de agentes maliciosos dispostos a explorar o amplo espectro de vulnerabilidades existentes em busca de tecnologias ultrapassadas”, comenta o pesquisador.

O relatório também revelou que 23% das empresas foram alvo de pelo menos uma tentativa de ransomware, com os setores de Petróleo/Gás/Mineração (36%), Telecomunicações (31%), Serviços Públicos (31%) e Varejo/Atacado (29%) sendo os mais visados. Apesar disso, apenas 23% das empresas contrataram seguro contra riscos cibernéticos.

“Embora 14% das empresas da América Latina tenham dito que estariam dispostas a pagar um resgate, é importante lembrar que isso não garante que um decodificador será obtido para recuperar os arquivos, que os dados roubados não serão publicados ou comercializados ou que a reputação da organização não será afetada. Além de tudo, o pagamento a grupos de ransomware contribui para o negócio do crime cibernético e pode deixar a porta aberta para novas tentativas de ataque”, alerta Barbosa.

Contraste entre percepção de risco e ações efetivas

Para 62% das organizações, o orçamento destinado à segurança cibernética é insuficiente. Os setores que relataram os níveis mais baixos de orçamento foram Governo, Agricultura e Pecuária (79%), Varejo/Atacado (74%) e Petróleo, Gás e Mineração (69%). A percepção de risco é alta, com 28% das empresas considerando os incidentes cibernéticos como de maior preocupação e 42% como de alta preocupação. 

Além disso, o firewall é a tecnologia de segurança mais amplamente adotada (88%), seguido por soluções de backup (85%) e VPN (80%). Contudo, apenas 52% das organizações implementam um plano de resposta a incidentes e 46% têm um plano de continuidade de negócios. Apesar desses números, a adoção de práticas de gerenciamento, como políticas de segurança, é alta (83%), mas os planos de treinamento têm baixa adesão, com apenas 27% das empresas realizando treinamentos regulares em segurança.

“Relatórios recentes indicam que a demanda por seguro cibernético cresceu globalmente nos anos de pandemia, à medida que os ataques cibernéticos aumentaram, as regulamentações ficaram mais rígidas e as economias digitais cresceram. No entanto, é importante ter em mente que a segurança de uma empresa deve se concentrar em tomar todas as precauções possíveis e tornar a organização cada vez mais segura”, indica o pesquisador.

O relatório mostra também que a maioria das organizações ainda opera com um modelo de trabalho híbrido (62%) e apenas 3% possui jornada totalmente remota. As entidades governamentais têm a maior porcentagem de trabalho presencial (54%), enquanto setores como Bancos/Finanças (73%) e TI/Tecnologia (73%) mantêm um esquema híbrido. Setores como Educação (45%) e Logística e Transporte (33%) são os que têm maior percepção de insegurança em relação ao trabalho remoto.

Mercados com mais medidas de segurança

O setor bancário e financeiro apresenta os melhores níveis de adoção de práticas de gerenciamento de segurança. Embora todos os ainda tenham espaço para melhorias, é no nível de Governo e Serviços Públicos que há mais oportunidades de crescimento. Ambos são partes fundamentais das infraestruturas críticas, o que torna crucial garantir altos padrões de proteção.

As análises de risco são uma ótima ferramenta para conhecer o status de segurança da organização e saber como direcionar os recursos humanos e econômicos: 69% das empresas pesquisadas realizam essa prática de gerenciamento pelo menos uma vez por ano.

No entanto, apesar de 64% das empresas realizarem testes de penetração (pentesting) pelo menos uma vez ao ano, 25% das empresas nunca realizaram essa atividade, o que demonstra uma área de melhoria importante para fortalecer a segurança cibernética.

Website: https://www.welivesecurity.com/pt/relatorios/relatorio-produzido-pela-eset-analisa-o-cenario-de-ciberseguranca-do-primeiro-trimestre-de-2024/

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Soluções de iBPMS podem criar vantagem competitiva em RH

A tecnologia Intelligent Business Process Management Suite (iBPMS) tem se mostrado uma ferramenta estratégica para a gestão de processos em Recursos Humanos ao oferecer um conjunto extenso de funcionalidades que contribuem para a gestão de talentos e processos operacionais.

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São Paulo 8/11/2024 –

A tecnologia Intelligent Business Process Management Suite (iBPMS) tem se mostrado uma ferramenta estratégica para a gestão de processos em Recursos Humanos ao oferecer um conjunto extenso de funcionalidades que contribuem para a gestão de talentos e processos operacionais.

A tecnologia Intelligent Business Process Management Suite (iBPMS) tem se mostrado uma ferramenta estratégica para a gestão de processos em Recursos Humanos ao oferecer um conjunto extenso de funcionalidades que contribuem para a gestão de talentos e processos operacionais, de acordo com um estudo publicado pela Vilnius University, em 2020.

De acordo com a pesquisa realizada, as soluções de iBPMS fornecem às equipes de RH a capacidade de construir fluxos de aprovações e requisições para a área. E um dos maiores benefícios desse tipo de solução é a interface, que é muito intuitiva, possibilitando que a criação de workflows seja feita por especialistas em RH – dispensando a necessidade de recursos e conhecimentos técnicos para operacionalizar a plataforma de iBPMS.

“O iBPMS é uma evolução dos sistemas tradicionais de Business Process Management (BPM), e incorpora tecnologias avançadas, como a IA, aprendizado de máquina, análise de dados em tempo real e integração com outras tecnologias, como Robotic Process Automation (RPA). No campo de Recursos Humanos, o iBPMS pode ser aplicado de diversas maneiras, desde o recrutamento e seleção até o desenvolvimento e retenção de talentos”, explica Rafael Leopoldo, diretor de Crescimento e Tecnologia da Selbetti Tecnologia.  

Aplicações em RH

Ainda segundo Leopoldo, ao integrar funcionalidades avançadas, como análise de dados em tempo real, automação inteligente e interfaces intuitivas, o iBPMS permite a otimização de diversas atividades essenciais na área de RH, tais como a automação de fluxos de solicitação de férias, gestão de licença-maternidade/paternidade, gestão de reembolso e benefícios como vale-alimentação e refeição, bem como vale-transporte.

“A gestão de férias, por exemplo, pode se tornar uma tarefa complexa sem os devidos controles. Utilizando sistemas de iBPMS, as empresas podem automatizar todo o fluxo de solicitação, aprovação e registro das férias dos colaboradores. O sistema permite que os funcionários façam suas solicitações diretamente na plataforma, que, por sua vez, encaminha o pedido automaticamente aos gestores responsáveis pela aprovação. Além disso, a integração com sistemas de folha de pagamento assegura que os cálculos referentes às férias sejam realizados de maneira precisa e pontual”, explica o executivo.

Além desses, Leopoldo também destaca outro processo que pode ser significativamente aprimorado pelo iBPMS: a gestão de licenças maternidade e paternidade. A plataforma pode automatizar a solicitação da licença, gerenciar os prazos e manter os registros necessários para o cumprimento da legislação trabalhista. Com o uso de alertas automáticos, o sistema notifica os gestores e os colaboradores sobre o início e término das licenças, facilitando o planejamento de substituições temporárias e garantindo a continuidade das atividades.

“O processo de reembolso de despesas é outra área que pode se beneficiar enormemente da tecnologia iBPMS. Ao automatizar a submissão, a aprovação e o pagamento dos reembolsos, o sistema reduz significativamente o tempo e os esforços necessários para a gestão dessas solicitações. Os colaboradores podem inserir suas despesas diretamente na plataforma, anexar recibos digitalmente e acompanhar o status do seu pedido em tempo real. O iBPMS garante que todas as solicitações sejam processadas de acordo com as políticas da empresa, minimizando erros e fraudes. A integração com sistemas financeiros facilita a contabilidade e a auditoria das despesas”, lembra o executivo.

Legislação brasileira

O iBPMS também facilita a conformidade com as regulamentações trabalhistas e de segurança. No Brasil, onde a legislação trabalhista é complexa e sujeita a mudanças frequentes, manter-se em conformidade pode ser um desafio. Sistemas de gestão de processos inteligentes podem ser configurados para monitorar e garantir a conformidade, alertando os gestores sobre qualquer desvio e automatizando a criação de relatórios de conformidade. Isso não só reduz o risco de multas e penalidades, mas também libera tempo para os profissionais de RH se focarem em atividades estratégicas.

Em resumo, de acordo com as pesquisas do setor, o iBPMS não só transforma a gestão de RH, mas também impulsiona o desempenho organizacional. Investir nessa tecnologia pode ser um diferencial competitivo crucial em um mercado cada vez mais desafiador e dinâmico. Portanto, é essencial que as empresas considerem seriamente a adoção do iBPMS em suas estratégias de gestão de Recursos Humanos, aproveitando ao máximo os benefícios que essa tecnologia inovadora tem a oferecer.

Website: https://selbetti.com.br

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Beiersdorf participa de edição da AACD Teleton

Com o tema “Solidariedade e Gratidão” e homenagem a Silvio Santos, casa de NIVEA e Eucerin marca presença em mais uma edição

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São Paulo 8/11/2024 – Apoiamos a Campanha AACD Teleton há mais de uma década, o que nos permite reforçar o compromisso genuíno e perene com a transformação social

Com o tema “Solidariedade e Gratidão” e homenagem a Silvio Santos, casa de NIVEA e Eucerin marca presença em mais uma edição

A Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin, apoia novamente a Campanha AACD Teleton, que já começou e terá o programa transmitido pelo SBT nos dias 8 e 9 de novembro. A edição, que vai homenagear o apresentador Silvio Santos, traz como tema “Solidariedade e Gratidão” e tem como meta arrecadar R$ 35 milhões para garantir a continuidade dos atendimentos especializados em ortopedia e na reabilitação de pessoas com deficiência (PcD), buscando promover maior autonomia e qualidade de vida para os pacientes da AACD.

Esse é o quarto ano da jornada de propósito Cuidado Além da Pele, levando a quem mais precisa. Há um trabalho interno na Beiersdorf para envolver as pessoas colaboradoras em temas de diversidade, equidade e inclusão. Internamente, para potencializar o compromisso, a companhia atua com grupos de afinidade formados por pessoas colaboradoras voluntárias de diversas áreas que compartilham interesses em comum e trazem iniciativas para transformar e acelerar a atuação da companhia e que são uma parte crucial da estratégia de inclusão. Quando se fala na causa de pessoas com deficiência, o grupo Diver+gente tem o propósito de trazer um olhar especial para essa pauta, visando promover um ambiente onde todos possam se desenvolver e aprender a respeito por meio de projetos, talks e rodas de letramento.

A Beiersdorf é parceira da AACD há 12 anos e já doou R$ 10 milhões até o momento, viabilizando cerca de 82 mil atendimentos de reabilitação física, que contemplam tratamento multidisciplinar, humanizado e personalizado para cada paciente da instituição. A companhia ainda apoia projetos de outras organizações do terceiro setor para beneficiar mulheres negras de regiões periféricas, meninas em situação de vulnerabilidade e a comunidade LGBTQIA+, com um olhar para a população trans. Além da AACD, neste ano, quatro organizações serão apoiadas com quatro projetos que irão atuar nos pilares de empreendedorismo, empregabilidade e infância, beneficiando cerca de 72 mil pessoas.

Para a executiva Ligia Annunziato, head de Sustentabilidade, Diversidade, Equidade & Inclusão da Beiersdorf, casa de NIVEA e Eucerin, “apoiamos a Campanha AACD Teleton há mais de uma década, o que nos permite reforçar o compromisso que temos com a transformação social e com o nosso propósito Cuidado Além da Pele”.

O superintendente de Marketing e Relações Institucionais da AACD, Edson Brito, destaca que ”a parceria com a Beiersdorf é um compromisso com a causa da pessoa com deficiência física. A AACD representa o S do ESG e essa união de forças promove um impacto social que vai muito além da viabilização do nosso trabalho, uma vez que a reabilitação é ponto de partida para que os nossos pacientes sejam incluídos na sociedade e tenham acesso à educação, emprego e outros direitos essenciais”.

Vale ressaltar que a empresa estará presente em um momento do programa televisivo no sábado (09/11).

Diversidade e inclusão de dentro para fora

Além de sua parceria com a AACD, a Beiersdorf ainda desenvolve diversas iniciativas voltadas à inclusão de pessoas com deficiência. Na fábrica, um exemplo é o projeto ‘Care Beyond Voice’ em que, em parceria com o Instituto Phala, foram integrados dez colaboradores com deficiência auditiva à operação. Para recebê-los, foram oferecidos treinamentos de Libras para todos os profissionais da planta, para que pudessem desempenhar suas funções com plena autonomia.

Externamente, a companhia também se associa à Egalite, uma organização especializada em projetos de empregabilidade para pessoas com deficiência, participando ainda de eventos como a Inclui PcD, feira de empregabilidade voltada para pessoas com deficiência. 

Maratona televisiva do bem

A Campanha AACD Teleton tem a meta de arrecadar R$ 35 milhões para garantir a continuidade dos atendimentos nas unidades da AACD no Brasil. O montante também será investido no custeio do trabalho de profissionais qualificados e tecnologias que contribuem para o processo de reabilitação, sendo o ponto de partida para a inclusão dos pacientes na sociedade.

Entre as atrações já confirmadas estão Fátima Bernardes, Lauana Prado, Tom Cavalcante e Zezé Di Camargo, além de dezenas de artistas e influenciadores digitais que subirão ao palco para falar do trabalho da AACD.

Meios de doação

Duas chaves Pix estão disponíveis para doação de qualquer valor: doeteleton@aacd.org.br e (11) 9 4311-0144. Também é possível contribuir por meio do site do Teleton e por telefone: 0500 12345 05, para doar R$ 5; 0500 12345 20, para doar R$ 20; e 0500 12345 40, para doar R$ 40. Outra opção é doar através da BIA, inteligência artificial do Bradesco.

Website: https://www.beiersdorf.com.br/

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Em recuperação, setor industrial mostra força

Com dados de produção, confiança e emprego em alta, indústria deverá ter bom desempenho em 2024 após anos no terreno negativo, afirma o empresário José Maurício Caldeira

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São Paulo 8/11/2024 –

Com dados de produção, confiança e emprego em alta, indústria deverá ter bom desempenho em 2024 após anos no terreno negativo, afirma o empresário José Maurício Caldeira

Depois de um longo hiato, com queda na produção industrial em sete dos últimos dez anos, a indústria brasileira vem mostrando força e este ano deverá ter um desempenho positivo. Nos doze meses encerrados em agosto, o índice registrou aumento de 2,4%, o que levou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a revisar as projeções do ano para cima. Agora, a estimativa é que a produção industrial feche 2024 com avanço 2,9%, contra os 2,2% previstos anteriormente.

Dados de agosto da pesquisa Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que, pelo segundo mês consecutivo, houve um aumento da atividade industrial, com a produção e o número de empregados reagindo a um aumento da demanda por bens industriais. As médias e grandes empresas puxaram este crescimento.

“A indústria tem tido uma performance forte, exibindo indicadores robustos”, diz José Maurício Caldeira, sócio acionista da Asperbras Brasil, grupo que atua em diversos segmentos do setor industrial e do agronegócio. “Isso é muito importante porque é um setor que irradia crescimento para toda a economia”.

Outro indicador da CNI, o Índice de Confiança do Empresário Industrial, também reflete otimismo. Em setembro, 26 dos 29 setores industriais demonstraram confiança. É o maior número de setores da indústria confiantes em quase dois anos. O entendimento da CNI é que este resultado positivo se deve à melhora da percepção dos empresários sobre a situação da economia.

“O mercado de trabalho está aquecido, a renda das famílias está em alta e o crédito em expansão. Esta combinação de fatores são pontos importantes para puxar o crescimento da indústria”, acredita José Maurício Caldeira, lembrando que a taxa de desemprego atingiu 6,6% em agosto, menor nível da história para o mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desde o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, que avançou 1,4% em relação ao primeiro trimestre, ficou clara a força da indústria. A indústria de transformação cresceu 1,8%, intensificando a retomada observada no trimestre anterior (+0,9%). Com este resultado, a elevação na primeira metade de 2024 chegou a 1,9% em relação ao segundo semestre de 2023. Os destaques são os setores de bens de capital e de bens de consumo.

O aumento do crédito e da confiança dos empresários têm beneficiado o setor de bens de capital. O de bens de consumo foi impulsionado pelo avanço da renda e do crédito. Produtos da linha branca, como, micro-ondas e fogões, mais afetados pelo crédito, estão em recuperação.

A perspectiva de aumento de juros deixa o cenário futuro mais incerto. Em setembro, a autoridade monetária aumentou a taxa em 0,25 p.p. para 10,75% ao ano, sob o argumento de que a economia está muito aquecida, o que pode resultar em aumento de inflação.

Segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, que semanalmente coleta as estimativas de mais de cem analistas do mercado financeiro, a expectativa é que os juros terminem 2024 em 11,74% ao ano.

“Isso significa puxar o freio de mão da economia. E a indústria é o segmento que mais sente, pois é muito sensível aos juros altos, uma vez que bens industriais, como carro, geladeira, televisão, dependem fundamentalmente de crédito farto e acessível”, observa José Maurício Caldeira. “É preciso cuidado para não prejudicar o setor que, finalmente, começa a ter bons resultados”, finaliza Caldeira.

Website: http://ecco.inf.br

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