Innovation Squad: programa leva novas soluções para empresas
Com objetivo de alocar equipes em outros negócios de forma a compreender a realidade da companhia, desenvolver e implementar novas soluções tecnológicas, ferramenta é criada por empresa paulista
Publicado
1 mês ago
em
por
4/11/2024 –
Com objetivo de alocar equipes em outros negócios de forma a compreender a realidade da companhia, desenvolver e implementar novas soluções tecnológicas, ferramenta é criada por empresa paulista
Impulsionar a inovação de organizações através de equipe especializada. Esse é o objetivo do Innovation Squad, um programa da T2S, empresa de tecnologia e inovação sediada em Santos (SP).
Por meio da iniciativa, é feita uma seleção para formar times compostos por estudantes tecnicamente preparados. Uma vez montado, o grupo é alocado na empresa que contratou o serviço.
A equipe do Innovation Squad inicia, então, o seu trabalho de forma desacoplada dos processos e equipe existentes na companhia. Esse isolamento inicial é considerado estratégico pela T2S, tendo o objetivo de permitir um ambiente de criatividade e inovação livre de possíveis vícios e limitações organizacionais.
Ricardo Pupo Larguesa, sócio-fundador e diretor da T2S, explica que a equipe do Innovation Squad é capacitada em diferentes metodologias, como Design Thinking, Agile, Lean, Scrum e Kanban.
“Qualquer segmento de mercado que queira investir em inovação e formar equipes preparadas pode aderir ao programa”, explica Larguesa. Ele menciona duas soluções que foram desenvolvidas pelo Innovation Squad em apenas seis meses: Relpz e o HRelper.
O Relpz permite criar e gerenciar múltiplas inteligências artificiais (IAs) corporativas personalizadas para companhias interessadas em uso seguro e mais eficiente dos modelos de linguagem do mercado, como ChatGPT, Claude, Gemini, LLama e outros.
“Nela, é possível personalizar o comportamento das IAs, aprimorando-as por área e alimentando-a com uma base de conhecimento específica, o que as deixa mais assertivas e precisas”, detalha Larguesa.
Já o HRelper é uma plataforma para criação e gerenciamento de vagas de trabalho. Nela, os times de recursos humanos podem cadastrar sua empresa e publicar links para inscrição nos processos seletivos.
A triagem é feita por IA, identificando automaticamente os campos de forma estruturada e dando uma nota para o currículo de acordo com a descrição da vaga e as instruções do gestor.
“Isso deixa o time de RH livre para atuar com mais atenção nas fases seguintes do processo seletivo. O processo de inscrição também é simplificado porque o candidato só precisa enviar o currículo e não preencher um formulário interminável”, acrescenta.
Tanto o Relpz quanto o HRelper são “frutos do T2S LABS, um programa interno da T2S que, por meio do Innovation Squads, produziu cinco soluções de mercado”, diz o executivo. As duas soluções estão em fase beta, mas Larguesa acrescenta que há outras em fase mais madura, incluindo uma chamada Ponctual que foi lançada no mercado externo e possui usuários estrangeiros.
O acompanhamento do Innovation Squad abrange todos os passos da criação de um produto digital, desde a ideação até a validação do mercado, divulgação e projeção de escala.
Uso de IA
Larguesa afirma que o foco dado pelo Innovation Squad à soluções de IA está ligado a uma tendência para o presente e o futuro. No entanto, ele considera que muitas empresas ainda não aproveitam todo o potencial da tecnologia e carecem de uma cultura de inovação.
“O uso da IA é uma realidade não institucionalizada. As pessoas usam no trabalho e muitas sequer admitem, como apontou uma pesquisa da Microsoft em parceria com o LinkedIn. E a maioria usa versões gratuitas, inseguras do ponto de vista da confidencialidade e menos eficientes. As empresas deveriam estar mais preocupadas com isso e adotando ferramentas corporativas seguras e mais eficientes”, pontua Larguesa.
Um outro estudo, encomendado pela Microsoft, revelou que 47% das micro, pequenas e médias empresas do Brasil afirmam investir em IA. O dado é relativo a 2023 e indica um aumento em relação a 2022, quando essa porcentagem era de apenas 27%. Esse mesmo estudo apontou ainda que a IA é usada “sempre ou muitas vezes” por 74% das micro, pequenas e médias empresas.