Novas tecnologias podem impactar educação brasileira
Especialista da Jovens Gênios afirma que ferramentas como IA, algoritmos e análise de dados ajudam a personalizar o ensino para atender às necessidades individuais dos alunos em tempo real
Publicado
2 dias ago
em
por
20/12/2024 –
Especialista da Jovens Gênios afirma que ferramentas como IA, algoritmos e análise de dados ajudam a personalizar o ensino para atender às necessidades individuais dos alunos em tempo real
Nos últimos anos, o setor da educação tem sido profundamente transformado por inovações tecnológicas, e a integração de ferramentas digitais está mudando a maneira como os alunos aprendem e como os professores ensinam.
Impulsionadas por ferramentas como inteligência artificial, análise de dados, internet das coisas (IoT) e algoritmos, a tecnologia já está moldando o futuro ao mesmo tempo em que promove a transição para a Educação 5.0, como explica Thalia Fernandes, pedagoga pela UFRJ e analista pedagógica da Jovens Gênios.
“Enquanto a Educação 4.0 se concentra na utilização de tecnologias avançadas para otimizar o aprendizado e torná-lo mais eficiente, a Educação 5.0 vai além. Ela adota uma abordagem mais humanizada e centrada no aluno, combinando o uso das tecnologias digitais com o desenvolvimento de competências socioemocionais e éticas”.
Segundo Thalia, isso permite que os alunos criem projetos colaborativos, desenvolvam sua criatividade e pensamento crítico, e assumam um papel mais protagonista em seu processo de aprendizagem. “Ensinar os alunos a utilizar essas ferramentas de forma ética e responsável é crucial para garantir que eles estejam preparados para enfrentar os desafios da era digital”.
“O ambiente de trabalho está cada vez mais dependente de tecnologias avançadas, como inteligência artificial (IA), análise de big data e automação, e as escolas precisam preparar os alunos não só para utilizar essas ferramentas, mas também para criar com elas, promovendo a inovação”, completa a especialista.
Embora a integração da Educação 5.0 à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) possa oferecer muitas oportunidades para transformar o cenário atual, a implementação dessas inovações ainda enfrenta obstáculos. “Entre os principais desafios está a falta de infraestrutura tecnológica adequada em muitas escolas, especialmente nas regiões menos favorecidas”, avalia Thalia.
Dados do Censo Escolar 2023 apontam que o percentual de escolas públicas de ensino fundamental com internet chegou a 88,5%. No entanto, apenas 62,1% utilizam o acesso nos processos de ensino e aprendizagem.
“Oferecer esse recurso em todas as escolas é essencial para transformar o setor educacional. Ao permitir que professores ofereçam intervenções personalizadas, cria-se um ambiente de aprendizado mais dinâmico e adaptável, onde os alunos são incentivados a desenvolver sua autonomia e pensamento crítico”, salienta a analista pedagógica da Jovens Gênios.
Para a especialista, outro desafio para a implementação de novas tecnologias na BNCC está na formação dos professores. Ela ressalta ser essencial que os educadores recebam uma formação contínua que lhes permita dominar as novas tecnologias e as metodologias ativas.
“Esse processo envolve não apenas o desenvolvimento de habilidades técnicas, mas também uma mudança cultural, onde o professor deixa de ser o detentor do saber e passa a atuar como mediador e facilitador no processo de aprendizagem, ajudando os alunos a desenvolverem sua autonomia e a aplicarem o conhecimento de forma prática e colaborativa”, avalia.
O uso de plataformas digitais e ferramentas de análise de dados permite que os professores personalizem suas abordagens pedagógicas, fornecendo feedback em tempo real e ajustando suas estratégias de ensino de acordo com o progresso dos alunos. A pedagoga ressalta que, por meio da plataforma Jovens Gênios, é possível monitorar toda a jornada educacional e o engajamento dos alunos, além de oferecer uma visão comparativa entre escolas, turmas, alunos e professores, permitindo o mapeamento de proficiência nas habilidades da BNCC.
“A plataforma utiliza um banco de mais de 70 mil questões parametrizadas por TRI (Teoria de Resposta ao Item) para realizar diagnósticos personalizados, além de oferecer uma análise em tempo real das defasagens educacionais. Isso permite que os educadores ajustem o ensino de acordo com as necessidades individuais dos alunos e façam provisionamentos estratégicos de resultados”, explica Thalia.