Rio de Janeiro 5/2/2025 – “…o empregador pode fazer uso do monitoramento das interações em contas e dispositivos cedidos por ela, pois são considerados ferramentas de trabalho”.
Já existe jurisprudência sobre essa prática de mercado. O desafio, no entanto, está na definição de limites para companhias e colaboradores
De acordo com pesquisa realizada pela RD Station e repercutida pela imprensa, 70% das empresas brasileiras utilizou o WhatsApp em estratégias de marketing durante o ano de 2024, sinalizando um aumento de 10% em relação ao estudo de 2023. Segundo o estudo, os times comerciais apontam o aplicativo como a ferramenta mais eficiente no contato com leads, superando visitas presenciais e telefone.
Presente em 99% dos smartphones ativos no território nacional (dados do Statista) é de esperar que pelo WhatsApp circulem diariamente milhões de mensagens, tanto entre os membros das companhias, como entre a população, demandando estratégias de segurança e governança das conversas por parte das organizações.
Para a advogada especialista em Direito Empresarial e Proteção de Dados, Dra. Flávia Cristina dos Santos Jorge (OAB/MG 158.010), fiscalizar as interações pelo WhatsApp corporativo é uma forma de minimizar o risco de vazamento de dados sensíveis e ainda detectar fraudes, atos ilícitos e infrações às políticas da empresa, porém, essa supervisão ainda gera muitas dúvidas entre os gestores e os profissionais, especialmente no que se refere ao direito de privacidade.
O que diz a lei sobre monitoramento de WhatsApp corporativo?
“Abertura de e-mails, o acesso a sites e ligações telefônicas sempre foram supervisionados pelas organizações, por questões de segurança e de controle de produtividade dos funcionários. Com a popularização do WhatsApp surgiu também a necessidade de monitorar as conversas ocorridas na plataforma”, explica a advogada.
A especialista afirma ainda que por se tratar de uma prática relativamente nova no mercado, ainda não há no Brasil uma regulamentação sobre monitoramento de WhatsApp, porém há jurisprudência favorável às companhias no que tange à fiscalização de e-mails e chats ocorridos nos dispositivos e nas contas corporativas.
Para entendermos o que significa sigilo nas telecomunicações é preciso consultar a legislação, mais especificamente os termos do art. 5º, inciso X da Constituição Federal de 1988. De acordo com o texto, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. A lei, nesse caso, refere-se às informações particulares do indivíduo.
Porém, quando falamos de assuntos pertinentes ao ambiente corporativo, o Código Civil, art. 932, inc. III diz que são responsáveis pela reparação cível, “… o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”.
“Podemos concluir então que pela lei, o monitoramento de mensagens referentes à empresa não afronta o art. 5º da Constituição, ou seja, o monitoramento de mensagens em conta corporativa e nos dispositivos da organização não pode ser classificado como violação da intimidade, nem da inviolabilidade do sigilo da correspondência do empregado”, afirma Dra. Flávia.
“A fim de se resguardar de eventuais responsabilidades em decorrência da má utilização de recursos da empresa pelo usuário, o empregador pode fazer uso do monitoramento das interações em contas e dispositivos cedidos por ela, pois são considerados ferramentas de trabalho”, complementa a especialista.
A interpretação coincide com decisão da 3ª Turma do TRT-9, que estabeleceu como prova lícita o monitoramento de mensagens via Skype, computador, provedor e endereço eletrônico de propriedade da companhia, uma vez que esses recursos são destinados exclusivamente à realização do serviço contratado.
“O monitoramento visa a proteção dos interesses empresariais, gestão dos processos de trabalho e prevenção de riscos legais. Para que essa prática esteja em compliance, o colaborador deve ser informado de maneira clara e formal sobre a política da empresa. Seja por meio de um termo de ciência, norma interna ou contrato de trabalho é preciso especificar os dispositivos e canais a serem monitorados e em quais condições isso ocorre”, esclarece a advogada.
Monitoramento e LGPD
Outra precaução que as organizações devem manter o foco, além do monitoramento do WhatsApp, é o tratamento dos dados sensíveis, transmitidos na plataforma. A Lei Geral de Proteção de Dados determina que as companhias devem se responsabilizar pela segurança das informações obtidas de seus clientes e de terceiros e ainda garantir total sigilo sobre esse conteúdo.
No Brasil já existe uma solução que atua nesses desafios da comunicação digital empresarial: a governança das informações e o armazenamento seguro de dados.
A startup carioca Zapper criou a primeira plataforma da América Latina que fiscaliza as interações ocorridas no WhatsApp corporativo por inteligência artificial e ainda armazena todo o conteúdo em cloud, com acesso restrito, por tempo indeterminado.
Usando recursos de inteligência conversacional e machine learning, Zapper sinaliza a ocorrência de conversas suspeitas, que indiquem possíveis fraudes, infrações e desvios de conduta. Com isso, permite aos gestores intervenção imediata, se necessário, preservando todo o teor dos diálogos, bem como arquivos de qualquer natureza.
Com mais de 100 clientes, incluindo companhias multinacionais, Zapper concorreu, em 2024, ao Prêmio Sebrae Startups, sendo classificada entre as cinco melhores startups na categoria “Defesa e Segurança Cibernética”.
Capitaneada por Frederico Groth e Gabriel Almeida, a empresa espera crescer 300% em 2025, superando a meta de 2024, que já foi de 200%. “À medida que as organizações brasileiras se conscientizarem da necessidade e da importância de controlar a sua comunicação digital, dentro e fora do ambiente corporativo, haverá mais espaço para ampliar e aperfeiçoar as funcionalidades de Zapper. Estamos trabalhando para atender a essa necessidade”, comenta Frederico.
Afya e Laerdal criam programa inédito de Simulação em Saúde
Parceria com instituição norueguesa vai qualificar médicos e enfermeiros para práticas que aumentam a segurança do paciente
Publicado
18 horas ago
em
17 de março de 2025
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Nova Lima, março de 2025 17/3/2025 – É um marco na formação médica e uma oportunidade para construir um modelo de saúde mais sustentável e seguro, diz o professor Itamar Magalhães Gonçalves da Afya
Parceria com instituição norueguesa vai qualificar médicos e enfermeiros para práticas que aumentam a segurança do paciente
A Afya, hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil, apresenta o Programa de Fellowship em Simulação em Saúde. Desenvolvido em parceria com a Laerdal Medical, empresa global de soluções educacionais para simulação, o programa tem como objetivo qualificar médicos e enfermeiros sobre as mais avançadas práticas de simulação, oferecendo formação prática e teórica em ambientes educacionais tecnológicos.
A simulação em saúde é uma metodologia que recria cenários clínicos reais em ambientes controlados, permitindo que profissionais e estudantes desenvolvam habilidades técnicas, cognitivas e comportamentais sem expor pacientes a riscos. Com essa abordagem, o programa busca promover um aprendizado efetivo, preparando os profissionais para os desafios do cotidiano clínico.
A iniciativa é realizada em escolas de medicina da Afya acreditadas pela Society for Simulation in Healthcare (SSH): a Unigranrio Barra–RJ, Afya Faculdade de Ciências Médicas de Palmas–TO e o UNIPTAN (São João del-Rei/MG). Essas instituições contam com centros de simulação reconhecidos no formato multi-site pela SSH. Isso significa que operam sob a mesma governança e seguem as mesmas políticas em simulação.
“Estamos qualificando especialistas em simulação em saúde, que é uma ferramenta de segurança importantíssima para aqueles que se formam e, principalmente, para os pacientes no dia a dia da prática de medicina”, destaca o professor Itamar Magalhães Gonçalves, diretor-executivo de medicina da Afya. “É um marco na formação médica e uma oportunidade para construir um modelo de saúde mais sustentável e seguro”.
Durante um ano, os participantes selecionados por edital receberão bolsas de R$ 5.000,00 e terão acesso a uma formação abrangente, que combina mentoria especializada, permitindo aos fellows acompanharem diretamente o coordenador do centro de simulação e a equipe no cotidiano das unidades.
“Essa imersão inclui supervisão e orientação nas práticas mais atualizadas do mercado e atividades teóricas, como palestras interativas e projetos de pesquisa”, explica Gonçalves.
Reconhecimento internacional
O Centro de Simulação em Saúde da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Palmas recebeu uma acreditação tripla, com reconhecimentos da Sociedade Brasileira de Simulação em Saúde (SOBRASSIM), da Sociedade Chilena de Simulação Clínica e Segurança do Paciente (SOCHISIM) e da Society for Simulation in Healthcare (SSH).
“Esse marco reflete o compromisso da Afya com a excelência na educação médica e no uso de simulação clínica como ferramenta de aprendizado. Adotamos padrões globais e a instituição tem contribuído para a evolução, inovação e qualidade no ensino, e na prática da medicina na América Latina”, explica Gonçalves.
João Pessoa avança no turismo e impulsiona setor imobiliário
A capital paraibana vivencia um expressivo crescimento, consolidando-se como destino turístico de referência no mercado imobiliário. Projetos que unem arquitetura contemporânea e biofilia – desenvolvidos por arquitetos locais e estúdios internacionais, como o Pininfarina –, estão redefinindo a paisagem urbana. Paralelamente, o setor imobiliário evolui com investimentos em tecnologia e capacitação profissional
Publicado
20 horas ago
em
17 de março de 2025
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João Pessoa-Pb 17/3/2025 –
A capital paraibana vivencia um expressivo crescimento, consolidando-se como destino turístico de referência no mercado imobiliário. Projetos que unem arquitetura contemporânea e biofilia – desenvolvidos por arquitetos locais e estúdios internacionais, como o Pininfarina –, estão redefinindo a paisagem urbana. Paralelamente, o setor imobiliário evolui com investimentos em tecnologia e capacitação profissional
João Pessoa, reconhecida por suas praias de águas mornas, patrimônio histórico e clima acolhedor, tem se destacado como um dos principais destinos turísticos do Nordeste, segundo o Ministério do Turismo. Esse cenário atrai um fluxo contínuo de visitantes, impulsionando o setor imobiliário local, que vem apresentando uma expansão acelerada. Dados do Censo do IBGE indicam que a população da capital paraibana cresceu 15,3% em 2022, evidenciando a atratividade do município para novos residentes e investidores, conforme o Valor Econômico. Adicionalmente, publicações mensais como as do My Side Guia de imóveis apontam que o valor do metro quadrado na região tem se mantido atrativo, girando em torno de R$ 7.183,00, o que reforça o potencial de valorização dos imóveis. É claro que quando falamos de imóveis de alto padrão, João Pessoa tem média de preços superiores a R$ 10.000,00.
Nesse contexto, projetos arquitetônicos vêm ganhando destaque. As iniciativas das incorporadoras que aliam a expertise de arquitetos locais à colaboração de estúdios internacionais, como o Pininfarina, têm promovido a implementação de soluções que combinam estética contemporânea e biofilia. “Essa nova arquitetura que integra a natureza aos espaços construídos, propicia ambientes mais sustentáveis e voltados ao bem-estar, contribuindo para um desenvolvimento urbano harmônico” afirmou Pedro Cesar, diretor da Eco Construtora.
Além das incorporadoras, outro setor que precisou se reinventar foram as imobiliárias e os corretores. Com uma clientela cada vez mais exigente – composta por indivíduos de diferentes gerações e que se comunicam em múltiplos idiomas –, o mercado foi forçado a evoluir para atender as novas demandas de um público de alto padrão. Segundo Frank Ramalho, CEO da TAGHaus Imobiliária, “a evolução do setor demandou investimentos robustos em tecnologia e na capacitação de profissionais, fatores essenciais para manter a competitividade”. Dessa forma, a empresa passou a incorporar um modelo de gestão que integra inteligência humana, artificial e de mercado, promovendo adaptação frente às transformações do cenário imobiliário atual.
A convergência entre o crescimento turístico e o boom imobiliário em João Pessoa tem criado um ambiente favorável para novos investimentos e oportunidades de negócio. De acordo com a PBTUR a capital paraibana alcançou a 10ª posição entre os destinos mais procurados para o Carnaval de 2025, evidenciando o aumento do interesse turístico pela cidade. Esse incremento no turismo tem impulsionado o mercado imobiliário local.
“A adoção de projetos que integram biofilia e inovação, especialmente aqueles que harmonizam o ambiente urbano com o natural, tem sido fundamental para ampliar a relevância de João Pessoa nos cenários nacional e internacional”, afirma a Arquiteta Paraibana Maiara Amorim.
Iniciativas de desenvolvimento sustentável, respaldadas por investimentos contínuos em tecnologia e capacitação, refletem uma trajetória de crescimento estruturado para a capital paraibana, que continua a atrair investidores e a fortalecer sua posição no mercado imobiliário.
Planejamento estratégico oferece otimização a operações logísticas
Regiões como a Amazônia, áreas rurais remotas e localidades com infraestrutura limitada apresentam desafios relacionados a deslocamento, armazenagem e distribuição
Publicado
21 horas ago
em
17 de março de 2025
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São Paulo 17/3/2025 – o sucesso das operações logísticas em regiões remotas depende de uma abordagem integrada, que combine tecnologia, análise de dados e parcerias estratégicas
Regiões como a Amazônia, áreas rurais remotas e localidades com infraestrutura limitada apresentam desafios relacionados a deslocamento, armazenagem e distribuição
Realizar operações logísticas em locais de difícil acesso demanda um planejamento minucioso para assegurar a eficiência do transporte e reduzir os riscos operacionais. Regiões como a Amazônia, áreas rurais isoladas e localidades com infraestrutura precária impõem desafios significativos para o deslocamento, a armazenagem e a distribuição de produtos.
A Complex atua no desenvolvimento de soluções estratégicas que buscam otimizar o fluxo logístico nessas áreas, considerando fatores como rotas alternativas, escolha de modais e integração entre fornecedores e clientes. O planejamento envolve a análise de condições geográficas, climáticas e regulatórias, possibilitando a criação de estratégias adaptáveis às necessidades locais.
De acordo com Wando Barbosa, analista de transporte da Complex, “o sucesso das operações logísticas em regiões remotas depende de uma abordagem integrada, que combine tecnologia, análise de dados e parcerias estratégicas para viabilizar entregas seguras e ágeis”.
A implementação de tecnologias como rastreamento por satélite e análise preditiva pode contribuir para a redução de imprevistos e a melhoria na gestão de recursos. Além disso, a utilização de transportes multimodais, como fluvial e aéreo, pode ser uma alternativa viável para superar barreiras logísticas e ampliar a cobertura operacional.
A Complex fornece estudos e desenvolve soluções voltadas para a otimização de processos operacionais. Sua abordagem inclui a análise de fluxos de trabalho, identificação de gargalos e proposição de medidas para ajuste de prazos e gerenciamento de custos. As soluções oferecidas podem envolver metodologias de gestão, automação de tarefas, uso de ferramentas digitais e reestruturação de processos para atender a critérios específicos de desempenho e conformidade.
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