Após quase um ano de portas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus, o mês de fevereiro marca a reabertura de escolas na maioria dos estados. No entanto, o retorno das aulas tem sido cercado de protocolos de segurança e higiene. Algumas escolas começaram apenas com o ensino remoto e, gradativamente, irão retornar as atividades na escola. Outras começaram de forma híbrida de aulas: parte virtual, parte presencial.
Neste momento, além dos cuidados com o distanciamento social, higiene constante das mãos e uso de máscara para minimizar o risco de transmissão do novo coronavírus, é preciso também ter um cuidado especial com a parte emocional de cada estudante, já que muitos voltam desmotivados e com perdas de aprendizado.
Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 44 milhões de crianças e adolescentes passaram da sala de aula para o ambiente online devido à pandemia em 2020 no Brasil. Destes, 5,5 milhões não conseguiram continuar o aprendizado em casa, abandonando os estudos.
A pedagoga Bruna Duarte Vitorino diz acreditar que 2021 será importante para recuperar conteúdos. “Ainda estamos em um momento de incertezas, por isso, muitos alunos ainda estudarão de maneira remota e precisam se esforçar um pouco mais para manter o ritmo de estudos a distância. Este também será um ano fundamental para a recuperação de conteúdos que não foram consolidados em 2020. É importante identificar a situação da aprendizagem de cada criança e oferecer recursos para que ela consiga recuperar os conteúdos perdidos.”
Os pais têm papel fundamental neste atípico retorno às aulas. Se antes a adaptação escolar já exigia atenção especial, agora há diversos pontos a mais a se considerar. Quando o estudante não quer voltar às aulas presenciais, os pais e a escola devem formar uma rede de apoio sempre se comunicando para observar o comportamento da criança em casa e no retorno à escola.
“A criança quando bem amparada sente-se segura e consequentemente gosta mais do ambiente escolar. Os pais devem conversar com as crianças, escutar quais são seus receios e conversar mostrando os pontos positivos de voltar à escola”, sugere a pedagoga, que é coordenadora do Kumon, método que visa desenvolver o autodidatismo nos alunos .
Já nas famílias que optaram por não levar os estudantes para a escola, o esclarecimento é fundamental para que eles compreendam a decisão dos pais. “O diálogo sempre é a base para que a criança compreenda os direcionamentos dos pais. É fundamental explicar quais são os motivos que levaram a família a optar por não levar a criança à escola e não apenas impor, pois o autoritarismo não promove que a criança desenvolva a capacidade de refletir e fazer julgamentos, habilidades que serão exigidas delas futuramente”, completa Bruna.
Para quem está no ensino híbrido, os pais devem observar se o estudante mantém o foco nas aulas online, além de incentivar as conquistas. “O retorno para alguns dias presenciais já será de grande motivação para as crianças, pois poderão socializar, sair de casa e ter contato com os professores. Para manter a motivação em casa, os pais devem continuar prestando suporte, observando se estão atentos às aulas, elogiando a cada aprendizado novo e conversando para conhecer os sentimentos da criança”.
Seja a forma escolhida para a volta às aulas, o primeiro passo é os pais terem a segurança de enviar os filhos à escola, aconselha a pedagoga. “A postura de confiança dos pais ajuda muito para que as crianças sintam o entusiasmo para voltar. Se os pais não estão convictos, o melhor é não enviar, pois a criança perceberá e se sentirá insegura. Para aqueles que enviarão as crianças para as aulas é importante motivar e conversar com a criança mostrando todos os pontos positivos de ir à escola. Mesmo que a criança seja pequena, é importante conversar e escutar quais são as expectativas que a criança tem com o retorno.”
Controvérsia entre os pais
Entre os pais, a abertura das escolas tem sido um assunto controverso. Há uma parcela de pais ainda temerosa com a contaminação pela covid-19, enquanto outro grupo é a favor do retorno às aulas presenciais. É o caso dos pais da Isabela, a coordenadora de comunicação Maria Cecilia Floriano Stiipp Korek e o consultor de planejamento financeiro Alexandre Korek.
A Isabela estuda em uma escola e está no 4º ano do ensino fundamental. – Acervo pessoal
“Acredito que não somente a minha filha, mas muitas crianças estavam ansiosas para o retorno das aulas presenciais. Claro que as escolas precisam estar preparadas, seguras e seguindo todas as regulamentações. Visitei a escola da minha filha para verificar se estava tudo ok, assim poderia ficar mais tranquila em relação a este retorno presencial, e está sendo bem tranquilo. Ela ficou bem feliz em reencontrar os amigos e professores. Acho muito importante esta socialização, necessária para o desenvolvimento da criança”, afirma Maria Cecília.
A Isabela está no 4º ano do ensino fundamental. A mãe dela entende que ficaram falhas no aprendizado com a suspensão das aulas presenciais, mas a expectativa é que com o tempo isso será normalizado.
“Em relação aos estudos, sei que neste início ainda vai ser mais lento, porque estão revisando os conteúdos do ano passado, que pode ter deixado lacunas no aprendizado, mas acredito que tudo se regulariza aos poucos, então as expectativas precisam estar de acordo com este momento, foi preciso nos adaptar e nos adaptamos”.
Segundo a pedagoga, este período de isolamento social trouxe muito aprendizado para as famílias. “Neste momento, muitas crianças puderam observar de perto a rotina de trabalho dos pais e isso será um grande aprendizado. Os exemplos que as crianças estão observando em casa serão reproduzidos por elas. Se a família não tem uma rotina organizada, dificilmente esta criança terá, assim como se os pais não têm o hábito da leitura, será mais difícil fazer a criança ler. Por isso, é muito importante que os pais continuem oferecendo suporte aos filhos não somente com cobranças, mas também com atitudes e carinho”, finaliza.
Por | Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
Para especialista, capacitação reduz vulnerabilidade social
Executivo de plataforma com foco em infraestrutura social aborda soluções para reduzir a situação de vulnerabilidade social e impactar milhões de brasileiros
Publicado
2 dias ago
em
14 de março de 2025
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São Paulo, SP 14/3/2025 –
Executivo de plataforma com foco em infraestrutura social aborda soluções para reduzir a situação de vulnerabilidade social e impactar milhões de brasileiros
O número de pessoas em situação de vulnerabilidade social no país ainda é preocupante. De acordo com dados divulgados pelo governo federal, com base no Cadastro Único (CadÚnico) em agosto passado, o percentual cresceu 164% entre 2018 e 2024. Por outro lado, com dados da Lei de Aprendizagem, do Ministério do Trabalho e Emprego, em outubro de 2024, o número de jovens inseridos no mercado de trabalho por meio da aprendizagem alcançou a marca recorde de quase 650 mil beneficiados.
Nesse contexto, Ivan Pereira, vice-presidente da Mind Lab, plataforma com foco em infraestrutura social, defende a importância de incluir a capacitação profissional em mais projetos de grande porte.
“A falta de oportunidade é, sem dúvida, o maior obstáculo para que as pessoas saiam de situações de vulnerabilidade social. E, para isso, é preciso ampliar o debate e tornar a capacitação profissional uma prioridade com o potencial de geração de renda e inclusão produtiva”, afirma Ivan.
Crescimento das PPPs é uma oportunidade, avalia especialista
Para Ivan, o recente crescimento das Parcerias Público-Privadas (PPPs) é uma grande oportunidade para fomentar ferramentas que facilitem a infraestrutura social como fator transformador. “Estamos diante de uma chance de conectar efetivamente pessoas em situação de vulnerabilidade com oportunidades de geração de renda, seja por meio de empregos formais, informais ou empreendedorismo, por exemplo”.
Para Ivan, a inclusão produtiva é capaz de ir além da capacitação profissional. “É um processo muito mais abrangente, que conecta pessoas em situação de vulnerabilidade a diversas oportunidades de geração de renda. E isso se dá através de empregos formais, informais ou também iniciativas empreendedoras. A ideia é oferecer uma base sólida para que seja possível superar o cenário de fragilidade e construir um caminho sustentável”, esclarece.
Desafios e avanços na capacitação profissional
Apesar do avanço de programas de capacitação e do crescimento das PPPs como alternativa para fomentar a inclusão produtiva, ainda existem desafios significativos a serem superados. Um deles, segundo o executivo da Mind Lab, é a necessidade de facilitar o acesso a oportunidades reais de geração de renda.
“O investimento em capacitação precisa ser contínuo e contar com a abrangência a diferentes públicos, levando em consideração fatores como o perfil da população mais vulnerável e as exigências de um mercado cada vez mais dinâmico”, explica. Para Ivan, a qualificação profissional não pode ser um processo isolado ou pontual. “É essencial que ela esteja conectada com a realidade econômica e social do país, de forma que os participantes consigam aplicar o conhecimento adquirido e, a partir de então, transformar suas vidas. É nesse contexto que as iniciativas de PPPs podem ter grande êxito”, enfatiza.
Outro ponto fundamental, segundo ele, é a ampliação do acesso a programas de qualificação, especialmente para grupos historicamente mais impactados pela vulnerabilidade social, como jovens em situação de risco, mulheres chefes de família e trabalhadores informais. “Investir na formação dessas pessoas gera impactos positivos não apenas na renda individual, mas também no desenvolvimento das famílias e comunidades em que vivem”.
Perspectivas para o futuro
O avanço das PPPs e o fortalecimento de políticas públicas voltadas para a inclusão produtiva representam um caminho promissor para reduzir a vulnerabilidade social no Brasil. No entanto, segundo Ivan, para que esses esforços tenham um impacto duradouro, é necessário um alinhamento entre governo e setor privado. “Essa união garantirá que os programas de qualificação sejam eficazes e realmente levem a oportunidades concretas de inserção produtiva aos brasileiros”.
“A inclusão produtiva não pode ser encarada como uma ação pontual, mas como um compromisso de longo prazo. A construção de um país mais justo e economicamente equilibrado passa, necessariamente, pela capacitação profissional e pelo acesso a oportunidades”, completa.
Projetos pelo Brasil sinalizam para esse caminho
Alguns projetos com foco na inclusão produtiva já são desenvolvidos no Brasil. Um deles é a “Praça da Cidadania”, do Governo de São Paulo, lançado em 2019 e com sete unidades implantadas e outras 13 em criação. A iniciativa foi criada pelo Fundo Social de São Paulo e instituído pelo Governo do Estado de São Paulo, e tem como objetivo promover espaços destinados à proteção e inclusão social, ao aperfeiçoamento profissional e à participação comunitária de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Já no Recife, o “Morar no Centro” é o projeto de moradia considerado a primeira PPP de locação social do país. De acordo com a Prefeitura do Recife, o objetivo é ampliar as políticas públicas de habitação, além da promoção e ocupação do centro da cidade. Ivan faz uma observação com o intuito de impulsionar o projeto: “Aqui vemos uma oportunidade real de incorporar ao escopo um conjunto de ações voltadas à inclusão produtiva como responsabilidade da concessionária. Esse é um programa que tem potencial para se tornar uma referência nacional, especialmente se abraçar, também, ofertas de capacitação e geração de renda aos beneficiados”.
PipeRun apresenta estratégias de vendas em masterclass
Fausto Reichert, CRO da salestech, afirma que participantes poderão acompanhar ao vivo funcionamento de um sistema de CRM
Publicado
2 dias ago
em
14 de março de 2025
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Porto Alegre – RS 14/3/2025 –
Fausto Reichert, CRO da salestech, afirma que participantes poderão acompanhar ao vivo funcionamento de um sistema de CRM
Na próxima quarta-feira (19), às 11h, o Chief Revenue Officer (CRO) da CRM PipeRun, Fausto Reichert, e o fundador da PipeLovers, Gustavo Pagotto, apresentarão uma masterclass exclusiva e gratuita sobre vendas e como eliminar indicadores de tempo médio do primeiro contato. O evento, em formato on-line, será transmitido ao vivo do Linkedin da PipeLovers e é gratuito, mediante inscrição.
A masterclass vai tratar de tópicos sobre como a estruturação e automatização de processos eliminam gargalos no atendimento dos leads e na gestão de vendas. Além disso, esclarecerá porque a automação resolve de vez o problema do tempo médio do primeiro contato e discutirá estratégias para aumentar as vendas, sem perder tempo com tarefas operacionais.
Convidado para ministrar a aula sobre o assunto, o CRO da PipeRun, Fausto Reichert, ressalta que o ponto principal será a demonstração na prática de como um sistema de CRM pode facilitar o dia a dia das empresas. “A gente vai mostrar o produto funcionando na prática. Vão eliminar dúvidas sobre os indicadores, processo de venda, métricas e vou mostrar essa operação funcionando, o que é um grande diferencial”, explica.
O fundador da PipeLovers, Gustavo Pagotto, afirma que a masterclass é aberta para qualquer interessado no assunto. “Mas sem dúvidas é uma aula fundamental, principalmente para quem busca levar sua operação comercial para outro nível e focar no que realmente importa: vender mais e melhor”, destaca.
As inscrições para a masterclass estão abertas neste link.
Sobre a PipeRun
PipeRun – A PipeRun é uma startup especializada em gestão de relacionamento com clientes, criada em 2017. O sistema de CRM da PipeRun apoia a aceleração de vendas de empresas que atuam com vendas consultivas e complexas, com modelos de vendas remotas e canais parceiros, contendo funcionalidades como automação de vendas, calendários de atividades, e-mails, geração de propostas, assinatura eletrônica de documentos e atendimento de vendas multicanais e WhatsApp oficial. Atualmente, a carteira de clientes da startup soma mais de 1.600 empresas e 15.000 vendedores em todo o país.
Resultado do PIB de 2024 é positivo, mas futuro é incerto
Crescimento anual foi forte, mas desaceleração acima do esperado no último trimestre indica que o avanço da economia em 2025 será moderado, diz José Roberto Colnaghi
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2 dias ago
em
14 de março de 2025
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São Paulo 14/3/2025 –
Crescimento anual foi forte, mas desaceleração acima do esperado no último trimestre indica que o avanço da economia em 2025 será moderado, diz José Roberto Colnaghi
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 alcançou crescimento de 3,4%, mostrando uma atividade econômica pujante, mas o desempenho do último trimestre fez acender a luz amarela.
“De positivo, deve-se ressaltar, que os dados indicaram um crescimento espalhado, com maior peso do setor de serviços, que avançou 3,7% e da indústria, que cresceu 3,3%”, diz José Roberto Colnaghi, presidente do Conselho de Administração da Colpar Brasil, grupo que atua em diversos segmentos industriais e do agronegócio. A agropecuária, por sua vez, registrou queda de 3,2%, em função de fatores climáticos que impactaram culturas importantes como soja e milho.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também mostram que o PIB per capita atingiu R$ 55.247,45, um avanço, em termos reais, de 3% em comparação com o ano anterior. Além disso, os investimentos aumentaram 7,3% já descontada a inflação e houve uma alta de 4,8% no consumo das famílias.
Segundo o IBGE, este resultado expressivo no consumo das famílias é fruto da conjunção de alguns fatores, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos do que em 2023. A taxa de desemprego de 2024 fechou em 6,2%, menor percentual registrado para este período desde o início da série histórica.
O último trimestre, porém, registrou desaceleração acima do esperado, com ligeira alta de 0,2% na comparação com o terceiro trimestre. Entre os setores, a indústria variou 0,3% e os serviços 0,1%. Já a agropecuária recuou 2,3%.
“Esta desaceleração do último trimestre já traz o impacto do aperto monetário iniciado pelo Banco Central em setembro”, diz José Roberto Colnaghi, lembrando que os efeitos da elevação da Selic vêm ao longo do tempo. “A continuidade da subida dos juros neste ano será um freio na atividade econômica”, completou Colnaghi.
Diante desses dados, o cenário de desaceleração deverá se consolidar ao longo de 2025. Isso porque a política monetária continuará apertada, as condições financeiras estarão mais restritivas, haverá menor impulso fiscal por parte do governo, além da grande incerteza da situação global.
O Ministério da Fazenda prevê um crescimento do PIB de 2,3% este ano, percentual superior ao projetado pelo mercado, que é 2%. No entanto, a expectativa de inflação segue avançando, semana após semana, e já encostou em 5,7%. Com isso, as estimativas para a taxa básica de juros para o fim de 2025 estão em 15%.
“A Selic neste patamar é um freio no crescimento da economia”, diz José Roberto Colnaghi. “É preciso endereçar a questão fiscal de forma efetiva para auxiliar o Banco Central no combate à inflação. Se isso ocorrer, as taxas poderão começar a cair mais cedo, beneficiando a atividade econômica como um todo”, finaliza Colnaghi.
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