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Segundo dados, apenas 6% das bonecas produzidas são negras

O racismo estrutural é uma realidade no Brasil. A partir de estudos, é possível enxergar o reflexo do preconceito em diferentes esferas

Publicado

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São Paulo, SP 5/11/2020 –

O racismo estrutural é uma realidade no Brasil. A partir de estudos, é possível enxergar o reflexo do preconceito em diferentes esferas

Segundo dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 56,1% de toda a população brasileira é negra. Ainda assim, a representatividade não é algo recorrente no dia a dia do País. Prova é dada pela produção de bonecas.

Apenas 6% de todos os modelos produzidos são compostos por bonecas negras, segundo o levantamento “Cadê Nossa Boneca”, da organização Avante – Educação e Mobilização Social. Ainda avaliando o cenário, é possível notar queda na produção, com regressão de 2% comparado ao ano de 2018.

São inúmeros os cenários em que se vê discrepância nos resultados: é possível notar que a realidade ainda faz parte do racismo estrutural: ainda citando o IBGE, 64% dos desempregados são negros. Outro ponto de atenção é a taxa de analfabetismo: o número de negros que não sabem ler e escrever representa o dobro dos brancos.

Posicionamento

Avaliando os dados, nota-se a necessidade de atenção com o tema: longe de uma produção que corresponda a população do País, marcas renovam seu portfólio para trazer as bonecas negras como opção nas vendas. Ao menos, é o que fez a UniDoll, empresa que produz bonecas reborn.

Temos uma equipe de desenvolvimento que pensa nas características da boneca como: a cor da pele, olhos e cabelos antes do lançamento de modelos de bonecas pré-definidas, diz Ana Sato, sócia-fundadora da UniDoll.

Trazendo opções de bonecas negras, a UniDoll trata o assunto como algo que vai além da renovação de opções, mas também um posicionamento, ponto importante no cenário atual: segundo estudo realizado pela Accenture Strategy, 83% dos consumidores dão preferência para marcas que defendem propósitos e trazem a transparência como valor.

“Queremos incluir novos modelos para que todas as crianças e adultos sintam-se confortáveis com o novo ‘bebê’. Precisamos de representatividade e o momento da brincadeira não pode ficar de fora”, complementa Ana.

As bonecas reborn são reconhecidas pela semelhança a um bebê de verdade. Todo o trabalho de produção é feito de forma artesanal e cuidadosa, pensando em proporcionar momentos de experiência afetiva.

Para saber mais, basta acessar: https://www.unidoll.com.br/

Website: https://www.unidoll.com.br/

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