Setor de software bancário brasileiro cresce a atrai empresas do exterior
Com aporte de 130 milhões de dólares, a fintech alemã Mambu mira expansão no Brasil
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São Paulo – SP 3/2/2021 – Quando a Mambu foi lançada no mercado em 2011, sabíamos que o futuro do setor bancário seria construído com base em tecnologia ágil e flexível.
Com aporte de 130 milhões de dólares, a fintech alemã Mambu mira expansão no Brasil
O setor de software bancário está em constante inovação com as empresas cada vez mais motivadas a apresentar novidades e oferecer novos serviços para seus clientes. O crescimento do setor foi acelerado por altos investimentos, fomentando expansões tecnológicas e trazendo agilidade para novos negócios.
Este crescimento é evidenciado por um estudo da Febraban sobre tecnologia bancária realizado anualmente pela FEBRABAN junto aos principais bancos do País com o objetivo de mapear o estágio da tecnologia bancária no Brasil e suas tendências. Segundo a pesquisa de 2020, os investimentos dos bancos em software em 2019 cresceram 58% em relação ao ano anterior, passando de R$ 3,1 para R$ 4,9 bilhões. A pesquisa revelou também que despesas e investimentos em software representam a maior parte dos aportes das instituições financeiras e somaram R$ 13,2 bilhões em 2019.
A pesquisa é realizada anualmente pela FEBRABAN junto aos principais bancos do País com o objetivo de mapear o estágio da tecnologia bancária no Brasil e suas tendências.
Uma das empresas beneficiadas com os investimentos no setor foi a Mambu, plataforma SaaS em nuvem líder do setor bancário, que anunciou recentemente ter recebido uma rodada de investimento de US$ 134 milhões, liderada pela TCV.
O anúncio da Mambu representa o crescimento de aproximadamente 100% YoY no mercado de software bancário, atualmente avaliado pelo Gartner em mais de US$100 bilhões e com crescimento previsto de dois dígitos. Com este novo investimento, a fintech alemã planeja continuar seu crescimento, reforçando a sua presença nos mais de 50 países onde já opera e continuando sua expansão em mercados como Brasil, Japão e Estados Unidos.
Para Eugene Danilkis, fundador e CEO da Mambu, o trabalho da empresa, visando o futuro do setor bancário, tem como objetivo a melhoria das plataformas para modernização dos negócios e melhor atender as necessidades dos clientes.
“Quando a Mambu foi lançada no mercado em 2011, sabíamos que o futuro do setor bancário seria construído com base em tecnologia ágil e flexível. Hoje, quase uma década depois, essa visão é mais relevante do que nunca, especialmente considerando os acontecimentos do ano passado. À medida que bancos mais tradicionais e novos provedores financeiros se preparam para prosperar na era Fintech, continuamos a trabalhar para fornecer uma plataforma de ponta que permite a construção de modelos de negócios modernos, ágeis e focados nas necessidades do cliente”, afirma Danilkis.
“Esta última rodada de financiamento impulsiona a nossa missão de melhorar o ecossistema bancário para um bilhão de pessoas em todo o mundo e abordar uma das grandes oportunidades do mercado global que ainda está em formação na nuvem”, acrescenta o CEO da Mambu.
Segundo a empresa, a plataforma bancária SaaS da Mambu se diferencia dos principais sistemas bancários tradicionais por sua capacidade de acelerar e simplificar a maneira como qualquer instituição financeira desenvolve e opera seu portfólio de serviços financeiros. Com empresas como ABN AMRO, N26, OakNorth, Orange e Santander entre sua base de clientes, a Mambu busca impulsionar o desenvolvimento de novas fintechs e a migração de instituições financeiras para uma nova era digital.
A plataforma tem sido implementada por bancos tradicionais, fintechs, instituições financeiras, entidades sem fins lucrativos e outras organizações com o objetivo de promover produtos e serviços bancários.
Com status de unicórnio, concedido quando uma empresa tecnológica e inovadora conquista avaliação de mercado de US$ 1 bilhão ou mais, a Mambu aumentou sua avaliação para US$ 2,08 bilhões com essa nova rodada de investimentos.
John Doran, General Partner da TCV, empresa que passa a integrar o conselho de administração da Mambu e cujo portfólio inclui Netflix, RELEX, Spotify e WorldRemit, destaca a parceria entre as duas empresas e o impacto positivo nos serviços oferecidos.
“A Mambu foi a primeira empresa a aproveitar a oportunidade de migrar o core bancário para a nuvem. A equipe construiu um banco de arquitetura nativo em nuvem para um mercado multimilionário e de rápido crescimento que tem sido tradicionalmente dominado por grandes provedores locais de sistemas legados que se desenvolvem de forma lenta. Nós observamos o progresso da Mambu por muitos anos e estamos muito satisfeitos com a parceria com o Eugene e toda a sua equipe neste compromisso de expandir globalmente sua oferta para o setor financeiro”, afirma Doran.