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O Case Cristiano Ronaldo e Coca-cola: Você sabe o que é congruência de valores?

Respeitar os seus valores de vida e entender que o mundo evolui ajuda a construir autoridade para crescer pessoal e profissionalmente e tornar-se exemplo

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O Case Cristiano Ronaldo e Coca-cola: Você sabe o que é congruência de valores?
Foto: Reprodução da internet

Alexandre Slivnik*

Congruência é a correspondência entre o que se sente e expressa. Para que possamos crescer na carreira é extremamente importante sermos congruentes com nossos valores. Vou trazer um exemplo recente para demonstrar como a rigidez na defesa de valores pessoais, dependendo da dose, pode prejudicar ou ajudar a imagem de uma pessoa.

O atacante Cristiano Ronaldo envolveu-se numa grande polêmica após um jogo da Eurocopa, campeonato europeu de seleções. Em uma entrevista coletiva pós-jogo, foram colocadas duas garrafas de Coca-Cola no balcão onde ele iria responder às perguntas dos repórteres. Antes da entrevista começar, ele pegou as garrafas, colocou-as de lado, pegou uma garrafinha de água e disse, bebam água. Ou seja, ele quis passar a mensagem para quem estivesse ouvindo ou vendo, de que não tomava Coca-Cola e a água seria mais saudável.

Eu, particularmente, adoro Coca-Cola, mas sei que a água é mais saudável, assim como você, todos nós sabemos os benefícios da água. Porém, a Coca-Cola é, para muitos, uma bebida deliciosa e talvez uma das mais consumidas no mundo inteiro. E por que ela é uma das marcas mais conhecidas e valiosas do planeta? Por patrocinar grandes eventos e ter um grande público consumidor do refrigerante.

Mas o que tem por trás desse gesto? Vamos entender primeiro, o que essa atitude pode ter causado? Muitos veículos de comunicação soltaram manchetes dizendo que o gesto do Cristiano Ronaldo fez a Coca-Cola perder US$ 20 bilhões do valor de mercado. Ora, US$ 20 bilhões é 1,5% nas ações da empresa. Embora seja um valor muito alto, é preciso analisar outro fato ocorrido naquele dia. Por uma coincidência, algumas horas antes da coletiva do jogador português, a Coca-Cola efetuou uma distribuição de dividendos, de modo que as ações da companhia já estavam caindo 0,9%.

Por outro lado, o gesto do Cristiano Ronaldo fez as ações caírem um pouco mais, para 1,5%. Pouco tempo depois, as ações começaram a se recuperar, mas ficaram extremamente desequilibradas, porque ninguém sabia se isso seria benéfico ou não para a empresa.

Entretanto, o marketing que aconteceu após a entrevista beneficiou também a Coca-Cola em termos de marca. Embora exista uma máxima na comunicação do “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”, é importante analisar como vão falar mal de você, pois isso pode ser extremamente prejudicial para sua imagem.

Cristiano Ronaldo é uma marca (CR7) e construiu esse negócio porque um dia já foi patrocinado, entre outras marcas, pela própria Coca-Cola. Não há nada de errado em se posicionar a favor de uma alimentação mais saudável, porque somos seres em evolução, o ambiente muda, porque o mercado muda, porque a sociedade muda.

Algumas conquistas que estão acontecendo agora, talvez dez anos atrás, eram diferentes. Antes da pandemia da Covid-19, muitas coisas não eram como são hoje, como a aceleração digital, por exemplo. O próprio gesto do Cristiano Ronaldo, por conta das redes sociais e da internet, acabou potencializado.

O fato da marca do CR7 ser muito forte e as redes sociais e a internet potencializam a divulgação para bilhões de pessoas, me leva a convidar você, leitor, a uma reflexão. Talvez, na minha opinião, essa não tenha sido a melhor forma dele lidar com a situação, afinal, ele precisa das marcas para poder sustentar a sua carreira.

Você pode até argumentar que o Cristiano Ronaldo já atingiu um nível na carreira que não precisa mais se preocupar com isso. Pelo contrário, ao meu ver, ele precisa justamente porque vive da imagem. Talvez, se ele tivesse agido de uma forma diferente, certamente seria muito melhor avaliado ou analisado pelas pessoas que o admiram. Ele poderia, simplesmente, pedir para alguém ou ele mesmo retirar cuidadosamente as garrafas do refrigerante e parar por ali, sem precisar fazer apologia à água.

A reflexão que eu quero trazer é sobre como nós tratamos, por exemplo, os nossos clientes. Muitas vezes, as pessoas acham que os clientes têm razão sempre. Eu sou da opinião de que eles nem sempre têm razão. Mas eles são a razão da existência do nosso negócio.

Jim Cunningham, ex-executivo da Disney, uma das empresas mais amadas do mundo, diz que os clientes não têm razão sempre, mas precisamos dar a oportunidade de mostrar a eles que estão errados de forma digna, ou seja, com cuidado e carinho.

Eu acredito que nesse episódio, o Cristiano Ronaldo estava certo dentro da sua congruência de valores, ao tirar a Coca-Cola do campo de visão. Contudo, de certa forma, ele acabou prejudicando tanto a imagem da fabricante de refrigerantes quanto a própria imagem, que depende de grandes marcas.

Para finalizar, eu quero que você reflita, pois se deseja evoluir, respeite os seus valores de vida, pois mais adiante, você vai ganhar autoridade para poder fazer o que achar que deve ser feito. Você precisa criar autoridade dentro do seu mercado, se você quer crescer na sua carreira. Mas tome cuidado com a forma como você faz, porque agir agressivamente, pode impactar negativamente a sua evolução profissional.

Nós vivemos em constante mutação e evolução. Hoje, eu adoro Coca-Cola e bebo diariamente uma latinha. Daqui cinco anos, talvez eu mude de ideia. O importante é ter consciência de que tudo é mutável e precisamos respeitar e ter congruência de valores.

O Case Cristiano Ronaldo e Coca-cola: Você sabe o que é congruência de valores?

Alexandre Slivnik / Foto: Divulgação

Alexandre Slivnik é reconhecido oficialmente pelo governo norte-americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller “O Poder da Atitude”. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando/FL (EUA). É vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É membro da Society for Human Resource Management (SHRM) e da Association for Talent Development (ATD). Palestrante e profissional com 19 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante internacional com experiência nos EUA, África e Japão, tendo feito especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education – Boston/EUA). www.alexandreslivnik.com.br.

 

Por | Carolina Lara

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Coração e rins em risco: campanha nacional alerta para a síndrome cardiorrenal em cães e gatos

Iniciativa promovida pela VetFamily integra responsáveis, médicos-veterinários e indústria no combate à SCR

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síndrome cardiorrenal em cães e gatos
Campanha “Rins e coração, saúde em conexão" tem como objetivo conscientizar responsáveis por pets sobre a síndrome cardiorrenal (SCR) / Imagem: Pixabay
síndrome cardiorrenal em cães e gatos

Coração e rins em risco campanha nacional alerta para a síndrome cardiorrenal em cães e gato / Imagem: Divulgação

Doenças cardíacas e renais se inter-relacionam e estão entre as principais enfermidades que levam cães e gatos a óbito, especialmente os idosos. Identificar precocemente os sinais e garantir um acompanhamento médico adequado são medidas essenciais para preservar a saúde e a qualidade de vida dos animais de estimação. Diante desse cenário, a VetFamily, maior comunidade de médicos-veterinários, clínicas e hospitais do Brasil e do mundo, lança a campanha “Rins e coração, saúde em conexão”, que tem como objetivo conscientizar responsáveis por pets sobre a síndrome cardiorrenal (SCR) e apoiar os profissionais da medicina veterinária na orientação dos clientes, na identificação, no diagnóstico e no manejo adequado dessa condição complexa.

Leia também: Limpeza específica em casa com pets pode prevenir doenças

A síndrome cardiorrenal é caracterizada pela interação entre o coração e os rins, em que a doença ou mesmo o tratamento de um desses órgãos agrava ou desencadeia problemas no outro. “Avaliando dados globais, podemos estimar que cerca de 10% dos cães e 15% dos gatos desenvolvem doenças do coração, e 10% dos cães e 30% dos gatos com mais de 15 anos possuem doença renal crônica (DRC), estimativas que comprovam a relevância de uma campanha que esclareça a população e apoie os médicos-veterinários. Como os sistemas cardíaco e renal estão interligados, ao diagnosticar um animal com doença cardíaca, automaticamente deve-se acender um alerta para monitorar, prevenir e diagnosticar precocemente potenciais disfunções nos rins e vice-versa”, explica o médico-veterinário, Head Latam e Diretor-Geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger.

Em humanos, a relação entre doenças cardíacas e renais é conhecida há décadas. Porém, o termo “síndrome cardiorrenal” ganhou destaque mais recentemente, e a doença passou a ser classificada em cinco subtipos com base na sequência e na natureza da disfunção dos órgãos envolvidos. Na medicina veterinária, a compreensão da SCR avançou nos últimos anos e a literatura veterinária também descreve cinco subtipos, semelhantes aos identificados em humanos, reconhecendo a complexidade das interações entre esses órgãos. São eles:

• Síndrome cardiorrenal aguda (tipo 1): ocorre quando uma disfunção cardíaca súbita, como choque cardiogênico, causa lesão renal aguda.
• Síndrome cardiorrenal crônica (tipo 2): caracteriza-se pela disfunção cardíaca crônica, como a doença degenerativa mitral, que afeta a pressão arterial e compromete a perfusão renal.
• Síndrome renocardíaca aguda (tipo 3): resulta de um evento agudo renal que leva à disfunção cardíaca.
• Síndrome renocardíaca crônica (tipo 4): ocorre quando uma doença renal crônica primária causa hipertrofia ventricular e eleva o risco de arritmias cardíacas. Pode causar alterações eletrolíticas no organismo do animal, hipertensão arterial e anemia, comprometendo o funcionamento do coração.
• Síndrome cardiorrenal secundária (tipo 5): relacionada a distúrbios sistêmicos que comprometem simultaneamente a função cardíaca e renal, como hiperadrenocorticismo, sepse e pancreatite.

Atenção redobrada

Os sinais clínicos da síndrome cardiorrenal podem variar conforme o estágio e o órgão afetado. Em casos de doença cardíaca, é comum observar tosse seca persistente, cansaço fácil, dificuldade respiratória e desmaios. Já os sinais de doença renal incluem aumento do consumo de água, urina em excesso, perda de peso, apatia, vômitos e, em casos mais graves, convulsões. “O diagnóstico precoce é determinante para um manejo eficiente. Reforçamos a importância de consultas regulares com médicos-veterinários para avaliação integral do paciente”, destaca a médica-veterinária da VetFamily Brasil, Beatriz Alves de Almeida.

síndrome cardiorrenal em cães e gatos

A síndrome cardiorrenal é caracterizada pela interação entre o coração e os rins e afeta cães e gatos / Imagem: Pixabay

Exames diagnósticos e tratamento multidisciplinar

Para identificar a síndrome cardiorrenal, é necessário um protocolo diagnóstico abrangente, com exames específicos para avaliar a saúde cardiovascular e renal. Entre os exames recomendados para a avaliação cardíaca estão a radiografia torácica, que avalia o tamanho do coração e possíveis alterações pulmonares; o eletrocardiograma (ECG), para análise da frequência e do ritmo cardíaco; e o ecocardiograma, que permite observar em detalhes as estruturas cardíacas e sua funcionalidade.

Para a avaliação da função renal, são indicados exames como ureia, creatinina, SDMA (dimetilarginina simétrica) – biomarcador que detecta precocemente a insuficiência renal – e ultrassonografia abdominal, que identifica alterações estruturais nos rins. “A combinação de exames laboratoriais e de imagem é essencial para um diagnóstico correto, permitindo a abordagem terapêutica adequada e personalizada para cada paciente”, acrescenta a médica-veterinária.

O manejo terapêutico da SCR é desafiador e exige um acompanhamento contínuo, com ajuste de doses e monitoramento rigoroso dos parâmetros clínicos. Entre os medicamentos frequentemente utilizados estão o pimobendan, que melhora a contratilidade do coração sem aumentar a demanda de oxigênio; o telmisartan e o benazepril, indicados para o controle da hipertensão arterial; além de fluidoterapia para estabilização de pacientes com lesão renal aguda e reposição hormonal em casos de anemia decorrente de disfunção renal.

A prevenção e o manejo adequado da síndrome cardiorrenal envolvem medidas que vão além do tratamento medicamentoso. Uma dieta específica, prescrita pelo médico-veterinário, pode retardar a progressão da doença, enquanto a prática de exercícios moderados auxilia na manutenção do equilíbrio metabólico e cardiovascular. Exames periódicos são fundamentais para monitorar a evolução do quadro e ajustar a abordagem terapêutica conforme a necessidade do paciente.

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Consultas regulares com médicos-veterinários possibilitam um diagnóstico precoce e um manejo eficiente da síndrome cardiorrenal em animais de estimação / Imagem: Pexels

Conexão que beneficia os animais de estimação

“A missão da VetFamily é criar soluções inovadoras para médicos-veterinários e apoiá-los para que promovam melhor qualidade de vida aos animais. Com a campanha ‘Rins e coração, saúde em conexão’, queremos ampliar a conscientização sobre a síndrome cardiorrenal e reforçar a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento contínuo. A integração entre nossa comunidade, médicos-veterinários, responsáveis e indústria farmacêutica é essencial para enfrentar os desafios dessa condição complexa”, conclui Beatriz. A campanha conta com o patrocínio das maiores indústrias farmacêuticas do país – Boehringer Ingelheim, Dechra e Elanco – e divulgação nas redes sociais da VetFamily, parceiros e membros da comunidade.

Para saber mais sobre a campanha “Rins e coração, saúde em conexão” e acessar materiais exclusivos visite: hub.vetfamily.com/pt-br/campanha-cardiorrenal.

 

Sobre a VetFamily
Organização global líder em soluções para clínicas e hospitais veterinários, faz parte do Vimian Group, tem sede em Estocolmo (Suécia) e reúne mais de 6.500 clínicas e 20 mil veterinários em mais de 11 países da União Europeia, Estados Unidos, Austrália e, agora, Brasil. Seu objetivo principal é contribuir para a melhor administração e lucratividade das clínicas, oferecendo diversos serviços, como centralização da negociação com parceiros comerciais, apoio à gestão e disseminação de conhecimento. Conheça mais em www.vetfamilybrasil.com.br.

 

Por | Josiane Fontana – deepzo

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123 Milhas: o que há de novo no processo?

Entenda as propostas de pagamento das empresas na nova edição da Cartilha da Defensoria Pública de Minas Gerais.

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123 Milhas
Credores têm até 10 de abril para contestar as propostas de pagamento / Foto: Divulgação / Freepik/luis_molinero

Diante das novidades no processo de recuperação judicial, a Defensoria Pública de Minas Gerais lançou uma nova edição da Cartilha de orientação para os consumidores lesados pelo grupo 123 Milhas.

Leia também: TJMG incorpora Maxmilhas à recuperação da 123Milhas

As informações da Cartilha são úteis para credores de todo o grupo, composto pelas empresas 123 Milhas, HotMilhas, MaxMilhas, Lance Hotéis, e Novum.

As novidades são:

– Publicação do plano de recuperação judicial, contendo as propostas das empresas para o pagamento das dívidas aos credores,
– Apresentação da 2ª lista de credores, com a relação atualizada de consumidores e dos valores que têm a receber das empresas.

Com a publicação oficial do plano de recuperação judicial, os credores que discordarem das propostas de pagamento têm prazo até o dia 10 de abril para manifestar suas objeções. Essa manifestação deve ser feita via Defensoria Pública, no caso de consumidores carentes, ou por meio de advogado.

Caso haja objeções dos credores no processo, o que inclui clientes, funcionários e fornecedores das empresas, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais deverá convocar uma Assembleia Geral desses interessados. Nessa reunião, todos que têm valores a receber do grupo poderão aprovar o plano como está, exigir modificações ou rejeitá-lo.
Após a Assembleia de Credores, poderá haver a homologação do plano de recuperação pela Justiça. Os prazos para início dos pagamentos começam a correr somente após esse ato de homologação.

Propostas do plano de recuperação judicial

No plano, estão indicadas as datas a partir das quais os pagamentos das dívidas serão iniciados, as hipóteses em que as empresas propõem descontos nos valores devidos, bem como o parcelamento do crédito e em quantas vezes.
Em resumo, foram apresentadas cinco opções de pagamento das dívidas aos credores/consumidores:

a. Pagamento integral do crédito em 12 parcelas semestrais, com início do pagamento após 78 meses (6,5 anos) da data de homologação do plano pela Justiça. Nesse caso, é prevista, ainda, a possibilidade de antecipações no pagamento dos créditos, por meio de cashback em novas compras e vendas feitas com as empresas do grupo 123 Milhas;
b. Pagamento de 60% do valor do crédito, dividido em 12 parcelas semestrais, com início do pagamento após 18 meses (1,5 anos) da homologação do plano;
c. Pagamento máximo de R$ 450,00 em 10 parcelas semestrais, com início do pagamento após 30 meses (2,5 anos) da homologação do plano;
d. Pagamento de 75% do valor do crédito em parcela única, após 150 meses (12,5 anos) da homologação do plano;
e. Pagamento integral do crédito em 8 parcelas semestrais, com início após 150 meses (12,5 anos) da homologação do plano.

A escolha por uma das opções pelos credores não significa que os valores já começarão a ser pagos imediatamente.
Os pagamentos somente começarão a partir do prazo previsto para cada opção, contado da data da homologação (aprovação) do plano de recuperação judicial pela 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte.

Os credores não têm obrigação de aceitar a proposta apresentada pelo grupo 123 Milhas. Também não são obrigados, por enquanto, a escolher nenhuma das opções oferecidas no plano, que precisa ser aprovado pela Justiça. Aqueles que discordarem das propostas têm até 10 de abril para manifestar.

A 2ª lista de credores pode ser consultada no site da Administração Judicial (https://rj123milhas.com.br).
Outra novidade é que a 2ª Lista de Credores já foi divulgada na internet pelos Administradores Judiciais, apresentando a relação atualizada de consumidores e dos valores que têm a receber das empresas.

Essa nova Lista já deve incluir aqueles credores que fizeram seus pedidos administrativos (via site) de habilitação de créditos ou de divergências e que tiveram essas solicitações aprovadas pela Administração Judicial. O documento pode ser consultado no site https://rj123milhas.com.br.

A Lista ainda não foi publicada oficialmente pela Justiça. Somente a partir da sua publicação por edital da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte começará o prazo para que os credores que não fizeram os pedidos administrativos (pelo site) de habilitação de crédito ou apresentação de divergências possam fazer esses pedidos pela via judicial.
Esses pedidos de inclusão na lista ou de correção de dados e valores, como exigem um processo, dependem de representação pela Defensoria Pública, no caso de pessoas carentes, ou da contratação de advogado.

Clique para ler a versão atualizada da Cartilha, com informações detalhadas, simulações das propostas de pagamento e explicação das etapas do processo.

Por | Assessoria de Comunicação – Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais

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Minas Gerais no clima da Páscoa: Varejo espera crescimento nas vendas

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Páscoa
Agência Brasil - EBC / Foto: Divulgação

A Páscoa se aproxima, trazendo consigo a expectativa de um período de boas vendas para o comércio varejista em Minas Gerais. Segundo a recente pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista – Páscoa 2025”, realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos e de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG, um panorama otimista se desenha: 41,7% dos varejistas do setor alimentício mineiro projetam vendas robustas, impulsionadas pelo espírito festivo e pelas tradições da época. Além disso, um expressivo contingente de 39,9% dos empresários tem expectativa de faturamento superior ao registrado na Páscoa de 2024, sinalizando um cenário de crescimento e prosperidade para o setor.

Leia também: Docente do Senac aponta como pequenos empreendedores podem lucrar na Páscoa e driblar a crise

Para 47,0% das empresas afetadas pela data, os resultados das vendas devem ser semelhantes aos de 2024 e outras 11,9% esperam por resultados piores. Para 55% das empresas do ramo alimentício, a Páscoa não tem impacto nas vendas. O comércio de Páscoa compreende o período entre 27/02 e 16/04 de 2025.

A pesquisa ouviu 374 empresas, entre os dias 10 e 20 de março, sendo cerca de 37 em cada região de planejamento – Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Zona da Mata, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas e Triângulo. As regiões com maior impacto positivo nas vendas, conforme a pesquisa são, nesta ordem: Sul de Minas, Mata, Jequitinhonha-Mucuri e Central.

Os principais motivos para a boa expectativa de vendas citados pelos estabelecimentos foram: valor afetivo da data (49,3%), otimismo/esperança (37,3%) e aquecimento do comércio (20,9%). Já os comerciantes que não estão otimistas com a Páscoa citam valor alto dos produtos (55,0%), crise econômica (30,0%) e endividamento do consumidor como principais motivos para um desempenho negativo nas vendas.

Na data de realização da pesquisa, 72,4% dos estabelecimentos já haviam iniciado as vendas e a estimativa é de que os ovos de Páscoa, as caixas de chocolate e barras, nesta ordem, serão os itens com mais saída. Para 82,7% dos comerciantes, o consumidor prefere fazer as compras na Semana de Páscoa sendo que 42,3% observam que o cliente, às vezes, faz pesquisa de preço e 28,8% avaliam que os clientes pesquisam sempre.

Conforme 22,5% dos empresários ouvidos, o gasto médio por cliente deve variar entre R$ 70,00 e R$ 100,00; para outros 21,04%, o ticket médio deve ficar entre R$ 100,00 e R$ 200,00. O cartão de crédito parcelado, cartão de crédito à vista e pix foram mencionados como as principais formas de pagamento que os comerciantes acham que os clientes vão usar.

As ações para impulsionar as vendas incluem propagandas (36,9%), garantir um atendimento diferenciado (36,3%) e promoções e liquidações (25%), já 13,7% das lojas estão optando por não adotar qualquer ação para alavancar suas vendas. Entre os 44,1% dos estabelecimentos que pretendem fazer divulgação e promoção de produtos online, 86,7% utilizarão Instagram e 72,0% Whatsapp. Entre as 29,25% das empresas que fazem vendas online, o Whatsapp é o principal canal, utilizado por 72,1% delas.

Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, destaca que a Páscoa de 2025 tem expectativas promissoras sendo importante data para o comércio varejista de alimentos no estado de Minas Gerais. “Notamos que este ano mais empresas esperam ser impactadas. Além disso, há uma perspectiva de vendas melhores do que no ano passado mesmo com o valor alto dos produtos. Observamos que os empresários pretendem vender mais ovos de Páscoa, resultado diferente de 2024, ano em que as expectativas de maiores vendas estavam atreladas às caixas de bombons, itens que normalmente possuem menor ticket médio. O valor afetivo da data e a disponibilidade de gastos do consumidor, mesmo que por meio do cartão de crédito parcelado, também se destacam como fatores que corroboram a expectativa de um aumento significativo para o período”, explica Martins.

 

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para o setor e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.

 

Por | Wagner Fernando Liberato – Fecomércio MG

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