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Minas Gerais e cachaça: tradição, inovação e sabores únicos

Especialista revela o que torna a cachaça mineira tão especial e compartilha uma receita tradicional.

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Foto: Divulgação / Daniel Reche por Pixabay

O estado de Minas Gerais é líder na produção de cachaça, com a marca de 504 cachaçarias registradas, o que corresponde a 41,4% das cachaçarias do país e uma produção anual de mais de 4 milhões de litros. Com suas cachaças de alambique reconhecidas internacionalmente, o estado continua a inovar, preservando suas raízes.

De acordo com Victor Quaranta, mixologista e docente do Senac, instituição que faz parte do Sistema Fecomércio MG, a cachaça tem diferenciais que a destacam em relação a outras bebidas destiladas, sendo a principal a vantagem ser feita diretamente da cana-de-açúcar, uma matéria-prima com grande disposição de açúcares, que são transformados em álcool no processo de produção. Além disso, um dos fatores que diversificam a bebida é a ampla gama de madeiras usadas no envelhecimento. “A cachaça é a única bebida no mundo que utiliza mais de 30 tipos de madeira, como bálsamo, amburana, ipê, amendoim, e muitas outras. Enquanto o mundo usa predominantemente carvalho, aqui temos uma variedade incomparável”, explica.

Foto: Divulgação/Emater

E é justamente nesse processo de envelhecimento que os alambiques mineiros se destacam. Segundo pesquisa realizada pelo Governo de Minas, cerca de 70% dos estabelecimentos do estado realizam o envelhecimento da cachaça, o que agrega valor ao produto. As pequenas propriedades rurais são responsáveis pela maior parte da produção e 82% dos produtores utilizam sua própria matéria-prima no alambique, garantindo um rigoroso controle de qualidade.

O resultado econômico dessa cadeia é formidável: só no ano passado, Minas Gerais exportou mais de US$ 1,18 milhão em cachaça, com os principais mercados sendo Uruguai, Estados Unidos, Itália, Países Baixos e Austrália.

Inovações e uso na gastronomia

A grande tradição no mercado da cachaça é acompanhada por novas técnicas e inovações nos produtos, segundo Victor Quaranta. “As bebidas mistas à base de cachaça têm conquistado o mercado internacional. Além disso, as cachaças estão sendo apresentadas com rótulos e garrafas mais modernas, atraindo um público novo e ampliando seu alcance,” observa o especialista.

A bebida também tem sido cada vez mais valorizada na gastronomia, especialmente em harmonizações. “Ao harmonizar cachaça com pratos, é importante considerar sua acidez, ‘perfume’ e intensidade. Cachaças mais adocicadas, com notas de cravo e canela, por exemplo, combinam muito bem com sobremesas, como o tiramissu. Já na hora de beber, as envelhecidas vão muito bem em copo de whisky, com 3 pedras de gelo, as amburanas podem ser armazenadas no congelador e as branquinhas utilizadas em coquetéis” sugere o especialista.

O especialista compartilhou uma versão diferente da clássica caipirinha: a caipirinha com três limões e gengibre. Confira a receita:

Ingredientes:

  • ½ Limão tahiti cortado em cubos
  • ½ Limão siciliano cortado em cubos
  • ½ Limão cravo cortado em cubos
  • 20 ml de mel
  • 1 rodela de gengibre picado
  • Gelo
  • 50 ml de cachaça de alambique

Modo de preparo:

  1. Macere os limões com o mel e o gengibre.
  2. Adicione gelo e a cachaça.
  3. Mexa com o auxílio de uma colher e sirva.

 

Por | Rodrigo Cupertino – Relacionamento com a Imprensa – Senac

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