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Safra de grãos em Minas Gerais deverá crescer 6,5% em relação a 2024

Produtores buscam mais tecnologias e iniciativas que aumentem a produtividade das lavouras.

Diego Vargas / Seapa / Foto: Divulgação

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Para que a presença de grãos, como o arroz e feijão, esteja sempre na mesa dos mineiros, é essencial que as etapas de plantio, colheita e distribuição no campo ocorram com sucesso. Uma boa notícia é que, em 2025, as perspectivas para a safra de grãos em Minas Gerais apontam um crescimento de 6,5% em relação a 2024.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que a safra mineira de grãos 2023/2024 registrou uma produção total de 16,1 milhões de toneladas, em uma área de 4,3 milhões de hectares, com produtividade de 3.773 quilogramas por hectare. Para 2025, a estimativa é que a produção alcance 17,1 milhões de toneladas, com produtividade de 4.019 quilogramas por hectare. Somente a produção de soja deverá atingir 8,6 milhões de toneladas, em uma área cultivada estimada em 2,3 milhões de hectares.

Soja, feijão, arroz, milho, trigo e outros grãos integram a lista de cultivos que estão sendo plantados ou que se encontram em fase de enchimento e maturação no início deste ano. Em geral, a safra ocorre entre outubro e março, podendo haver segundos ou até terceiros plantios após esse período, mas nestes casos, os produtores recorrem a alternativas como a irrigação para garantir a colheita mesmo em períodos de pouca chuva.

O superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Feliciano Nogueira, ressalta que a estimativa de produtividade para a safra 2025 pode variar ao longo do ciclo produtivo.

“É importante deixar claro que essa projeção pode sofrer alterações devido a fatores como condições climáticas, investimentos em inovação e tecnologia, ampliação de áreas de plantio e a flutuação do valor das commodities no mercado de exportação. Esses aspectos podem tanto elevar a produção quanto reduzir os números de um ano para outro”, pontua Feliciano Nogueira.

A busca por mais produtividade é justamente o foco da produtora Josiani Moraes da Silva, proprietária da Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu, no Sul de Minas. Josiani, que cultiva soja, milho e café, adota diversas estratégias para melhorar o rendimento de suas lavouras.

“Fazemos rotação de culturas para melhorar o solo. Nossa plantação de milho atual na mesma área tem a função de deixar a palhada na terra, o que deixa o solo mais rico e com mais nutrientes para que a próxima safra de soja seja ainda mais produtiva”, explica.

Situação das lavouras de grãos em Minas

O fim da primavera e o verão são os períodos mais favoráveis para o plantio de grãos no estado. Atualmente, as culturas estão na fase final de plantio ou em desenvolvimento. Veja a situação de algumas delas:

Arroz: As lavouras já estão 100% semeadas. Em áreas de pivô central (irrigação), pode haver novo plantio após a colheita da soja precoce.

Feijão: A primeira safra já foi plantada, apesar do maior risco, pois sua maturação e colheita coincidem com a estação chuvosa. No Noroeste, principal região produtora do estado, muitas lavouras já estão na fase de enchimento de grãos.

Milho: O plantio da primeira safra foi concluído, e as lavouras encontram-se, em sua maioria, em desenvolvimento vegetativo. As semeadas mais cedo já estão na fase reprodutiva, com colheita prevista entre fevereiro e abril.

Soja: O plantio foi finalizado na primeira semana de dezembro, e a colheita está prevista para ocorrer entre fevereiro e abril.

Algodão: O plantio da primeira safra em sequeiro foi finalizado. Agora, aguarda-se a colheita da soja para iniciar o plantio da segunda safra, em sistema irrigado.

 

Por | Agência Minas

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Fecomércio MG destaca desempenho positivo do Turismo Mineiro

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Foto: Divulgação

Análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, com base nos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, mostra que a atividade turística no estado cresceu 1,0% em dezembro em comparação com o mês anterior.

Em novembro, o indicador tinha ficado estável, com crescimento de 0,0%. Em âmbito nacional, a atividade turística teve elevação de 2,8% no último mês do ano.

Como analisa o Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, o indicador na base de comparação mês/mês anterior traz reflexos sazonais, daí serem observadas oscilações de crescimento ou queda da atividade turística.

O turismo teve desempenho positivo no estado em todas as bases de comparação: mês/mês anterior, dez24/dez23 e últimos 12 meses/acumulado do ano.

A atividade turística envolve tanto a movimentação de pessoas do estado que se deslocam para outros destinos quanto a movimentação que tem como destino Minas Gerais.

O mês de dezembro de 2024 marcou elevação de 5,6% da atividade turística quando comparado com mesmo mês de 2023. Nesta base de comparação, o indicador mostra expansão do turismo no estado desde 2021.

Quando se compara o desempenho do volume da atividade turística no estado entre janeiro e dezembro de 2024 (acumulado do ano), registra-se uma aceleração de 4,5%.

De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG: “o turismo em Minas Gerais revelou uma performance robusta em dezembro de 2024 com índice positivo, se mantendo entre os cinco melhores do Brasil.”

A economista prossegue: “o mercado de trabalho aquecido, acrescido das promoções oferecidas pelas agências de turismo, considerando tanto a movimentação de pessoas do estado que viajam para outros destinos quanto as pessoas que possuem Minas Gerais como destino. Essa movimentação fomenta não apenas o setor do turismo, mas também o de serviços e comércio, por meio dos roteiros gastronômicos, religioso e pacotes referente ao ecoturismo e a festividade local, além da melhoria no setor de infraestrutura, afetando positivamente toda a economia local,” explica Gonçalves.

No acumulado de 12 meses, Minas Gerais (4,5%) teve o quinto melhor desempenho entre as unidades da Federação pesquisadas, atrás de Santa Catarina (9,0%), Bahia (8,4%), Paraná (7,2%) e Rio de Janeiro (6,3%).

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para o setor e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.

 

Por | Wagner Fernando Liberato – Comunicacão – Fecomércio MG

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Entenda sobre os Transtornos do Desenvolvimento Infantil

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Entenda sobre os Transtornos do Desenvolvimento Infantil / Foto: Imagem - Freepik

Luciana Brites – NeuroSaber / Crédito – Samara Garcia

* Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento.

Quando falamos sobre transtornos do desenvolvimento infantil, surgem muitas dúvidas em relação ao que são e como compreender e identificar o assunto. Os transtornos de neurodesenvolvimento são um grupo de condições que afetam o desenvolvimento infantil, impactando áreas como cognição, comunicação, comportamento e aprendizagem.

Os principais transtornos de neurodesenvolvimento incluem autismo, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), deficiência intelectual, transtornos de aprendizagem e transtornos motores.

As causas dos transtornos de neurodesenvolvimento possuem uma origem complexa, que envolvem fatores genéticos e ambientais que podem interferir no desenvolvimento cerebral. Os fatores genéticos são predisposição hereditária, alterações nos genes que regulam o desenvolvimento do sistema nervoso, fatores ambientais, complicações na gravidez, problemas no parto e exposição a substâncias tóxicas.

O diagnóstico é realizado por uma equipe multidisciplinar com base em observação de comportamentos e critérios do DSM-5. Esses transtornos não possuem marcadores biológicos, como exames de sangue ou ressonâncias magnéticas. O diagnóstico depende de uma avaliação detalhada que analisa o comportamento e o desempenho da criança.

Entenda sobre os Transtornos do Desenvolvimento Infantil / Imagem: Freepik

O tratamento, embora não tenha cura, conta com intervenções precoces que ajudam a minimizar os impactos e melhorar a qualidade de vida da criança.

Os transtornos de aprendizagem têm impacto na inclusão escolar e educação. Entender os transtornos é essencial para criar um ambiente escolar inclusivo que permita à criança desenvolver suas potencialidades. Quando há sobreposição de transtornos, como autismo e transtornos de aprendizagem, é crucial que os educadores adaptem suas estratégias para atender às necessidades específicas da criança.

Os transtornos de neurodesenvolvimento são condições complexas que exigem atenção especializada. Com o diagnóstico precoce e intervenções personalizadas, é possível minimizar os impactos no aprendizado, na comunicação e no comportamento. Investir no entendimento dessas condições é fundamental para promover o desenvolvimento do indivíduo e sua inclusão na sociedade.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber  https://institutoneurosaber.com.br

 

Por | Joyce Nogueira – Drumond Assessoria de Comunicação

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Crea-MG reforça fiscalização e registra mais de 16 mil irregularidades em 2024

Conselho intensifica ações em todo o estado e amplia combate à atuação de leigos em obras e serviços técnicos.

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Fiscalização do Crea-MG / Foto: Daniel Renna

Mais de 16 mil irregularidades foram encontradas pela fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) em obras e serviços de engenharia, agronomia e geociências em todo o estado, em 2024. Nas mais de 68 mil ações fiscalizatórias realizadas no último ano, as principais infrações constatadas foram a não contratação de profissionais legalmente habilitados para a execução de atividades técnicas e a falta de registro de empresas no Crea-MG. Do total de autuações, 74% estão relacionadas ao combate à atividade de leigos.

O presidente do Crea-MG, engenheiro civil e de segurança do trabalho Marcos Venícius Gervásio, reforça que a presença de pessoas inabilitadas nas áreas da engenharia, da agronomia e das geociências representa um sério risco à segurança e ao bem-estar da sociedade.

“Quando combatemos a atuação de leigos, estamos protegendo vidas, patrimônios e exigindo que os serviços sejam executados por empresas e profissionais devidamente habilitados, promovendo um ambiente de responsabilidade e excelência para todos”, destaca Marcos Gervásio.

Avanço

O número de ações fiscais aumentou 7,67%, passando de 63.330 em 2023 para 68.195 em 2024. Este crescimento foi resultado da continuidade dos serviços e avanço nos processos propostos pela nova gestão do Crea-MG.

De acordo com o gerente do Departamento de Fiscalização, Nicolau Neder, a ampliação das ações fiscalizatórias nas diversas áreas da engenharia, da agronomia e das geociências tem sido fundamental para o fortalecimento e aprimoramento dos processos.

“É imprescindível que o Conselho tenha olhos e atue verificando todas as atividades que tem impacto na vida das pessoas, como a agricultura, a indústria e a prestação de serviços. A execução dessas atividades é mais segura quando realizadas por profissionais devidamente registrados no Crea-MG”, afirma Nicolau.

Extensão

Em 2024, o Crea-MG fiscalizou todos os 853 municípios mineiros e atendeu a 4.795 denúncias recebidas, reforçando o compromisso do Conselho com a qualidade e a segurança das atividades técnicas. Além das ações de rotina, houve ainda as fiscalizações especiais e projetos de regularização técnica, como a inspeção veicular de transporte escolar, quadro técnico de prefeituras, barragens de rejeitos e aterros sanitários.

Outro ponto de atenção foi na fiscalização do agronegócio, abrangendo empresas que realizam pulverização de agrotóxicos com aeronaves remotamente controladas, fabricantes de bioinsumos, e empresas dedicadas à produção de mudas e sementes. Também foram fiscalizados silos e armazéns de produtos agrícolas por todo o estado.

Canal de Denúncias

Para fortalecer a participação da sociedade, o Crea-MG disponibiliza o aplicativo Conecta Crea, gratuito para os sistemas Android e iOS. A ferramenta permite denunciar anonimamente irregularidades em serviços de engenharia, agronomia e geociências.

O aplicativo também funciona como um portal para a consulta do registro de profissionais e empresas e oferece acesso aos protocolos de solicitação de serviços. Para os profissionais registrados, o Conecta Crea oferece um espaço exclusivo para monitorar ARTs, boletos gerados, certidões solicitadas e relatórios de infração.

“O que queremos é continuar desenvolvendo este trabalho e também conscientizar a população sobre a necessidade do acompanhamento técnico em obras e serviços de engenharia, agronomia e geociências”, disse o presidente Marcos Gervásio.

Atuação

O Crea-MG verifica e fiscaliza o exercício e a atividade profissional da engenharia, da agronomia, da geologia, da geografia e da meteorologia, amparado pela Lei Federal 5.194/1966. A função do Conselho é defender a sociedade da prática ilegal das atividades técnicas, exigindo a participação declarada de profissionais legalmente habilitados, com conhecimento e atribuições específicas, na condução dos empreendimentos nestas áreas. Hoje, o Crea-MG possui mais de 150 mil profissionais registrados e quase 60 mil empresas com registro ativo.

 

Por | Iane Chaves – Assessoria de Imprensa do Crea-MG

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