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Dicas para cuidar e adotar pets vítimas de enchentes

Animais precisam de tratamento físico e emocional e adoção responsável; médicos-veterinários têm papel relevante no enfrentamento da crise e cuidados posteriores.

Logo após o resgate, a prioridade é estabilizar os sinais vitais e tratar quadros de desidratação, hipoglicemia e hipotermia / Imagem: AdobeStock

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A calamidade que o estado do Rio Grande do Sul vem enfrentando vitimou milhares de animais e, assim como com os humanos, os cuidados com eles vão além da saúde física e dos primeiros socorros e devem se estender por semanas.

Logo após o resgate, a prioridade é estabilizar os sinais vitais. A grande maioria dos animais permaneceu dias sem alimentação e água e expostos à chuva e ao frio, o que gera quadros de desidratação, hipoglicemia e hipotermia. O tratamento varia conforme a gravidade do caso, mas geralmente envolve o aquecimento do pet e a fluidoterapia intravenosa para equilibrar os sinais vitais, acrescida de glicose e potássio caso o animal tenha dificuldades na ingestão ou absorção de alimentos.

Assim que os animais são estabilizados é preciso tomar as medidas preventivas básicas, considerando a exposição que tiveram à água e por estarem em ambientes coletivos. “O controle parasitário – pulgas, carrapatos e vermes – é primordial e básico para a recuperação da saúde. Medicamentos de ingestão oral trazem resultados mais rápidos e a colaboração de empresas e doadores tem sido essencial. Já a recuperação da imunidade se dá conforme o animal volta a receber uma alimentação de qualidade”, comenta o médico-veterinário e diretor de operações da VetFamily Brasil, Dr. Fabiano de Granville Ponce.

Em relação às doenças infectocontagiosas, o veterinário ressalta a importância da quarentena para observação e tratamento imediato, caso o animal apresente doenças como cinomose, parvovirose ou, principalmente, leptospirose. “É claro que no cenário atual não é possível oferecer o abrigo adequado para este período, mas a quarentena pode ser mantida, na medida do possível, no retorno para casa, lar temporário ou novo lar, no caso da adoção. Em casas com mais de um animal, o ideal é mantê-los em ambientes separados e fazer o acompanhamento mais frequente com um médico-veterinário. Vale ressaltar que este tipo de cuidado é ideal em qualquer adoção ou aquisição de um pet, as medidas preventivas não devem de forma nenhuma desmotivar a adoção. Esses animais precisam de acolhimento e cada um pode colaborar de alguma forma”, alerta Ponce.

Na adoção é importante conhecer as particularidades das espécies, como as dos felinos, que costumam ser mais desconfiados e podem apresentar sinais de traumas / Imagem: Pixabay

Dicas para adoção de animais resgatados
Em toda adoção é necessário que o adotante tenha em mente que se trata de uma responsabilidade para alguns anos e deve ter consciência de que um animal demora dias ou semanas para se familiarizar com um novo lar.

Se houver outros animais na nova casa, a adaptação deve ser feita de forma gradativa assim que o pet adotado estiver liberado para interação com outros animais. O contato deve ser feito aos poucos, diariamente e com acompanhamento dos tutores, até que os animais possam ficar juntos sem brigar. “Além da atenção à socialização, é fundamental oferecer uma dieta de qualidade, ambiente confortável e companhia dos tutores. Os cães, especialmente, gostam muito de pessoas, querem estar perto dos humanos mais tempo possível”, aconselha o veterinário.

Conhecer as particularidades das espécies é ainda mais importante nesses casos. Os felinos costumam ser mais desconfiados e ainda podem apresentar sinais de traumas como medo de barulhos altos, maior necessidade de se refugiarem em lugares escuros e pequenos, agressividade ou dificuldade em usar caixas de areia. Com os bichanos, a paciência vai fazer toda a diferença. É importante respeitar o tempo do gato, fazendo interações calmas, sem forçar que fiquem no colo ou expostos a outros animais enquanto ainda demonstrarem insegurança.

Saúde mental e emocional dos pets
“Esta é uma tragédia em proporção inédita para todos nós. Vimos imagens de animais que, mesmo após o resgate, continuavam a executar os movimentos de natação ou subiam nos telhados das casinhas dos abrigos. Nós, médicos-veterinários, temos o desafio de diagnosticar a proporção desse trauma emocional e observar como reagem nos dias subsequentes”, relata o veterinário, ressaltando que medidas como muito carinho, abrigo seguro, acolhimento, paciência e calma ao lidar com esses animais são essenciais. Não há um tratamento específico preconizado, mas medicamentos já prescritos para controle de fobias podem colaborar, além do acompanhamento veterinário e de um comportamentalista.

O poder das comunidades
A preocupação com a saúde mental não se restringe aos animais e aos humanos vítimas das enchentes: os profissionais atuando na linha de frente também sofrem as consequências tristes das tragédias, especialmente quando não têm sucesso em algum resgate ou tratamento. “Somos solidários a todos os nossos colegas que estão atuando de forma direta ou indireta, grande parte pela primeira vez numa situação desse nível. É realmente emocionante constatar o desprendimento, a coragem e a empatia dos médicos-veterinários nesse momento, atuando não somente com os animais, mas colaborando com toda a sociedade”, declara o médico-veterinário, Head Latam e Diretor-Geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger.

A VetFamily, comunidade internacional criada por médicos-veterinários para desenvolver o setor, tem como um de seus objetivos fomentar o networking e a colaboração entre seus pares e acompanha diariamente, em seus canais de comunicação, os relatos e as trocas de informações entre membros e executivos da comunidade, seja com dados, protocolos de atendimento e apoio das mais diversas formas. “A profissão do médico-veterinário já é considerada uma das que mais enfrenta desafios com a saúde mental. Precisaremos estar ainda mais atentos com nossos pares nesse momento e nos próximos meses. É importante que os veterinários não hesitem em buscar conforto com a família, os amigos e os colegas, e até mesmo, auxílio de psicólogos e profissionais de saúde”, comenta Ponce.

Médicos-veterinários estão atuando não somente com os animais, mas colaborando com toda a sociedade na calamidade que o Rio Grande do Sul vem enfrentando / Imagem:Adobe Stock

Desdobramentos no segmento veterinário
O mercado veterinário gaúcho também deve sofrer impacto. Clínicas e hospitais veterinários tiveram suas infraestruturas comprometidas e as que tiveram suas propriedades e equipamentos preservados devem receber maior volume de pacientes, tanto para tratamentos eletivos e emergenciais, como para cuidados com as sequelas das enchentes. “Neste sentido, clínicas, hospitais e profissionais terão trabalho extra de gestão de recursos humanos e físicos para atender as demandas ou recuperar o que foi perdido. Novos aprendizados e troca de experiências em gerenciamento e operação serão fundamentais e esperamos poder colaborar com todos, como comunidade”, completa Henry.

A tragédia também destacou a relevância da relação entre pets e tutores, a importância da atuação de voluntários e profissionais de todas as áreas, o poder das ações coletivas e a necessidade de prevenir e cuidar da saúde física e emocional de todos, incluindo os animais. “Esperamos que para o futuro, esses aprendizados, o olhar cuidadoso com os animais e a valorização dos médicos-veterinários reflitam de forma positiva no segmento”, finaliza Berger.

Sobre a VetFamily
Organização global líder em soluções para clínicas e hospitais veterinários, faz parte do Vimian Group, tem sede em Estocolmo (Suécia) e reúne mais de 6.500 clínicas e 20 mil veterinários em mais de 11 países da União Europeia, Estados Unidos, Austrália e, agora, Brasil. Seu objetivo principal é contribuir para a melhor administração e lucratividade das clínicas, oferecendo diversos serviços, como centralização da negociação com parceiros comerciais, apoio à gestão e disseminação de conhecimento. Conheça mais em www.vetfamilybrasil.com.br.

 

Por | Josiane Fontana – deepzo

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Projeto Futuro no Campo, focado em jovens rurais, tem inscrições abertas

Iniciativa do Governo de Minas oferece capacitações e ações de estímulo ao desenvolvimento profissional.

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Estão abertas as inscrições para o programa Futuro no Campo, que visa estimular o protagonismo do jovem rural e apoiar os processos de sucessão no meio rural.

A iniciativa do Governo de Minas, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), vai beneficiar, em 2025, 500 jovens com capacitações e ações de fomento de atividades do campo.

Podem participar agricultores ou filhos de agricultores familiares, entre 16 e 29 anos, residentes no meio rural. As inscrições no programa vão até o dia 22/11 e deverão ser feitas através da equipe técnica local da Emater-MG, no município de origem do jovem interessado.

O coordenador técnico estadual da Emater-MG, José Custódio do Nascimento Júnior, explica que os participantes têm que se enquadrar nos critérios de seleção estabelecidos no edital do programa, disponível no site da Emater-MG.

“Para participar, o jovem precisa que em seu município a Emater-MG possua em seu quadro de servidores: Extensionista Agropecuário I e/ou Extensionista Agropecuário II, que são profissionais capacitados para fazer o acompanhamento técnico dos inscritos no projeto escolhido. Os interessados têm de participar de alguma forma do empreendimento agrícola familiar e devem apresentar as documentações e autorizações pedidas”, cita Custódio.

Projetos em várias áreas

Inicialmente, o programa Futuro no Campo irá abranger os projetos Jovens do Café, Jovens do Leite e Jovem Empreendedor Rural (Olericultura, Fruticultura, Apicultura e Avicultura de Postura) e será voltado para ações de fomento.

“O jovem inscrito em apicultura, por exemplo, vai receber um kit do projeto, capacitações em formato virtual e presencial e acompanhamento técnico por 12 meses. O extensionista da Emater-MG irá conduzir o jovem desde o início do trabalho até a parte de comercialização da produção. Além da capacitação na área específica, ficarão disponíveis ainda para o estudante capacitações na área de gestão do empreendimento”, explica o coordenador.

Cada jovem poderá se inscrever em um único projeto. Mas Custódio alerta que a participação no Futuro no Campo implica na aceitação integral de todas as condições estabelecidas no programa.

“São obrigações dos jovens cadastrados no programa: atenção aos estudos, melhora progressiva da relação familiar, trabalho e estudo no projeto ao qual venha a ser selecionado, estar disponível nos horários marcados para o recebimento da assistência técnica, entre outras exigências”, diz o coordenador.

Classificação

O processo de seleção será feito a partir de alguns critérios descritos no edital e com pesos diferenciados. “Os jovens que possuírem maior pontuação nesses critérios serão classificados, respeitando o número de vagas disponíveis por projeto. Em caso de empate nas pontuações, será declarado vencedor o candidato do sexo feminino”, explica Custódio.

A comissão de seleção fará análise das inscrições e emitirá resultado de classificação para posterior publicação. A relação dos jovens selecionados a participar do programa Futuro no Campo será divulgada no site da Emater-MG até o dia 2/12/2024.

 

Por | Agência Minas

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Conselhos para ter sucesso como empreendedor

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Leonardo Chucrute – ZeroHum / Foto: Tiberius Drumond

Leonardo Chucrute é Gestor em Educação e CEO do Zerohum

Empreender é um caminho cheio de desafios e obstáculos. A realidade é que aprendemos muito mais na prática do que na teoria. Os empreendedores que alcançam o sucesso e o reconhecimento não conquistaram isso da noite para o dia. Também não foi um golpe de sorte. A realidade é que por trás existe muito trabalho e dedicação.

Tenha em mente que todas as organizações dispõem de um componente em comum para ter sucesso e destaque em seu meio: as pessoas. O sucesso ou o fracasso de um empreendimento tem sua definição por diversos fatores, como, por exemplo, o empenho da equipe e o relacionamento que os colaboradores conseguem manter com os clientes.

Uma das atitudes mais importantes que um líder deve ter é saber como motivar sua equipe. Para isso, é fundamental que a comunicação na empresa seja clara. Lembre-se de que para seu time dar certo, a comunicação deve ser clara, concisa e com afeto. Explique aos seus colaboradores o que se espera deles naquele projeto. Deixe claro, de maneira simples e eficiente, para que entendam o que deseja e para que seja feito dentro do prazo estipulado.

Conselhos para ter sucesso como empreendedor / Foto: Pexels / Foto de RF Studio

Mais um conselho é focar na gestão de pessoas. Quando isso é feito de modo eficaz, o colaborador consegue gerar em si um sentimento de realização, uma sensação de dever cumprido por fazer aquilo que a empresa espera. É essencial criar esse senso de trabalho em equipe, pois ele envolve relacionamento entre as pessoas dos mesmos setores, com setores próximos, com a direção e com os clientes.

Além disso, tenha um planejamento estratégico. Ele vai ajudar seu negócio a ser mais produtivo e organizado. Ainda o ajudará se desenvolver melhor, a reconhecer problemas que possam surgir ao longo do caminho e identificar oportunidades de melhoria para o seu negócio.

O sucesso é fruto de muito trabalho e dedicação. Seja perseverante e concentre-se em melhorar como líder e em criar um ambiente de trabalho saudável para seu time. Com persistência, coragem e valorizando as pessoas da sua equipe, você estará no caminho certo para crescer como empreendedor.

(*) Leonardo Chucrute CEO do Zerohum, mentor de empresários, palestrante e autor de livros didáticos.

 

Por | Joyce Nogueira – Drumond Assessoria de Comunicação

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VIII Fórum Mineiro de Cidades Inteligentes e Sustentáveis é realizado em Belo Horizontes

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Foto: Divulgação

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) vai realizar, em Belo Horizonte, o VIII Fórum Mineiro de Cidades Inteligentes e Sustentáveis, nesta segunda-feira, 11 de novembro de 2024. O evento faz parte de uma série de encontros realizados no estado para promover o conhecimento, a divulgação de boas práticas, além de promover o diálogo entre especialistas do setor e gestores públicos.

O Fórum, que  é organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Cidades Inteligentes”, tem como objetivo estimular o crescimento de ambientes urbanos mais inteligentes e sustentáveis, unindo instituições públicas e privadas para fomentar soluções inovadoras, além de apresentar alternativas para redução de custos administrativos e operacionais dos municípios utilizando inovação tecnológica.

Os profissionais da engenharia, da agronomia e das geociências desempenham papel essencial nesse processo, trazendo inovação e otimização de recursos para a construção de um futuro mais sustentável.

A programação inclui palestras e painéis com temas como “Inovação por meio da transformação digital” e “Cidades resilientes e prevenção de desastres urbanos”, visando uma sociedade mais conectada e preparada.

Inscrições

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo link https://www.sympla.com.br/evento/viii-forum-mineiro-de-cidades-inteligentes-e-sustentaveis/2722439 , onde também está disponível a programação completa.

VIII Fórum Mineiro de Cidades Inteligentes e Sustentáveis

Data: 11 de novembro de 2024
Horário: 13h30 às 21h
Local: Sede do Crea-MG – Avenida Álvares Cabral, 1600. Santo Agostinho, BH/MG. | 6°andar

 

Por | Iane Chaves – Assessoria de Imprensa do Crea-MG

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