17/2/2025 –
Segundo artigo, 843 milhões de pessoas devem sofrer com lombalgia em 2050; Dr. Gustavo Castro lista os tipos de intervenções menos invasivas para o alívio da dor sem cirurgia
Uma reportagem da FOLHAPRESS, repercutida pelo jornal Estado de MInas aponta que a quantidade de pessoas que sofrem com lombalgia em todo o mundo pode chegar a 843 milhões em 2050, conforme dados de um artigo publicado na revista The Lancet Rheumatology.
Paralelamente, uma estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) repercutida pelo Jornal da USP, revelou que 80% da população mundial já teve ou terá dor na coluna.
O Dr. Gustavo Castro, médico ortopedista especialista em tratamento para dores relacionadas a patologias ortopédicas, ressalta que as dores na coluna se destacam entre as patologias que mais prejudicam a qualidade de vida dos brasileiros atualmente, causando idas ao pronto-socorro e afastamentos do trabalho.
“Apesar de extremamente comuns, as dores nas costas, seja na coluna lombar, cervical ou torácica, podem ser tratadas sem cirurgia na grande maioria dos casos, inclusive nos casos de hérnia de disco e artrose”, afirma o especialista.
Segundo Dr. Gustavo Castro, os tratamentos envolvem fortalecimento, alongamento, infiltrações, bloqueios de nervos e ablações com radiofrequência para o controle da dor. “O paciente deve procurar assistência especializada para avaliação de cada caso para estabelecimento de um tratamento individualizado”, frisa o médico, que atende em Campinas (SP).
Causas para dores crônicas no sistema musculoesquelético variam
De acordo com Dr. Gustavo Castro, entre as causas mais comuns para as dores crônicas no sistema musculoesquelético, destacam-se osteoartrite/artrose, dor miofascial, fibromialgia, lesões por esforço repetitivo, hérnia de disco e problemas na coluna vertebral, osteoporose, distúrbios metabólicos e fatores psicossociais”.
Para o médico ortopedista, é importante lembrar que o diagnóstico correto depende de uma avaliação médica detalhada, que pode incluir exames físicos, histórico clínico e exames de imagem ou laboratoriais.
“O manejo deve ser individualizado e pode incluir desde tratamentos farmacológicos e fisioterapia até mudanças no estilo de vida, como exercícios regulares e controle do estresse”, explica.
Áreas envolvidas na mobilidade e na sustentação são mais propensas
Segundo Dr. Gustavo Castro, as dores ortopédicas crônicas podem ocorrer em diversas partes do corpo, mas algumas áreas são mais propensas, como a coluna vertebral (cervical, torácica e lombar, joelhos, quadris, ombros, pés e tornozelos e mãos e punhos. “Essas áreas são frequentemente afetadas porque estão diretamente envolvidas na mobilidade e na sustentação do corpo”, esclarece.
Além disso, avança, fatores como envelhecimento, sedentarismo, obesidade, traumas anteriores, condições inflamatórias e movimentos repetitivos contribuem para o surgimento de dores crônicas nessas regiões. “O diagnóstico precoce e o manejo adequado podem ajudar a reduzir o impacto na qualidade de vida”, diz.
Diagnóstico exige avaliação individualizada
Dr. Gustavo Castro ressalta que, muitas vezes, o paciente pode sentir dificuldade para diferenciar uma dor crônica ortopédica de outras condições, como neuropatias ou doenças reumatológicas.
“Dores ortopédicas estão associadas a movimento, carga ou lesões e costumam ser localizadas. Neuropatias, por outro lado, apresentam queimação, formigamento ou perda de sensibilidade, frequentemente em um padrão radicular ou periférico”, explica.
Segundo Dr. Gustavo Castro, as doenças reumatológicas tendem a envolver múltiplas articulações, com sintomas como rigidez matinal prolongada, dor de característica inflamatória e outros sintomas específicos de cada condição reumatológica.
“A avaliação tem de ser completa e individualizada, com um exame físico bem direcionado. Exames de imagem, laboratoriais e estudos neurofisiológicos também ajudam”, recomenda.
Tratamentos podem aliviar a dor e promover regeneração tecidual
Segundo Dr. Gustavo Castro, uma ampla gama de tratamentos não cirúrgicos combinam tecnologia avançada e abordagens regenerativas para o manejo da dor, como procedimentos guiados por ultrassom, bloqueios anestésicos e infiltrações e ablação por radiofrequência.
“Outras opções incluem medicina regenerativa, terapias celulares (células-tronco), PRP (Plasma Rico em Plaquetas), terapias intervencionistas em dor, neuromodulação (estimulação elétrica) e terapias complementares avançadas”, explica.
Além disso, prossegue, vale contar com tecnologias de terapias físicas, como laserterapia de alta intensidade e terapia por ondas de choque.
Avanços na ortopedia ajudam no manejo de dores crônicas
Dr. Gustavo Castro observa que, nos últimos anos, os avanços mais significativos no manejo de dores crônicas em ortopedia estão relacionados ao desenvolvimento de técnicas de medicina regenerativa e intervenções em dor.
“Essas abordagens têm revolucionado o tratamento ao promover a regeneração tecidual e oferecer alívio da dor sem a necessidade de intervenções cirúrgicas invasivas”, considera o especialista em tratamento para dores relacionadas a patologias ortopédicas.
Para ele, entre os principais avanços, destacam-se medicina regenerativa, terapias com células-tronco, Plasma Rico em Plaquetas (PRP), intervenção em dor guiada por imagem, neuromodulação e tecnologias inovadoras.
“Métodos como estimulação elétrica da medula espinhal e do nervo periférico ajudam a controlar dores refratárias, oferecendo alívio significativo sem necessidade de cirurgia”, conclui o médico ortopedista.
Sobre o Dr. Gustavo Castro
Dr. Gustavo Castro é formado em medicina pela Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto (Universidade de São Paulo), também se especializou em ortopedia e traumatologia pelo Hospital das Clínicas da USP Ribeirão Preto. É membro ativo da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia ) e um dos membros-fundadores da SBRET (Sociedade Brasileira de Regeneração Tecidual).
Além disso, integra a diretoria do CERT (Centro de Estudos em Regeneração Tecidual), e ganhou destaque com o estudo de terapias para regeneração e controle da dor. Como professor da pós-graduação em medicina regenerativa e intervenção em dor do CERT, contribui para a formação de novos profissionais na área. Internacionalmente, é membro da Latin America Pain Society (LAPS).
Para mais informações, basta acessar: https://drgustavodecastro.com.br/
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