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Endividamento das famílias recua em Belo Horizonte

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De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), analisada pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o nível de endividamento das famílias de Belo Horizonte caiu 0,5 ponto percentual em relação a novembro alcançando a pontuação de 90,8. A inadimplência teve aumento de 0,2 ponto percentual atingindo 56,3% das famílias da capital. Consumidores que não conseguirão quitar as dívidas em janeiro de 2025 se manteve estável aos 27,2%.

Os consumidores que se consideram pouco endividados constituíram maioria entre os entrevistados com 39,4%. Os que se consideram mais ou menos endividados foram 34,9% e os muito endividados somaram 16,6%. O nível de endividamento das famílias com renda igual ou até 10 salários é de 92,0%. Entre as famílias com renda acima daquela faixa, o endividamento é menor, chegando a 83,4%.

O cartão de crédito concentra o maior endividamento em Belo Horizonte com 93,9% do total, seguido de carnês, financiamento de carro e crédito pessoal. O percentual de famílias com algum tipo de dívida em atraso foi a 56,3%, aumentando 0,2 p.p. sobre novembro.

A inadimplência é maior entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos somando 58,6% desse grupo. Para o grupo de famílias com renda acima de 10 salários, a inadimplência é mais baixa correspondendo a 42,6% do total. De acordo com a Peic, 61,9% dos endividados estão com dívidas em atraso.

As famílias que admitem que não vão conseguir pagas as dívidas em janeiro de 2025 somam 29,6% das que ganham até 10 salários mínimos e 14,9% entre aquelas de maior salário. Considerados individualmente, 48,4% dos consumidores admitem que não conseguirão quitar as dívidas em janeiro e 31,7% pagarão parcialmente. Um grupo de 19,9% quitará os compromissos financeiros totalmente.

De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG A inadimplência representa o pior panorama para a saúde financeira das famílias. “Esse cenário é extremamente prejudicial, pois restringe o acesso ao crédito e, por conseguinte, limita o poder de compra. Em dezembro, os índices permaneceram estáveis em relação a novembro, marcando 27,2%. No entanto, ao analisarmos o período de janeiro a dezembro de 2024, notamos um aumento de 16,8 pontos percentuais na inadimplência.

Fatores como as elevadas taxas de juros que reduzem o acesso ao crédito, a inflação que atingiu 4,83% nos últimos 12 meses, reduzindo o poder de compra das famílias e a mudança no consumo de bens para serviços por parte da população (como jogos eletrônicos e apostas – bets), além da falta de planejamento financeiro, podem estar contribuindo para o crescimento da inadimplência. Dito isso, as famílias precisam ficar atentas a esses aspectos para evitar o não cumprimento de suas obrigações relacionadas às suas obrigações financeiras e continuar tendo possibilidade de acesso a crédito” esclarece Gonçalves.

Para 51,9% das famílias, as contas pendentes ultrapassam 90 dias de vencidas sendo que, entre as famílias que ganham até 10 salários esse tempo de atraso nas contas atinge 54,3% delas. A Peic mostra que as dívidas estão atrasadas 64,9 dias em média. O envolvimento da renda é igual ou superior a 90 dias para 82,3% das famílias entrevistadas e o tempo médio de comprometimento da renda é de 8,5 meses.

O superendividamento, quando as dívidas comprometem mais de 50% do orçamento, é uma realidade para 20,3% das famílias da capital.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 51 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para as empresas e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.

Por | Wagner Fernando Liberato – Comunicacão – Fecomércio MG

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Fecomércio MG destaca desempenho positivo do Turismo Mineiro

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Análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, com base nos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, mostra que a atividade turística no estado cresceu 1,0% em dezembro em comparação com o mês anterior.

Em novembro, o indicador tinha ficado estável, com crescimento de 0,0%. Em âmbito nacional, a atividade turística teve elevação de 2,8% no último mês do ano.

Como analisa o Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, o indicador na base de comparação mês/mês anterior traz reflexos sazonais, daí serem observadas oscilações de crescimento ou queda da atividade turística.

O turismo teve desempenho positivo no estado em todas as bases de comparação: mês/mês anterior, dez24/dez23 e últimos 12 meses/acumulado do ano.

A atividade turística envolve tanto a movimentação de pessoas do estado que se deslocam para outros destinos quanto a movimentação que tem como destino Minas Gerais.

O mês de dezembro de 2024 marcou elevação de 5,6% da atividade turística quando comparado com mesmo mês de 2023. Nesta base de comparação, o indicador mostra expansão do turismo no estado desde 2021.

Quando se compara o desempenho do volume da atividade turística no estado entre janeiro e dezembro de 2024 (acumulado do ano), registra-se uma aceleração de 4,5%.

De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG: “o turismo em Minas Gerais revelou uma performance robusta em dezembro de 2024 com índice positivo, se mantendo entre os cinco melhores do Brasil.”

A economista prossegue: “o mercado de trabalho aquecido, acrescido das promoções oferecidas pelas agências de turismo, considerando tanto a movimentação de pessoas do estado que viajam para outros destinos quanto as pessoas que possuem Minas Gerais como destino. Essa movimentação fomenta não apenas o setor do turismo, mas também o de serviços e comércio, por meio dos roteiros gastronômicos, religioso e pacotes referente ao ecoturismo e a festividade local, além da melhoria no setor de infraestrutura, afetando positivamente toda a economia local,” explica Gonçalves.

No acumulado de 12 meses, Minas Gerais (4,5%) teve o quinto melhor desempenho entre as unidades da Federação pesquisadas, atrás de Santa Catarina (9,0%), Bahia (8,4%), Paraná (7,2%) e Rio de Janeiro (6,3%).

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para o setor e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.

 

Por | Wagner Fernando Liberato – Comunicacão – Fecomércio MG

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Entenda sobre os Transtornos do Desenvolvimento Infantil

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Entenda sobre os Transtornos do Desenvolvimento Infantil / Foto: Imagem - Freepik

Luciana Brites – NeuroSaber / Crédito – Samara Garcia

* Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento.

Quando falamos sobre transtornos do desenvolvimento infantil, surgem muitas dúvidas em relação ao que são e como compreender e identificar o assunto. Os transtornos de neurodesenvolvimento são um grupo de condições que afetam o desenvolvimento infantil, impactando áreas como cognição, comunicação, comportamento e aprendizagem.

Os principais transtornos de neurodesenvolvimento incluem autismo, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), deficiência intelectual, transtornos de aprendizagem e transtornos motores.

As causas dos transtornos de neurodesenvolvimento possuem uma origem complexa, que envolvem fatores genéticos e ambientais que podem interferir no desenvolvimento cerebral. Os fatores genéticos são predisposição hereditária, alterações nos genes que regulam o desenvolvimento do sistema nervoso, fatores ambientais, complicações na gravidez, problemas no parto e exposição a substâncias tóxicas.

O diagnóstico é realizado por uma equipe multidisciplinar com base em observação de comportamentos e critérios do DSM-5. Esses transtornos não possuem marcadores biológicos, como exames de sangue ou ressonâncias magnéticas. O diagnóstico depende de uma avaliação detalhada que analisa o comportamento e o desempenho da criança.

Entenda sobre os Transtornos do Desenvolvimento Infantil / Imagem: Freepik

O tratamento, embora não tenha cura, conta com intervenções precoces que ajudam a minimizar os impactos e melhorar a qualidade de vida da criança.

Os transtornos de aprendizagem têm impacto na inclusão escolar e educação. Entender os transtornos é essencial para criar um ambiente escolar inclusivo que permita à criança desenvolver suas potencialidades. Quando há sobreposição de transtornos, como autismo e transtornos de aprendizagem, é crucial que os educadores adaptem suas estratégias para atender às necessidades específicas da criança.

Os transtornos de neurodesenvolvimento são condições complexas que exigem atenção especializada. Com o diagnóstico precoce e intervenções personalizadas, é possível minimizar os impactos no aprendizado, na comunicação e no comportamento. Investir no entendimento dessas condições é fundamental para promover o desenvolvimento do indivíduo e sua inclusão na sociedade.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber  https://institutoneurosaber.com.br

 

Por | Joyce Nogueira – Drumond Assessoria de Comunicação

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Crea-MG reforça fiscalização e registra mais de 16 mil irregularidades em 2024

Conselho intensifica ações em todo o estado e amplia combate à atuação de leigos em obras e serviços técnicos.

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Fiscalização do Crea-MG / Foto: Daniel Renna

Mais de 16 mil irregularidades foram encontradas pela fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) em obras e serviços de engenharia, agronomia e geociências em todo o estado, em 2024. Nas mais de 68 mil ações fiscalizatórias realizadas no último ano, as principais infrações constatadas foram a não contratação de profissionais legalmente habilitados para a execução de atividades técnicas e a falta de registro de empresas no Crea-MG. Do total de autuações, 74% estão relacionadas ao combate à atividade de leigos.

O presidente do Crea-MG, engenheiro civil e de segurança do trabalho Marcos Venícius Gervásio, reforça que a presença de pessoas inabilitadas nas áreas da engenharia, da agronomia e das geociências representa um sério risco à segurança e ao bem-estar da sociedade.

“Quando combatemos a atuação de leigos, estamos protegendo vidas, patrimônios e exigindo que os serviços sejam executados por empresas e profissionais devidamente habilitados, promovendo um ambiente de responsabilidade e excelência para todos”, destaca Marcos Gervásio.

Avanço

O número de ações fiscais aumentou 7,67%, passando de 63.330 em 2023 para 68.195 em 2024. Este crescimento foi resultado da continuidade dos serviços e avanço nos processos propostos pela nova gestão do Crea-MG.

De acordo com o gerente do Departamento de Fiscalização, Nicolau Neder, a ampliação das ações fiscalizatórias nas diversas áreas da engenharia, da agronomia e das geociências tem sido fundamental para o fortalecimento e aprimoramento dos processos.

“É imprescindível que o Conselho tenha olhos e atue verificando todas as atividades que tem impacto na vida das pessoas, como a agricultura, a indústria e a prestação de serviços. A execução dessas atividades é mais segura quando realizadas por profissionais devidamente registrados no Crea-MG”, afirma Nicolau.

Extensão

Em 2024, o Crea-MG fiscalizou todos os 853 municípios mineiros e atendeu a 4.795 denúncias recebidas, reforçando o compromisso do Conselho com a qualidade e a segurança das atividades técnicas. Além das ações de rotina, houve ainda as fiscalizações especiais e projetos de regularização técnica, como a inspeção veicular de transporte escolar, quadro técnico de prefeituras, barragens de rejeitos e aterros sanitários.

Outro ponto de atenção foi na fiscalização do agronegócio, abrangendo empresas que realizam pulverização de agrotóxicos com aeronaves remotamente controladas, fabricantes de bioinsumos, e empresas dedicadas à produção de mudas e sementes. Também foram fiscalizados silos e armazéns de produtos agrícolas por todo o estado.

Canal de Denúncias

Para fortalecer a participação da sociedade, o Crea-MG disponibiliza o aplicativo Conecta Crea, gratuito para os sistemas Android e iOS. A ferramenta permite denunciar anonimamente irregularidades em serviços de engenharia, agronomia e geociências.

O aplicativo também funciona como um portal para a consulta do registro de profissionais e empresas e oferece acesso aos protocolos de solicitação de serviços. Para os profissionais registrados, o Conecta Crea oferece um espaço exclusivo para monitorar ARTs, boletos gerados, certidões solicitadas e relatórios de infração.

“O que queremos é continuar desenvolvendo este trabalho e também conscientizar a população sobre a necessidade do acompanhamento técnico em obras e serviços de engenharia, agronomia e geociências”, disse o presidente Marcos Gervásio.

Atuação

O Crea-MG verifica e fiscaliza o exercício e a atividade profissional da engenharia, da agronomia, da geologia, da geografia e da meteorologia, amparado pela Lei Federal 5.194/1966. A função do Conselho é defender a sociedade da prática ilegal das atividades técnicas, exigindo a participação declarada de profissionais legalmente habilitados, com conhecimento e atribuições específicas, na condução dos empreendimentos nestas áreas. Hoje, o Crea-MG possui mais de 150 mil profissionais registrados e quase 60 mil empresas com registro ativo.

 

Por | Iane Chaves – Assessoria de Imprensa do Crea-MG

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